Elizy

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3 de março 1997

O dia em que deixamos tudo de mal nos vencer é o dia em que não deveríamos nem nascer. Disse Charles Leroe do lado de fora da casa quando seu filho Gregory retrucou em não ir para a escola. Por conta de uma simples discussão no Colégio o garoto havia desistido da aula e disse que jamais sairia de casa novamente. O pai no entanto forçou o filho a ir contra a vontade. O que era do feitio de Charles ,querendo sempre tornar os filhos fortes e mais bem apresentáveis do que o resto. Tinha tido sucesso nessa questão exceto com Alissa que havia mudado bastante nesse ano,e o pai descobrira que a filha tinha tentado se matar há dois meses antes. Ele não tocou no assunto com a filha mas mandou que a mãe fizesse o papel dela e fosse perguntar o que tinha havido. A mãe não teve muito sucesso mas sabia que se tratava do mal em que todos passamos na vida : A rejeição. Alguém não há quis e ela não suportava isso até chegar o ponto de desistir da própria vida. O pai não entendia porque algum garoto não ia querer sua filha,não via defeitos nelas apenas algumas manias mas que sempre foram superadas por suas qualidades. O irmão era seu confidente ,Alissa contava o que havia ao irmão e pedia segredo. Se tratava de um amor proibido ,algo que seu pai não entenderia principalmente ele que tinha tanto cuidado com sua amada filha. Ela começou a se interessar por o seu professor de Química e quando ele veio falar com ela um dia ela sentiu seu coração bater mais rápido e dar indícios de que algo mudara. O seu pai jamais havia gostado de nenhum garoto que vinha a pretender querer ter algo com ela,isso porque ela tinha um gosto diferente,ela era diferente. Ela gostava de rapazes mais velhos e ela ainda tão moça ,o pai não entendia,era uma coisa frágil pra ele,alguém não saberia cuidar da sua filha como ele. Homem algum a entenderia como ele. Quando ela soube que o pai percebera que ela havia mudado e falava sempre em Química e em como o professor Paul era tão inteligente que fazia os alunos se interessar cada vez mais pelo assunto,ele sentiu algo diferente dentro de si,mas escondeu . No outro dia foi ao Colégio falar com esse tal professor,foi uma conversa rápida . Paul foi gentil mas ele não deu bola,apenas falou que se ele se aproximasse da filha dele demais ele ia o matar. Depois do recado ter sido dito o professor com medo não sei se do pai ou de perder o emprego por conta duma aluna se afastou de Alissa. E mulheres percebem isso,muito mais que os homens. Ela já sabia que o pai havia feito algo,porque sempre foi assim na vida dela,a superproteçao do pai,a apatia da mãe . Ela estava cansada disso ,então decidiu desistir. A mãe felizmente chegou na hora em que a filha estava tomando o último gole de veneno pra rato que o pai havia comprado para o extermínio da praga . Quando a mãe viu ela ligou para uma ambulância e a levou imediatamente para o hospital,Alissa ficou dois dias lá e depois foi liberada,o processo de desintoxicação do corpo deixou ela muito debilitada. A mãe ao invés de entende-la apenas lhe dirigiu críticas. Ela inventou outra história para o marido que não engoliu muito,mas já que a filha estava bem ele deixou pra lá. Não temos o que queremos ter. É o que faz nosso mundo desandar e trazer o anormal a solta. Humanos não aceitam certas coisas e essas coisas se tornam a sua cruz.

