Capítulo 43

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Ian narrando

          Quando Dr. Celso falou que minha pequena havia acordado, meu coração se encheu de alegria, caminhei até o quarto apressadamente.

          Abri a porta divagar, a vi na cama um pouco pálida ainda, sentei na beira da cama e peguei sua mão. A beijei e ah! Como estava com saudade do seu toque.

          Quando ela me contou que o responsável do seu sequestro era o Caique, a raiva me tomou, mas não podia demostrar perto dela, pois não queria preocupa-la. Ele me roubou a oportunidade de ver meus filhos crescerem na barriga da minha mulher, por sua culpa minha família quase morreu, chegou a hora de termos uma conversa de homem para homem.
          Saí do quarto tentando controlar minha raiva, contei até 100, mas não resolveu. Quando estava saindo do hospital sinto uma mão me segurar.

          __ Vai com calma cunhado. - Alan falou dando um meio sorriso.

          __ Estou indo acertar as contas com uma certa pessoa. - Retruquei.

          __ Bom, a Elza me pediu para vir aqui na intenção de te impedir, mas aquele desgraçado merece uma boa surra, não estou indo como polícia, mas sim como amigo, irmão e namorado. - Falou e entramos na minha BMW.

          Tinha um número do Caique, então o rastreamos. Estava um pouco longe da cidade, uns 150km, quando finalmente chegamos era em uma boate na beira da estrada.

          Descemos do carro e caminhamos até a entrada. Como já  estava de noite, haviam várias luzes, mulheres quase nuas em cima de um palco ser esfregando em um pole e dançando de modo vulgar, também haviam homens fumando e bebendo.

          Caminhamos até o balcão para falar com o barman, quero saber do Caique. Provavelmente deve trabalhar aqui ou está só se divertindo.

          __ Boa noite, você conhece o Caique Salvatore? - Pergunto em um tom de voz alto por conta da música alta.

          __ Ele é o dono daqui, se quiser eu chamo. - Falou, mas quero pegá-lo de surpresa.

          __ Me mostra sala, sou um velho amigo e só quero fazer uma surpresa. - E ele me mostrou.

          Entrei junto com Alan, Caique está sentado em uma cadeira de couro com os pés na mesa, sua expressão mudo na hora que me viu. Caminhei até ele e peguei na gola da sua camisa e o levantei.

          __ Hora de acertamos as contas, irmão. - Disse o jogando no fundo da sala.

Subi em cima dele e comecei a dar socos no seu rosto, vários. Ele nem tentava revidar. Quando já estava quase desmaiando, falou:

          __ Irmão, sua mulher é uma tremenda gostosa, amei tocar cada parte daquele corpo, apesar dela estar grávida era uma delícia nossas noites. Ah! Alan, preciso lembrar dos momentos com a Kátia, ela é uma delícia também. - Quando eu ia bater mais nele Alan me puxa.

          __ Minha vez de acabar com a raça desse desgraçado infeliz, moleque. - Falou indo para cima do Caique e bateu muito nele, estava todo roxo. __ Está preso por sequestro, estupro de incapaz e boate ilegal, sempre é bom andar com um gravador. A polícia está lá fora te esperando, seu nojento. - Alan disse levantando o Caique algemado.

          Quando saímos da sala tinham policiais espalhados por todos os lados e vários homens algemados, chego perto do Alan e pergunto baixo:

          __ Não vai dar problema para você não o Caique cause morto? 

          __ Vantagem em ser detetive meu caro, agora vamos.

          Caique foi para a viatura e nós para minha BMW rumo ao hospital, me senti mais leve depois disso, ele mereceu cada soco e cada chute, não me arrependo.

          Chegamos ao hospital e falei com a recepcionista que na hora que viu o Alan arreganhou os dentes, era ruiva.

          __ Boa noite, em que posso ajuda vocês, senhores? - Disse sorrindo e olhando na direção do Alan, me deu vontade de rir, ele está super desconfortável.

          __ Podemos subir ao quarto da Sra. Salvatore? - Falei segurando o riso pela cara do Alan.

          __ Podem ir, Sr. Albuquerque poderia me passa seu número? - Perguntou.

          __ Não querida não pode, ele é comprometido, vá atrás de um solteiro por aí que esse aqui tem dona. - Kátia respondeu pegando na mão do Alan.

          Subimos e eu não parava de rir da cara muito engraçada que o Alan fez quando escuto a voz da minha irmã, não sabia que Kátia era tão ciumenta, se fosse comigo a Elza matava a ruiva. Kkkk

          Chegamos ao quarto, todos estavam presentes na maior alegria. Cumprimentei todos e dei um beijo na Elza.

          __ Me diz que não fez besteira. - Elza exigiu.

          __ Só dei uma lição no meu irmão. - Falei pegando em sua mão.

          __ Alan, pedi para impedi-lo. - Recriminou e eu ri.  __ Por que está rindo Sr. Ian? 

          __ Alan quase matou o Caique e ainda prendeu ele. - Disse

          __ Gente, os trigêmeos precisam de nomes, já nascerão a quase uma semana e ainda não têm. - Angélica falou com razão.

          __ Meu amor, tenho algumas ideias, posso falar? - Falei olhando para a Elza.

          __ Claro diga.

          __ Pode ser Sofia, Enzo e Arthur. - Sugeri.

          __ São perfeitos amor, queria poder ver os rostinhos de cada um. - Assim que termina de falar a enfermeira entra com três carinhos e os olhos da Elza brilharam.

          __ Chego a hora da mamãe dar de mamar aos pequenos - Falou.  __ Papai, pega aqui o pequeno, ele é o mais esfomeado. - Falou e peguei o Enzo, ele seria o Enzo com seus cabelos pretinhos e olhos negros.

          __ Ele será o Enzo. - Falei entregando a Elza para amamentá-lo.

          __ Ele é tão pequeno Ian, tenho medo de quebra-lo, ele tem os seus lábios amor, é lindo. - Externou com os olhos marejados.

          Ela terminou de dar de mamar ao Enzo e peguei a Sofia dos braços da Sra. Karina que já estava chorando, Arthur estava com a Kátia.

          __ Ela se parece mais com você Ian, vou ficar louca com essas três crianças pela casa, tenho que mandar fazer umas correntes com os nomes de cada um, são idênticos. - Elza disse terminado com a Sofia.

          Sra. Karina estava com Enzo, Ange com Sofia que dormia tranquilamente e Arthur mamando.

          __ Parabéns pela família linda que me deu amor, sou o homem mais feliz do mundo. - Disse, Elza levava jeito para ser mãe, ela olhava tão delicada para os bebês, isso me emocionou.

          __ Não chora amor, eu que tenho que agradecer por me dar três presentes lindos.

          __ Gente, tenho que ir, a Valentina está com a mãe do Miguel, depois voltamos. - Angélica falou entregado a Sofia para a Kátia, dando um beijo na testa da Elza e saindo acompanhada do Miguel

          Dr. Celso entrou no quarto.

          __ Bom, vejo que estão todos felizes, Elza você não perdeu os movimentos das pernas, só por um tempo está com pouca sensibilidade, mas logo estará andando. Ficar em um quarto com os bebês aos seus cuidados será melhor para a sua recuperação. - Falou e minha pequena ficou muito alegre.

          Agora sei que minha família está completa novamente, meus filhos e a mulher que amo tudo, está tudo no eixo.

DE REPENTE APAIXONADA Where stories live. Discover now