Estrela Dourada

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Tu que brilhas vigorosamente
Nesse infinito negro sem fim
Guia-me de volta a casa,
Dá-me a mão e leva-me.

Oh estranha noite,
Perdi-me e choro,
Choro lágrimas de tristeza
Aqui sozinho nesta rua.

Abraça-me e aquece-me
Estrela dourada!
Salva-me que necessito de ti,
Que necessito de alguém.

Aqui, nesta rua fria, vagueio sem destino
Descalço na pedra nua e morta
As janelas escuras devoram-me
E as gentes fantasma riem-se nos covis
Da pobre figura do velhaco.
E eu continuo a minha viagem,
Apedrejado, magoado, desfeito,
Rua abaixo deito ao rio,
Ao rio em que me afogo,
Em que afogo os pensamentos,
A dor, a mágoa,
Tudo o que há em mim.

Estrela, finalmente te posso beijar
E abraçar e estar contigo toda a eternidade
Em profunda e completa paz.

#Poemas de Uma Alma Perdida, De Accord2

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