Depois do almoço o pai levou Alissa a casa de uma amiga e disse que mais tarde a pegaria de volta. Ela estava bem agora.mas ele percebia que havia algo triste em seus olhos,algo que fazia ela crescer bem mais rápido do que ele queria. Quase já de noite ele foi pega-la e o caminho até em casa foi só silêncio ,ao contrário de tempos atrás que ela contava tudo ao pai. A casa deles era ligeiramente grande ,tinha dois andares e o andar térreo era bem elegante. As vezes Alissa ia pra lá quando queria pensar. Havia um jardim,e havia uma paisagem dos arredores da cidade. Alissa estava rindo e contando as coisas que havia dito a amiga para o irmão . O pai viu aquilo e decidiu sair de casa. Quando voltou o jantar já estava pronto. A família reunida por entre a sala,as notícias chatas da tv,todo dia era um crime diferente. Quando terminaram Alissa foi lavar os pratos ,era a vez dela essa noite. Charles decidiu ver a tv msm com coisas chatas. O irmão e a mãe sempre iam se deitar e se guardar nos seus quartos . Charles talvez tenha cochilado um instante mas foi tirado disso quando algo pareceu se quebrar na cozinha. Ele despertou,olhou para a tv ainda ligada,olhou o redor. Viu as coisas todas em ordem,então levantou e foi até a cozinha . Alissa ainda estava lá. Mas havia algo estranho,ou era só o pensamento de um sonho velho que ele estava tendo e agora seu corpo decidiu ficar estranho. Ela parecia agir como um robô estático. Pegava um prato e lavava,depois enxugava e botava no mesmo lugar. Mas não foi isso que levou Charles a estranhar a cena. O que havia de errado era que,ela sorria. Sorria enquanto lavava pratos. Fazia tempo que ela não sorria pra nada,e agora sorria lavando pratos. Ele não foi até ela,apenas olhou-a de longe e perguntou se estava bem. Alissa não olhou para ele,mas ouviu-se a voz dela forte e se arrastando em dizer sim. Como as crianças fazem quando estão entretidas com um brinquedo e não dão atenção a nada mais. O pai a olhou e disse que já era tarde fosse se deitar logo é foi em direção a sala novamente . Mas antes ouviu o mesmo gesto da filha ,dizendo sim. Ele parou um pouco mas depois voltou a caminhar em direção a sala. Sentou se na poltrona e passou para um canal de notícias. A repórter falava sobre um caso em que outra família havia sido morta. Mas como da primeira vez ele cochilou. Quando acordou novamente não ouviu barulho na cozinha . Então ficou ali por uns instantes,depois fechou a tv e quando ia subir para ir dormir no quarto algo apareceu,alguém apareceu. Era Alissa. Ela estava com um vestido transparente mas que no escuro de imediato ele não percebeu. Ela vinha em sua direção andando bem devagar,sem pressa como nas cenas de filmes na tv. Ele ficou parado e ouviu ela falar quase susurrando.
- Olá papai. Meu querido e amado pai. Ela agia com um ar zombeteiro como se estivesse desfilando em um teatro cercado por uma plateia.
Ele mais uma vez se sentiu intrigado e percebeu um cheiro diferente no ar,mas não sabia o que era. Ainda não sabia se ainda estava dormindo ou acordado.
- Oi filha. Porque não está dormindo?
Ela riu. Depois olhou para cima onde ficava os quartos.
- Todos estão dormindo igual anjos papai,não vão acordar tão cedo.
- O que você tem Alissa ? você tá diferente . Vá dormir .
- Dormir? vou já . Mas o senhor vai primeiro.
E riu novamente . Depois chegou mais perto do pai e ele então percebeu que ela estava com um vestido meio transparente. Dava para ver o seu corpo por entre ele aquele vestido,seus seios circurtancialmente bem feitos,e o resto que o pai teimou em não olhar mas não conseguiu . Ela era uma garota que qualquer homem desejaria.
- O que está fazendo? o que acha que pensa..
- Descobriu que eu queria dar pro meu professor pai? Descobriu e foi lá mandar ele se afastar? não foi seu velho?
- Mas o que.. Bom eu fui mandar ele.. eu não devo satisfação a você ,porque está vestindo isso igual a uma puta? vamos vá se vestir!
Ela chegou mais perto agora,Ele podia quase sentir o calor do corpo dela fazendo pressão sobre o dele,e de leve os seios dela tocou sua camisa e ele se afastou. Ela se aproximou novamente e pegou sua mão e pôs em um dos seus seios.
- É isso que você quer não é? velho idiota. É isso não é?
Ele estava paralisado,jamais imaginaria que iria acontecer aquela situação em toda sua vida. Ela agora pegou a mão dela e deslizou por entre o corpo do pai e deixou-a estacionada no pênis no pai que parecia estar em outro lugar menos ali.
- É isso não é? seu velho. Quer comer sua filha não é? posso sentir seu corpo pulsando se controlando todos esses anos querendo isso. Os ciúmes,as brigas. A auto proteção excessiva. Diga pra mim vai? não é isso que você quer?
Ele a olhou espantado,seus olhos havia mudado,não era sua filha. Era algo dentro dela,algo que o deixava desconfortável por estar falando o que ele não queria ouvir.
- Não. você está louca. Eu não quero ...
- Não é o que seu corpo diz papai. Veja,olhe . Mal eu peguei no seu pau e já tá maior,deve tá morrendo de desejo ai dentro,todo esse tempo.
Ele a olhou enquanto ele ouvia as palavras saírem de sua boca numa velocidade em que fazia seu corpo não ter reação. Seus pensamentos e desejos não eram mais controláveis e estava incrédulo com o poder que aquela garota o tinha agora.
- Pare! O que está fazendo? que modos são esses? que linguagem é essa? meu deus você não é minha filha.
- Deixe de besteira. Velho.
Deu um empurrão nele que o fez cair na poltrona. Depois numa rapidez subiu em cima dele de frente e se encaixou. Então tirou o vestido e o jogou deixando assim o seu corpo nu de encontro com o do pai. Ela sentia o calor que ele trazia,o desejo preso como numa garrafa de pressão esperando uma explosão a qualquer momento. Ela pôs a mão em seu rosto e o beijou na boca. Depois disso foi ao ouvido do pai e sussurrou no ouvido dele : - Pai ,Eu quero dar pra você aqui e agora.
Ele permanecia inerte ao que havia se concretizado naquele momento,pensou o que diabos estava ocorrendo e porque isso o fazia de certa forma sentir prazer. Então ela o beijou novamente. Pôs a mão dele em seu seio. Num rápido agir ela pegou algo que estava em cima da mesinha,pôs atrás das costas. Olhou para os olhos do pai e sorriu. Viu os olhos dilatados de surpresa. Então tirou a mão atrás das costas e enfiou o punhal que seu pai botara na mesinha horas atrás,na sua garganta. Ele entrou fácil e logo jorrou sangue em toda sua cara e o seu corpo agora estava vermelho. Ela via a ação do pai de tentar ainda segurar a garganta tentando respirar em vão . Depois de uns segundos ele não resistiu,e apenas deu alguns tocidos cheios de sangue e parou. Ela ainda estava em cima dele,agora olhava seus olhos e passava a mão por entre seus cabelos. Começou a cantar um música de ninar que ele cantava quando ela era pequena. Olhou seus olhos que ainda tinham o mesmo espanto que minutos atrás. Então encostou sua cara na dele e ficou ali alguns segundos.
- Papai. Seu bobo.

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⏰ Last updated: May 04, 2016 ⏰

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Esther Where stories live. Discover now