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Capítulo Quarenta.

7 meses depois...

" Me arrependir de não ter te abraçado outra vez, não ter te beijado uma última vez..."

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         Sim, Alice continua em coma. O prazo pra desliga os aparelhos é de 3 meses, mas não deixamos e nem seus pais quis desligar. Eles disseram que tem muitos casos que voltam depois de anos. E tenho fé que minha pequena é um desses.

Belly está quase pra ganhar bebê, e estou muito ansioso pra esse dia. Tô louco pra saber o sexo. Agora aqui estou eu, como sempre desde 7 meses atrás, ao lado da cama que Alice está, imóvel como sempre.

- Perdoa as coisas que falei, eu nem pensei que pudesse te deixar assim...Essas flores são pra me desculpa, ou pelo menos tentar, dizer que aqui...E não ficou em sentimento, foi mágoa de momento que passou...

Cantarolo baixinho com a cabeça apoiada na cama segurando a mão dela.

- Hora de acorda bela adormecida. - sorrio fraco olhando seu rosto pálido e seus lábios ressecados. - Sinto sua falta minha mimada.

Deixo uma lágrima solitária cair. Sempre evitei chorar aqui, só que ver ela assim, não consigo controlar. Sinto meu celular vibra no bolso, e pego ele. Vejo o nome e Belly e atendo logo fungando o nariz.

- Belly? - levanto da cadeira ficando perto da janela do quarto.

- Rafa...me ajuda...vai nascer, eu to sangrando Rafa! Me ajuda.

Meu filho vai nascer!

- Se acalma, eu to indo agora te buscar!

- Não demora, eu...to com medo do meu bebê.

Ouço Belly respira fundo entre lágrimas.

- Já estou indo, respire fundo

Saio do quarto correndo, quando esbarro no pai da Alice pelo corredor do hospital.

Ele me olha assustado.

- O que houve? Alice...

- Não! Belly sangrando, eu não sei direito, tenho que busca ela, meu filho vai nascer. - falo em um fôlego só.

Ele abre um sorriso.

- Calma rapaz, posso manda uma ambulância, qual o endereço?

- Vão busca ela? - pergunto respirando fundo.

- Sim.

Um alívio me invade, e passo o endereço do prédio que ela mora. E logo a ambulância é acionada pra ir.

- Obrigado. - agradeço relaxado.

- Não foi nada, é seu filho que vai nascer. - ela me abraça sorrindo.

Meu filho vai nascer.Ele vai nascer! Vou poder ver o rostinho dele. Pego meu celular discando o número do André.

- Notícia boa? - ele pergunta assim que atende.

- Meu filho vai nascer porra!

- Que? Meu afilhado vai nascer! estou indo pro hospital agora.

Sim! André se nomeou o padrinho e kahl a madrinha. Teve uma briga entres os outros mas resolveram em um jogo de cartas, a dupla que ganhasse era os padrinhos.

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