CAPÍTULO 23

330 40 15
                                    

Quando olhei para trás vi que era o brutamontes que estava me encarando antes...

Eu fiquei apavorada, olhei rapidamente para o local onde Sara estava antes, na esperança de que ela e Jack vissem a situação em que eu me encontrava e viessem me ajudar, mas ela e seu namorado simplesmente haviam desaparecido... Não estavam mais lá, foi nessa hora que meu desespero aumentou mil vezes mais, pensei em gritar o mais alto possível, porem seria muito provável que não me ouvissem por causa da musica que estava absurdamente alta.. quando ia gritar por socorro, o sujeito que estava segurando meu braço de maneira agressiva coloca algo em minha cintura, o que parecia ser um revolver...

- Fica quietinha gatinha... se você tentar alguma coisa eu te mato agora mesmo. - ele sussurrou em meu ouvido e eu pude sentir seu halito quente em minha orelha, quando ouvi sua voz sussurrando em meu ouvido, meu corpo todo se arrepiou e o medo tomou conta... eu estava em completo estado de panico.

Ele começou a me puxar para a saída da festa, e disse para eu agir normalmente se não ele me mataria ali mesmo sem nenhuma piedade, só que isso era completamente impossível de se fazer... Eu estava olhando para as pessoas, esperando que elas percebessem pela minha fisionomia que eu estava desesperada e sendo sequestrada... Mas infelizmente... ninguém ligava... nem sequer olhavam para a minha cara...

Estávamos próximo a saída da festa, e eu estava rezando para que Deus mandasse algum anjo para me salvar daquele brutamontes... E acredito que ele ouviu as minhas preces, pois, quando já estávamos fora da festa e o sujeito ia me empurrar para dentro de um carro todo preto, com vidros extremamente escuros, o meu "anjo" apareceu por traz de nós...

- Solta a garota agora! Isso se você não quer que eu estoure seus miolos! - não havia visto ainda o rosto do rapaz que estava salvando a minha vida, pois, eu estava de costas e impossibilitada de me locomover por conta de um brutamontes de dois metros de altura estar me segurando, mas, a voz do rapaz era grave e bonita, eu não sabia de quem poderia ser aquela voz...

- Ok Cara, eu vou soltar a garota... e você me deixa ir ta bom?! - O cara disse me soltando, na hora em que ele me soltou, eu fui puxada bruscamente, pelo braço, para trás, onde o "anjo" estava... Ele continuou a segurar em meu braço... Quando olhei para o lado para ver quem era o rapaz que havia acabado de salvar minha vida... adivinhe?! era o garoto que estava me encarando na festa... ele não olhou para o meu rosto, ainda encarava o cara que tinha tentado me sequestrar, ele continuava com o revolver na cabeça do sujeito...

- Continua de costas, coloca a arma no chão e encosta no carro! - ele disse, e o brutamontes fez o que ele mandou, colocou a arma no chão e encostou no carro.

- você já tem a menina cara... Agora me deixa ir. - disse o brutamontes, que agora parecia mais uma galinha medrosa...

- Quem disse que eu vou te deixar ir ? ? - Disse ele, para o brutamontes. Ele iria mata-lo ? ele teria realmente coragem de fazer isso ?! nesse momento, eu não sabia mais se eu estava realmente sendo salva ou estava sendo sequestrada por outro cara novamente...

- Cara, por favor, me deixa ir embora... eu só fui contratado por uns caras pra fazer esse serviço, eu não quero nada com a garota, eu só estava interessado no dinheiro... - Contratado? Quem iria querer fazer isso comigo!?

- Você foi contratado por quem?

- Eu não sei cara... eu não sei... - o sujeito disse, e eu podia sentir o medo em sua voz.

O garoto ao meu lado empurrou o revolver com força na cabeça do sujeito e disse para ele abrir o jogo se ele não quisesse morrer ali mesmo... Eu estava querendo fugir daquele lugar, desaparecer... Eu não queria reviver a experiencia dolorosa de ver alguém ser assassinado na minha frente novamente...

- Eu juro que eu não sei cara...Eu não pergunto o nome, ou pra quem é o serviço, eu simplesmente faço e recebo por ele... Eu só ia deixar a menina numa empresa abandonada que eles me passaram o endereço...

- Passa o endereço pra cá!

- O papel tá no meu bolso direito. - ele disse e o garoto mandou eu pegar. Eu realmente estava confusa, sem entender o por que desse garoto que eu nem conheço, estar fazendo isso tudo... eu peguei o papel do bolso do cara e abri... Quando li o endereço, eu não acreditei no que via... era o mesmo endereço da fabrica onde haviam pego o entregador das cartas...

Infinitas Lembranças  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora