XV: A thousand birds.

Começar do início
                                    

 Quando Louis percebeu que o outro não teria reação alguma, apenas voltou para sua diversão matinal, lambendo lentamente toda extensão de Harry desde a base até a glande, sentindo-o se contorcer embaixo de seus toques. Mas assim que finalmente voltou a sugar como antes, três batidas fracas — porém forte o suficiente para assusta-los — quebrou o silêncio do quarto.

"Harry, já acordou?" A voz feminina de Anne ultrapassou a porta, não precisando abri-la. Mais uma vez, Harry agradeceu fielmente por sua mãe saber respeitar seu espaço, e não simplesmente invadir seu quarto, o que com certeza — se fizesse tal coisa — seria uma grande confusão.

"J-já." Sua voz saiu rouca e baixa, travada completamente por ter ficado horas sem falar e, principalmente, pela situação em que encontrava-se, então, pigarreou, engolindo uma quantidade significativa de saliva para conseguir firmar seu tom antes de voltar à responder. "Já acordei, mãe. Daqui a pouco eu desço."

 Permaneceram quietos e totalmente estáticos, até que o som do salto contra o piso de madeira ficou longe demais para ser ouvido. Harry voltou a encarar Louis, que parecia não ter movido-se nem um centímetro sequer, estando praticamente com os lábios colados no membro do cacheado. "Lou?"

"É melhor eu ir embora." Franziu o cenho, piscando rapidamente algumas vezes, como se precisasse disso para voltar à realidade.

"Não. Você vai ficar. Vai terminar isso." Não soou rude, era uma ordem, mas não como se o menor não tivesse escolha. Era apenas um tom muito mais firme do que de costume, e talvez Louis não soubesse, mas não era para ter controle da situação, e sim porque seu desespero em não gozar em alguns minutos tinha lhe subido à cabeça como uma tortura. "Ela não vai entrar, ok?"

 A última frase foi mais suave, o que fez o menor relaxar seus músculos das costas, que encontravam-se tensos. Um sorriso de lado — um sorriso do qual Harry não sabia distinguir se era angelical ou diabólico — desenhou em seus lábios, que foram rapidamente umedecidos pela língua ao fixar seu olhar novamente na ereção de Harry. Louis sentiu sua boca salivar, e se tinha algo que ele gostava era do jeito que o peito e a garganta do outro vibravam intensamente, quando um gemido rouco se formava.

 Sem delongas, Louis saciou seus desejos, voltando a cobrir toda a extensão do maior com seus lábios, fazendo movimentos lentos e curtos apenas para lubrificar. E só isso era o suficiente para Harry voltar a suspirar, tremendo levemente os lábios, quando sentia o menor deslizar sua língua pela área sensível. Os olhos azuis de Louis seguiram desde a virilha, passando pelo abdômen do maior que subia e descia rapidamente por causa da respiração ofegante, até o rosto suado e corado de Harry, assistindo como o mesmo derretia-se a cada toque. Mas foi quando o menor abriu mais seus lábios, engolindo toda a ereção do cacheado até que a glande batesse em sua garganta, que Harry teve que morder seu próprio braço para não soltar um gemido alto demais.

 Louis sentiu as duas mãos de Harry na parte detrás de sua cabeça, o forçando mais contra seu quadril. Mas o menor não deixaria tão fácil assim, então retirou as mãos do menino de sua cabeça, segurando-as firmemente uma em cada lateral do quadril do maior, as prendendo ali e o deixando completamente imóvel. Sabendo exatamente do que o outro gostava, aumentou o movimento de sucção algumas vezes e quando sentia que Harry estava quase em seu ápice, diminuía novamente os movimentos, arrancando gemidos choramingados.

 Harry não conseguia raciocinar direito, sabia que apesar de não estar sendo fodido, sua aparência era exatamente como tal. Sua pele pálida manchada de um rosa escuro, seus lábios tão vermelhos e inchados, unicamente por serem alvos de seus próprios dentes ao crava-los com força na pele fina, quase arrancando sangue inúmeras vezes. Seus cachos não podiam estar em pior estado — ou em melhor, dito ao julgamento de Louis ao ver aquela cena — todos desordenados, amassados e bagunçados. O suor percorria todo seu corpo, assim como o de Louis também. Então Harry sentia-se um fodido, não podendo mexer-se e tendo lábios perfeitos o sugando fortemente e em segundos eram apenas leves deslizadas.

Untouchable // L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora