O adeus ao lar

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 Desço para o primeiro andar da casa e faço meu café, tenho cerca de meia hora antes do táxi chegar para me levar ao aeroporto. Enquanto o café não fica pronto na cafeteira aproveito para dar uma última olhada e um adeus a casa que foi meu lar nos últimos 16 anos.

A cafeteira apita me informando que o café está pronto, rapidamente o coloca em uma caneca térmica ao mesmo tempo que ouço táxi buzinando lá fora.

As malas já estão perto da porta, Joaquim havia colocado no dia anterior pouco antes de ir para a fazenda, segundo ele aquela seria a última coisa que ele faria por mim por algum tempo sendo assim ele estava satisfeito por fazer isso por mim.

Realmente eu poderia ter usar meus poderes e levado as malas para o primeiro andar com apenas um movimento de minha mão, mas fiquei feliz por Joaquim ter se oferecido, afinal por mais que eu tivesse DNA Stark correndo por minhas veias, Joaquim sempre seria meu pai.

Com um só movimento discreto de mão, as malas são colocadas na parte externa da casa onde o taxista muito atencioso as coloca dentro do carro, eu por minha vez pego minha bolsa que está no sofá e minha caneca tranco a casa dando uma última olhada para a mesma e em seguida também entro no carro.

O trajeto até o aeroporto Leva cerca de uma hora, 40 minutos quando o trânsito está livre, coisa que não estava hoje. Assim que chegamos ao destino eu pago a corrida e o taxista me ajuda a colocar as malas no carrinho, em seguida me despeço do mesmo e sigo para o interior do aeroporto.

Por uma sorte do destino o check-in não demora muito e logo estou dentro da aeronave.

Assim que entro percebo que todos os acentos estão ocupados, exceto o meu e o que estavam ao meu lado. Sim eu havia comprado os três assentos. Mas não me culpem, o plano original era que mamãe e Joaquim me acompanhariam nessa viagem, quando os planos mudaram, os deles pelo menos, eu acabei esquecendo de cancelar a passagem deles, o que foi um tanto melhor já que eu detestava viajar acompanhado de pessoas desconhecidas.

Mas como o karma é uma droga infelizmente uma mãe e duas crianças sentaram-se nos assentos atrás de mim, do nada a viagem que já seria muito longa tornou-se ainda mais longa. Logo recebemos a autorização e decolamos.

Eu estava perdida em teorias moleculares quando sente o primeiro chute na minha poltrona. Eu juro pra você que tenta ignorar, mas o primeiro chute tornou-se vários cada um com uma força maior que o anterior. Aumento o som do fone de ouvido em uma tentativa de me manter concentrada nos livros e esquecer os pirralhos, mas não funcionou. Tentei então eu falar com a mãe dos mesmo para que ela desse ordem para que eles parassem, mas fui completamente e simplesmente ignorada. Sem outro jeito resolvi tomar medidas drásticas.

Fechei o livro que estava lendo relaxei minhas mãos sobre os braços da poltrona e recostei minha cabeça. Em segundos eu não estava mais em minha mente e sim na da criança. Tudo ali era uma completa bagunça mas devido a minha prática,consegui achar rapidamente o que procurava, os maiores medos, a partir disso o induzi é uma crise de pânico.

Uma vez que minha tarefa ali estava cumprida, voltei para minha mente ao mesmo tempo eu choro era ouvido pela aeronave, eu simplesmente aumentei o volume do meu fone e a música preenche os meus ouvidos. O restante da viagem foi tranquilo, ao menos para mim.

Filha de um Vingador  Herdeira da JustiçaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora