Addiction • lrh

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•• Jennifer ••

Dor. Dor. Dor.

Era tudo o que conseguia sentir, ao acordar. Para além das fortes dores de cabeça da ressaca, tinha também dores por todo o lado. Até na alma.

Se eu pudesse, hoje ficava o dia todo na cama, sem ter de fazer nada e ficar a deprimir e a comer.

Mas lembro-me que Luke disse que estaria aqui hoje logo de manhã.

Honestamente, estava à espera que ele se esquecesse porque tudo o que menos queria agora era ter de falar com ele. Embora por outro lado, um lado mais virado para o meu pequeno coração, queira muito ver aquele ser de novo.

Oiço alguém a bater à porta, e quase me espanco a mim mesma.

Pego em todas as forças que ainda me restavam, e tento me por o mais decente possível.

No estado em que eu me encontrava, ele não me ia ver de certeza.

Enquanto tentava encontrar alguma coisa decente para vestir, alguém bate a porta mas desta vez do meu quarto. De certeza que era o meu pai, para mandar as suas adoradas bocas matinais.

"Agora não, pai! Não estou com paciência para as tuas coisas" grito, revirando os olhos simultaneamente.

"Hm s-sou eu, Jenn"

A voz que tanto adoro..

Mas como ele entrou? O meu pai não pode ter sido, porque de certeza que mandava o Luke ir para um lugar bem interessante.

"Oh, então.. Espera só um pouco"

Amarro o meu cabelo num simples rabo de cavalo, e esqueço a ideia de me vestir. Ele não ia ficar a minha espera tanto tempo. E este pijama não era mau de todo.

Respiro fundo, e abro a porta.

"Hey" diz ele, sorrindo fraco mas ficando igualmente adorável.

Sorriu de volta, "entra, senta-te onde quiseres"

Ele assim o faz, e senta-se no canto da minha cama.

Era estranho, eu nem deveria estar a sorrir para ele depois da festa de ontem. Nem ele para mim. Mas parece que isso era quase impossível, eu não consigo evitar sorrir assim que me encontro com aqueles olhos azuis maravilhosos.

Sento-me também na minha cama, mas com alguma distância dele.

"Hm não ligues ao meu pijama. Mas não estava à espera que aparecesses assim, de repente" digo, provavelmente corando.

"Estás linda na mesma"

Baixo o olhar e tento não sorrir, novamente.

"Por falar nisso, como entraste?"

"O teu pai abriu-me a porta"

"E deixou-te entrar? E vir ter comigo para o meu quarto? Essa é novidade" digo, um pouco em choque.

"Por acaso ele foi simpático. E estava sorridente. Da maneira que o descreveste, pensei que era um monstro" diz Luke.