29 - Um motivo

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Hermione Granger

Após minutos permaneço estática no mesmo lugar.

Draco desceu as escadas com uma mochila velha, seus olhos pareciam um dia chuvoso... Meu coração acelera pensando no pior.

O platinado se aproxima, e agora, em minha frente, me olha não só com gratidão, mas também, com um sentimento que até então, era desconhecido por mim, vindo dele...

— Então é assim que termina... - Seu meio sorriso me quebrou... — Quero que saiba... Sou grato por tudo que você fez por mim.

Seus olhos me fitavam ansiosos. E a cada segundo que passava, sentia minha respiração pesar, meu coração descompassar.

— Você não precisa ir... – Finalmente consigo dizer algo além de olhar seus olhos, que mais pareciam a própria tempestade.

— Eu quero que você fique! — Exclamo baixinho para que o mesmo ouça.

Estou ansiosa... Não quero o perder. Me aproximo de Draco tocando seu peito e o olhando ansiosa por sua resposta.

— Eu preciso ir... Não quero ser um fardo para você. Eu quero descobrir mais sobre mim, reencontrar minha família! – Sua convicção fez com que meu coração murchasse... Abaixei meus olhos com a mais pura decepção.


Não o deixarei ir... Eu não posso fazer isso! Draco me fez sentir algo que há muitos anos eu não sentia... Me sinto viva! Eu preciso entender o que mais, quais sentimentos a mais existem aqui. Não posso perder isso, não mais.

— Eu preciso de você, Draco. — Minha voz firme o fez estremecer. Levantei minha cabeça fitando seus olhos que estavam mais brilhantes. Toquei em seu rosto acariciando sua pele macia.

Oh meu Deus, eu preciso desse homem!

— Realmente preciso... Você nunca foi um fardo, ao contrário. Você deixou meus dias mais alegres. Estou encontrando minha paz.

E então o platinado sorriu, um sorriso largo e genuíno. Sua mão cobriu a minha sob sua face, e com entusiasmo o mesmo disse:

— Então venha comigo! Nós precisamos um do outro, Hermione. Só venha comigo! — Seus olhos agora brilhavam em possibilidades, a mais pura esperança e ansiedade

Mas eu não posso ir com ele... Balancei minha cabeça negativamente me desviciliando de suas mãos, aos poucos me afastei de Draco, levantei meu rosto para encarar suas íris confusas no tom de azul, quase cinza.

— Draco, eu tenho responsabilidades aqui!

Exclamei atônica.

— E eu tenho responsabilidades na França!

Seu tom foi exasperado, o rosto feliz desmanchou, restando apenas a frieza. Draco balançou a cabeça decepcionado, apertou a alça da mochila em seu ombro, respirando fundo antes de passar por mim em direção a porta.

Angústia... Esse era o sentimento que me tomava. Eu não posso ir, e ele não pode me deixar... Não agora.

— Por favor, não vá – Pedi sentindo meu coração pular. As lágrimas deixavam meu campo de visão embaçado.

O platinado parou, virou-se para me encara e disse:

— Me dê apenas um motivo para ficar... E eu ficarei.

— Ah, Draco... — Afartei indo até o platinado.

Espero que não me arrependa dessa minha decisão.

Seguro em seus ombros mantendo o contato com as íris cinzas, que ultimamente tem me deixado muito confusa.

Draco me fitava ansioso. O sorriso que acabei de oferecer a ele enquanto encarava seus lábios... Por Deus! Eu quero beija-lo!

— Vou te beijar, Draco! — Exclamei antes de chocar meus lábios com os seus.

Toquei minha língua sob seu lábio afim de saborear, sentir o quão macio era. Afartei quando o platinado agarrou minha cintura e entre-abriu seus lábios invadindo minha boca com a sua língua.

Minha língua explorava sua boca. Mordiscando seus lábios... Puxava seu cabelo platinado para trás expondo seu pescoço.

— Vou beija-lo aqui. – Sussurro ao afastar meus lábios dos seus, apontando para seu pescoço exposto.

— Ah, Hermione... – Gemeu com o rosto corado recebendo minhas carícias em seu pescoço.

A velha mochila agora se encontrava no chão. E o homem grande me apertava contra si, acariciando minha cintura, descendo para minha bunda e apertando ali.

— Hermione... — Chamou minha atenção —Está fazendo isso só porque irei partir, sei que irá se arrepender. — Sussurrou em meu ouvido.

A voz embriagada de tesão era nítida, mas Draco ainda mantinha o raciocínio do que acontecia.

— Você não vai partir. Eu não irei me arrepender, Draco. – Firmei minhas mãos em seu pescoço, acariciando sua nuca enquanto olhava em seus olhos.

Ao dizer isto, eu sabia que poderia estar abrindo mão de Ronald, mas poderia estar me libertando de um passado marcado pela dor.

Será que mereço ser feliz mesmo tendo que ver minha família morrer?! Isso vai valer a pena?!

— Hermione? — Draco me chamou
ansioso — Você se arrependeu!

Exclamou o platinado ao me ver encarar o nada.

Esse homem... Soltei uma risada nasal. Não iria me arrepender, não agora!

— Não, Draco. Eu não me arrependo... Mas talvez haja uma pequena possibilidade de me arrepender do que farei agora!

Seu olhar confuso me pegou, mas não o deixei raciocinar. Toquei em seu abdômen rodeando sua cintura afim de colar nossos corpos.

— O que está fazendo? — Sua pergunta ansiosa me fez rir de lado.

— Estou te dando um motivo, amor.

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Hey, meus amores.

Quero que me digam nos comentários sobre a atitude de Hermione

* Até Domingo.

Prometo prolongar o próximo capítulo

Dear MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora