Rainha Aurora (Somente Degustação)

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♚Aurora♚

Acordei com Jocasta jogando algo em meu rosto. Forcei os olhos até entender o que estava acontecendo e a repreendi.

- Pare de me jogar água. Já acordei.

- Minha senhora... abençoado seja Deus que lhe deu novamente a chama da vida - ergueu as mãos para o alto.

- Jocasta, a Rainha somente desmaiou, não estava perdendo a vida. - Monsenhor sorriu ao entrar no quarto.

Ás vezes me esqueço de como ela é dramática, deveria trabalhar no teatro do castelo, ganharia muitos elogios.

- Como se sente majestade?

- Bem monsenhor - sentei-me no leito. - E o senhor?

- Tudo bem, agradeço sua preocupação.

- O senhor poderia ter morrido naquele corredor, e eu não me perdoaria por isso.

- Vosso coração é enorme, minha Rainha.

- Jocasta, onde está o conde Niall? - Pergunto já me levantando da cama. - Se o exército do príncipe está aqui, com certeza ele também está.

- Senhora precisa repousar, volte para a cama.

Ela tentou me impedir, então me imporei firme, mas com voz meiga.

- Nem um exército me parou querida Jocasta, não vai ser um leve desmaio que fará isso - já de pé, exijo. - Responda minha pergunta.

- Senhora, ele está no castelo, pediu para que eu o avisasse, assim que acordasse.

- E que parte exatamente do castelo ele está?

- Na sala do trono, senhora - ela abaixa a cabeça ao me responder.

Me sinto enfurecida, peço para monsenhor se retirar para que eu pudesse trocar meu vestido sujo por um limpo. Sem demora, saio do quarto, com Jocasta em meu encalço, monsenhor logo atrás e alguns soldados que me fazem a guarda.

Me dirijo rapidamente para a sala do trono e, quando entro na sala, me deparo com uma cena deprimente. Meu tutor, o conde Niall aos risos com o príncipe de Khanoum, meu prometido como esposo, Petrus, sentado de modo muito despojado, em meu trono.

- Majestade. - Niall se dirige a mim fazendo uma reverência.

Eu apenas faço um gesto com a cabeça.

- Minha Rainha e futura esposa. - Petrus se levanta de meu trono e se aproxima, pega suavemente em minha mão e sinto seus lábios úmidos em minha pele, puxo a mão rapidamente. - Está uma verdadeira dama agora - se refere as minhas vestes. - Como está se sentindo?

- Muito melhor - sorrio e me dirijo para o lugar que me pertence por direito, e me sento no trono que há apenas dois meses antes era de meu pai.

- Devo ressaltar que sua coragem não é de uma mulher, mas isso não me fará dizer elogios e sim que vossa imprudência poderia ter lhe custado a vida, e devo alertá-la que isso não deva nunca mais acontecer, cada um deve conhecer o seu lugar no mundo, e o seu não é lutando...