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Depois do pequeno momento de trégua com sua própria mãe, Olivia teve que se enfiar nos livros, pois ela não queria se dar mal logo no começo da sua faculdade de jornalismo. A menina sempre foi apaixonada por escrita e pensava seriamente em fazer o curso de letras, mas desde que se entendia por gente, se pegava fazendo jornais para escola ou pra si mesma, querendo relatar qualquer novidade que acontecia ao seu redor, sendo ela um lançamento novo de tênis, ou até mesmo o projeto dos novos bebedouros da escola. Mas ela realmente descobriu em qual área atuar, quando se pegou escrevendo sobre as roupas que os famosos usavam em premiação, ou as fofocas que saiam sobre eles nos sites.
Ela nascera pra isso, e nunca sequer teve dúvidas.
Então queria ter algo para orgulhar sua mãe, e pretendia estagiar em uma grande revista, enquanto tirava suas notas maravilhosas no final de cada semestre.
Mas claro que o objetivo de Olivia, de se manter focada à tarde toda nos estudos, logo foi interrompida por uma ligação de Becca. Revirou os olhos, mas mesmo assim atendeu o telefone sorrindo. Amava conversar com a amiga.
- Viada! Fiquei sabendo da treta com seu padrasto gostoso ontem! Por que não me contou? - Rebecca quase gritou.
- Eu agradeceria se você fosse mais silenciosa, porque minha mãe está em casa, e ela certamente ouviria você falando, mesmo sem o viva voz. - Olivia bufou. - E respondendo sua pergunta, eu estava ocupada demais brigando com ele. Sem contar que eu sabia que Nick te contaria, aquele ali é pior que tias no natal. - Olivia bufou.
- Verdade, Nick não segura a língua. - Becca respondeu e as duas riram. - Mas e aí, o que ficou resolvido depois de toda a briga? - Becca perguntou, dessa vez não tão brincalhona assim. Ela se preocupava com a amiga e não queria que ela enfrentasse problemas com o padrasto.
- A briga não foi nada boa, mas eu fui pro meu quarto e fiquei por lá. - Olivia disse. - Mas depois a fome atacou e eu tive que ir comer, e quando cheguei lá, ele estava cozinhando. E sem camisa. - Sussurrou a última parte e ouviu a amiga soltar um gritinho animado. - Na verdade, desde que começamos à discussão, algumas horas mais cedo, ele já estava sem camisa. Mas eu estava muito brava pra me distrair com isso. Embora eu tenha captado a intenção dele. - Olivia disse, ainda maneirando no tom.
- Mas é claro que ele usaria o corpo dele como arma! Isso é golpe baixo! - Becca exclamou e Olivia concordou rindo.
- Ele sabe muito bem o corpo que tem, e sabe os efeitos que causa. - Olivia informou.
- Bom amiga, queria continuar falando sobre o gato, mas meu intervalo acabou e eu ainda pretendo ser uma boa arquiteta. Então boa sorte com o rapaz. - Rebecca disse e as duas se despediram.

[...]

Eram um pouco mais de 17 horas da tarde, quando Lilah se despediu da filha, alegando que teria um plantão de 24 horas, e só voltaria no outro dia, às 18 horas.
Olivia tinha orgulho da mãe, por ser tão batalhadora, pois certamente ela não teria paciência para trabalhar no cargo noturno, ainda mais em dois hospitais. Por mais que Olivia tivesse muitas mágoas por Delilah, ela ainda admirava o fato da progenitora fazer de tudo para sustentá-las, mesmo tendo uma filha um pouco rebelde e muitas vezes ingrata. E era por isso que Olivia se empenhava na faculdade. Sua mãe já sofria de mais com ela, a mulher merceia um orgulho na vida. Mas Liv não fazia isso só para orgulhar sua mãe, e sim em memória de seu pai.
E foi pensando nisso que a Walker mais nova, entrou no banheiro e relaxou, já se preparando pra mais uma noite cansativa naquela faculdade que ela já estava tomando raiva.

Quando o horário de Nick ir buscá-la se aproximou, Olivia desceu para a sala carregando seus materiais, e ficou esperando pelo amigo. Os dois estudavam no mesmo lugar e ele sempre lhe dava carona.
Mas dessa vez o menino estava se atrasando. Se passaram 10 minutos do horário e nada. A campainha tocou e Olivia suspirou aliviada, abrindo a porta e dando de cara comNathan, para o seu desagrado.
- Boa noite pra você também. - Nathan revirou os olhos assim que viu a cara de poucos amigos que a menina estava. Olivia o ignorou e assim que o mesmo passou pela porta, ela olhou para todos os lados da rua que já estava escura -pois já eram quase 19 horas- e não teve nenhum sinal de Nicholas. Droga Lynch!
- Está esperando alguém? - Nathan perguntou depois de retirar sua gravata e abrir alguns botões de sua camisa social azul escura.
- Tem como calar a boca? - Olivia bufou e ele deu de ombros, subindo para o quarto que dividia com Delilah.
Olivia permaneceu na sala, olhando para o relógio de dez em dez segundos, e nada de Nicholas aparecer. 15 minutos atrasado. Tentou ligar para ele, mas estava fora de área, então bufou, se jogando impaciente no sofá.
Nathan que tomou um banho rápido, só pra se livrar do cansaço, vestiu uma calça de moletom como era de costume, e colocou um blusa de malha qualquer, voltando para sala e encontrando a menina andando de um lado para o outro.
Analisou a garota da cabeça aos pés, se demorando um pouco nas coxas marcadas pelo jeans escuro, e decidiu importuná-la mais um pouco.
- Parece que você está esperando seu namorado, mas acabou de levar um toco. - Ele mordeu os lábios prendendo a risada, e recebeu um olhar matador em resposta.
- Evans, cala a boca! - Ela olhou mais uma vez pro relógio. - Quase 20 minutos cara! - Ela disse pra si mesmo, passando as mãos nervosamente pelos cabelos.
- Esperando a carona? - Perguntou, dessa vez realmente interessado.
- Sim, era para o Nicholas ter chegado à 20 minutos, desse jeito eu irei perder a primeira aula. - Ela bufou.
- E por que você não pegou um táxi? - Perguntou óbvio.
- Por que eu ainda tenho a esperança daquele infeliz aparecer.
- Você tem carro, não é? - Ele voltou a perguntar e ela bufou mais uma vez.
- Você deveria saber que o carro da dona Delilah está no concerto, então ela está com o meu. - Ela o encarou.
- Tudo bem, não serei um padrasto ruim e...
- Credo, não se refira à você como meu padrasto. Que horror! - Fez careta e ele revirou os olhos.
- Continuando, irei levá-la para a faculdade. - Ele disse pegando uma maçã na fruteira e pegou as chaves do carro.
- Mas eu não estou te pedindo nada. - Ela cruzou os braços.
- Para de drama e anda logo. - Ele bufou, já abrindo a porta da sala.
- Se você estiver fazendo isso pela minha mãe, pode desistir. - Ela avisou.
- Nem tem necessidade dela saber disso, antes que você pense que eu queira passar boa impressão. - Ele revirou os olhos. - E se eu estivesse fazendo isso por ela, eu te entregava a chave do carro de uma vez.
- Cala a boca Evans. Eu estou atrasada. - Ela ignorou já saindo de casa, quase passando por cima do rapaz, que riu divertido.
Os dois entraram no carro que estava estacionado na calçada, e Nathan logo começou a dirigir pelas ruas da Austrália. Mas claro que ele não perderia a oportunidade de pirraçar a menina mais uma vez.
- Esse seu namorado hein! - Ele negou com a cabeça. - Pisou na bola.
- Cala a droga da boca. - Ela revirou os olhos, enquanto continuava a ver a paisagem passando como borrões através da janela.
- Eu só estou dizendo que ele pisou na bola oras. - Ele disse falsamente ofendido. - Deve ser ruim levar um pé na bunda e não receber nenhum telefonema. - Continuou.
- Olha, eu vou falar só mais uma vez...
- Cala a droga da boca Evans. - Ele disse com a voz afetada e depois riu. - Eu já entendi essa parte, mas parece que você não percebeu que eu vou continuar falando.
- Continuando. - Ela o ignorou. - Nicholas não é meu namorado, ele é meu melhor amigo e se eu tivesse tomado um pé na bunda, isso não seria da sua conta. - Ela finalmente o olhou e percebeu o sorriso divertido brincando nos lábios do homem.
- Tá bom, não precisa ficar irritadinha. - Ele disse voltando a prestar atenção na pista. - Mas e então, você faz faculdade de quê? - Tentou mudar de assunto.
- Jornalismo. - Ela deu de ombros e Nathan ficou surpreso.
- E Nicholas te dá carona sempre? - Ele voltou a perguntar.
- Sim, ele faz faculdade de direito lá, e costuma me dar carona. - Ela respondeu.
- Bom senhorita, chegamos. - Ele disse estacionando em frente ao prédio da faculdade.
- Obrigada. - Ela disse baixo retirando o cinto.
- Sem problemas. - Ele deu de ombros. - Vai querer que eu te busque? - Perguntou.
- Não. Não quero que você tenha motivos para implicar comigo. - Ela finalizou.
- Mas você só irá ficar me devendo alguns favores. - Ele disse com um sorriso pra lá de malicioso e ela revirou os olhos. Que droga minha mãe tem na cabeça? - Vai se foder. - Ela disse e mal esperou por uma resposta, logo já estava indo em direção à entrada do prédio, enquanto o rapaz ria, logo voltando para casa.
Terei bons momentos com essa garota.

Nota da Autora: (08/04/16) E aí meu povo, tudo jóia?
Me digam, como alguém sobrevive na mesma casa que esse homem e não quer dar uma afogada no ganso? Não tem como meu povo! Ele é um tesão em pessoa!
Então é isso! Sejam legais e comentem pra tia Kah, ok?
Beijos xx  

My Sexy StepfatherWhere stories live. Discover now