— Não é culpa dele, nos também deixamos ele sozinho — digo tentando apaziguar as coisas.

— Que seja — ficou um silêncio até que William quebra.

— E que chupão é esse no seu pescoço safado? — will diz dando uma risadinha.

— Chupão? — pergunto confuso, mas logo lembro quem poderia ter feito.

— Sim, ou vai dizer que tô cego? — doce como limão.

Vou no banheiro e olho meu pescoço onde louis mordeu, e tá meio roxo, parece que aquela inocente mordida foi mais forte do que eu pensei. Voltei para perto da cama e louis estava deitado na dele olhando pro chão.

— Aaaah isso? não sei, não lembro como foi parar ai — digo tentando mudar de assunto.

— Sei, louis como você tá? — ele pergunta relaxando o semblante e olhando pro louis, que ainda estava calado.

— Bem, só cansado e com dor de cabeça, mas já vai passar — will concorda.

— Próxima vez que a gente sair, não aceite nada de estranhos ok? Muito menos bebidas — realmente, isso foi um vacilo.

— Vamos fazer seus curativos tá? Vou por uma pomada anestésica pra você poder ficar se mexendo — digo indo em sua direção.

Ajudei ele se sentar e louis me ajudou com os curativos, após estar feito, ligamos a tv para jogar vídeo game, louis era ótimo no game de luta, não perdia uma, sempre fazia os golpes especiais, então decidimos jogar futebol e foi aí que ele parou de jogar, e foi pra cama dele ler um livro. Após algumas horas ligamos para um restaurante pra pedir o almoço que foi na verdade frango frito e refrigerante.

Louis estava na cama dele, quando um trovão faz ele vir na direção da cama do Will e se meter debaixo das cobertas, will começou rir imediatamente, mas quem não riria?

— Esse medo besta louis, mas vem pra cá aproveita que tô bonzinho — William deu espaço para louis deitar do seu lado e o mesmo fez instantaneamente, isso me deixou hum, com ciúmes?
Preciso por em ordem todos esses pensamentos em relação a minha sexualidade, que a algum tempo eu tinha real certeza de ser hetero, mas agora é diferente, sinto algo por louis e sei que não é amizade, se tô assustado? Bastante, nunca tive experiência com isso, e tenho receio, além do mais não sei se louis me corresponderia.

Logo o celular do will toca e, é a mãe dele avisando que suas irmãs vão dormir na casa da amiga dela, pois está chovendo muito na região da cidade que elas estão, após a chamada ser desligada a chuva começa violenta pra cá. Não entendo muito a tia bruna, ela é meio ausente as vezes.

Desligamos a tv e ponho músicas para tocar enquanto a chuva cai forte, deito ao lado do louis e ficamos os três calados ouvindo o som e o barulho da chuva, após um trovão louis se encolhe e minha reação foi involuntária, passei o braço ao redor dele e puxei ele pra mim abraçando, e William me olhou com um olhar estranho o que fez eu ficar constrangido no momento.

Louis

Eu lembro do beijo do caio, lembro de como meu coração acelerou, lembro de como eu tive um impulso de coragem e beijei ele de novo, lembro do abraço de ter dormido. Minha cabeça tá tão confusa, tem tanta coisa dentro de mim que não sei explicar, tantas sensações estranhas, vontades estranhas, não sei o que fazer, tô tão perdido, eu sinto medo, não sei o que o caio pode fazer depois.

nesse momento ele me abraçava e eu estava meio deitado no peito dele, o will tava do meu lado e não falava nada, comecei ficar com sono, e logo meus olhos pesavam.

William

Caio e Louis agem tão estranho, isso não é comportamento normal de homens, na verdade até eu já tô assim, mas não posso negar que apesar de eu ser "bruto", me importo com esse garoto deitado ao meu lado, que eu tinha intenção de odiar, mas não consigo, percebo que ele está dormindo, e Caio ainda está acordado.

— Hey caio, ele já tá dormindo — digo ao ver lou respirando mais lentamente.

— Pois é, pegou no sono tão rápido — faço que sim com a cabeça, acho que Louis é daquelas pessoas que dormem em qualquer lugar.

— Você gosta dele? — pergunto fazendo caio ficar meio tenso, percebi ele tentar relaxar.

— Gosto, é tipo um irmão caçula — assenti.

— Cuidado pra não passar a mais que isso — resolvo alfinetar, e ele eleva o tom da vó, mas abaixa logo em seguida.

— O que cara? Tá dizendo que sou viado? — nego, não disse isso ele que disse haha.

— Não é isso, mas sabe você com ele e todo esse negócio — caio suspira como se pudesse me dar porrada.

— Deixa de besteira, você nem sabe se teu primo é gay pra tá falando isso — foi aí que tive a brilhante idéia.

— Caio topa descobrir se ele é gay ou não? — caio revira os olhos.
— Como assim cara? Isso não é certo, e se for nem ele mesmo deve conseguir compreender as coisas — assenti, mas não seria nada demais.

— Relaxa vamos só fazer uns testes — ele suspira fundo e concorda.

— Ok, mas olha lá que tipo de teste vai ser, qualquer merda feita eu te dou uns murros e você sabe disso — eu deveria me sentir intimidado, mas sei que ele não faria.

Após isso, ficamos quietos por muito tempo e a única coisa audível era a respiração do louis, que tava tranquila. No lado de fora continuava chovendo bastante.

Um Amor ProibidoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora