07.Uma manhã gélida.

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- Proximidades de Aurelia, manhã -

O gramado está alto e seco, a terra das estradas se transformou em lama devido às fortes chuvas dos últimos dias. Aos arredores da cidade se encontra uma floresta de árvores altas e secas, galhos finos e pontudos. Poucas colinas espalhadas, rochas cinzentas cheias de lodo e pequenas cavernas ocultas, algumas são esconderijos de refugiados de outros países que escaparam das mãos dos soldados Aurelianos.

Uma mansão fica no meio da floresta, grande com dezenas de cômodos, a pintura já passada, as paredes rachadas e cheias de galhos, janelas muito empoeiradas cheias de teias de aranha em suas bordas.

A manhã é muito gelada, em um dos quartos uma jovem mulher de aproximadamente vinte anos de idade. Cabelos curtos e rosas raspados na lateral direita, a pele cinzenta, não é humana. Ela é uma tallumana, são semelhantes aos humanos, o que diferencia um tallumano de um humano é o tempo que um vive, vivem aproximadamente 150 anos em geral. Eles tem organismos semelhantes, o diferencial são pequenos pontinhos negros espalhados pelo corpo que são conhecidos como "rkista", que são pequenos cristais opacos e negros carregados de um brilho cor de vinho. Os tallumanos descendem de um dos primeiros, são seres de diferentes estaturas, cores, tipos de cabelo. Os olhos deles são contornados em um negro cor de carvão, as córneas que se diferenciam em diversas cores. Não é fácil ser um em cidades mais pobres ou cheias de criminalidades, pois as rkistas são vendidas a um ótimo preço em mercados negros, comercializadas para produzirem poções e para enfeitar armas ou armaduras. Por isso eles correm sérios perigos em locais assim, tallumanos são vistos como seres divinos em alguns locais devido a beleza das rkistas e do longo prazo de vida.

Ao lado da tallumana está o Lenhador, ele a cumprimenta com a cabeça e diz:

-Bom dia Gisilda.

-Bom. Seu namorado parece estar a acordar, vou me retirar.

Com muito esforço Thomas desperta, seus olhos pesados se abrem e ele é receptado por feixes de luz fortíssimos. Sua vista é a de uma janela fechada com as cortinas semiabertas. O céu está azulado, apenas com algumas nuvens carregadas.

-Dormiu como uma princesa.-a voz vem do Lenhador, sentado em uma cadeira de madeira de frente a uma pequena mesa com alguns livros e uma vela apagada em cima de um prato.

Ele está com uma xícara de chá em mãos, o vapor sobe em uma onda cintilante, o cheiro é bom.

-Você...-comenta Thomas passando a mão sobre o rosto sonolento.

-Haha. Você está perdendo o jeito mesmo, até parece que saiu do treinamento ontem.

A barba do homem é negra com apenas alguns fios grisalhos, o cabelo metodicamente penteado para trás também negro, o queixo é quadrado e as bochechas cheias e coradas como tivesse bebido muito, os olhos castanhos claros e possui uma cicatriz acima da sobrancelha direita. Mede aproximadamente 1,75. Está meio pálido e com algumas bandagens por seu peitoral e braço devido aos ferimentos.

-Antes que pergunte, salvei tua pele. De novo.-ele dá ênfase na última palavra.

-Que ressaca terrível. Não lembro de nada. -Thomas sente uma pontada no ombro onde fora ferido, apoia a palma da mão sobre e sente o volume das faixas e a crosta de sangue que se secará -Isso dói. Pode me explicar que merda aconteceu?

Thomas está sério e com expressão de dor, algo de se estranhar em seu comportamento padrão metido a garanhão.

-Eu segui você desde que saiu do bar, primeiramente achei que estava fazendo uma aliança com algum tipo de inimigo novo. Nunca confiei em você.-o homem coça sua volumosa barba negra e sorri.

Thomas diz:

-Filho da puta.

-Enfim. Depois de alguns minutos te seguindo percebi que era uma armadilha, uma óbvia armadilha. Você estava muito bêbado, achei que tinha parado de beber.

-Nunca disse isso.

-Devo ter sonhado- ele dá mais um gole em seu chá- Isso está uma delícia. Continuando: Quando você chegou no local designado, a garota se afastou e três homens armados se aproximaram, eram caçadores de rebeldes. Você levou um chute, foi golpeado - ele aponta para o ombro ferido de Thomas - e então eu surgi e te salvei.

-Que merda.

-Eu salvei sua vida, deveria estar agradecido.

-Eu estou. Eu disse que merda me referindo a essa situação escrota, por isso não gosto de beber sozinho.

-Mas Stella estava com você até antes de sair da taverna.

-Você a conhece?

-Sim.

O Lenhador sorri por trás do chá quente e Thomas retribui o sorriso malicioso, ele diz:

-Vejo que não mudou Bastian.

Então estende a mão para Bastian ou o antes apelidado "Lenhador" que se levanta e a aperta com força, eles sorriem, Thomas bate as mãos nas costas do velho amigo e o abraça.

-Quanto tempo seu filho da puta!

O homem bate a mão nas costas de Thomas de volta encostando levemente em seu ombro ferido, ele grunhe de dor.

-Desculpe, esqueci que é um marica.

-Vai se foder.

E eles riem juntos em alto e bom som.

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Fiquem com essa foto do Jon Snow e não se esqueçam de votar

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Iae povos.
Como vai vocês?
Legal, legal...
Então, percebi que andam meio desaparecidos nos votos e comentários, vim me manifestar aqui publicamente e dizer: Se não tiver voto e comentário... Bem, eu vou continuar a história normalmente, porque apesar de isso ajudar bastante, não passa de um símbolo. O que realmente importa é escrever e divertir.

Espero que eu esteja fazendo bem isso.

:)

Muito obrigado pela atenção. Vejo vocês nos comentários, ou no próximo capítulo.

As Crônicas Estelares - A Espada RebeldeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora