Exu Belzebu

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Nunca fui um homem de temer algo, mas que coisa horrivel era aquela? Creio que era uma espécie de demônio, queria sair dali, porém teria que manter um porte de homem, para não acharem que sou um frocho!

Aquelas mulheres eram corajosas demais, estarem ali frente à frente com aquela espécie estranha e não temer nada, bom, estavam todas mortas nada ele podia fazer, e foi então que ele falou

- Boa noite minhas caras, querem se sentar?

Que voz estranha, era grossa demais e bem rouca, Dama da Noite então respondeu

- Agradecida seu moço mas estamos de passagem!

Ele fez um sinal com a cabeça e se sentou em uma poltrona grande cravejado de ossos, parecia mais um trono, Tatá Mulambo apontou para um canto e disse

- Vá la dona Dama, abra aquela porta e mostre a esse moço para onde vão espíritos "abusados"

- Pode deixar dona moça, venha cá seu moço! Disse Dama da Noite me chamando

Andamos por aquela sala meia escura, e no fim havia uma porta, Dama da Noite se aproximou, segurou a maçaneta deu um sorriso e disse

- Se comportem!

E então ela abriu.

Que cena horrível era aquela, parecia o verdadeiro inferno, espíritos aprisionados, gemendo, pareciam sofridos, era aterrorizante aquela cena, Dama da Noite olhou e disse

- Viu seu moço, o que acontece com pessoa que morrem, foram ruins e não aceitam os mandamentos do criador?

Estava muito assustado, e sem palavras, fechei os olhos por alguns segundos tentando me ver fora dali, e de volta para minha vida, e então novamente olhei tudo aquilo, e respomdi Dama da Noite

- Sim madama, isso é horrivel!

Ela então fechou a porta e voltou para sala, Tatá Mulambo nos perguntou

- Ela viu aquele lugar? Amostrou tudo a ele Dama?

- Não dona moça, conforme o tempo amostrarei! Respondeu Dama da Noite

- Ver mais o que? Perguntei assustado

- Nada seu moço, igual eu disse conforme o tempo o senhor vai ver! Respondeu Dama da Noite
 

- Agora vamos? Perguntou Maria Padilha

Todos concordaram, nos despedimos daquele bicho e da bruxa Tatá Mulambo, e então voltamos para estrada de terra novamente, por mais que andávamos sempre acabaríamos ali, naquela estrada, e foi então que de longe avistamos um casal, Maria Padilha abriu um grande sorriso e disse

- Olhem quem vem la, os nosso amigos Ciganos!

Histórias de um Cabaré (Um conto de Pombo Giras)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora