O DILÚVIO DE ÁGUAS:

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   A Arca de Noé era, segundo as religiões abraâmica (judaísmo, cristianismo e islamismo), um grande navio construído a mando de Deus, para salvar a Noé, sua família e um casal de cada espécie de animais do mundo, antes que viesse o Grande Dilúvio de águas. A história é contada na Bíblia em Gênesis 6-12, assim como no Alcorão e em outras fontes.

   Conforme a história bíblica, Deus decidiu destruir o mundo por causa da perversidade humana, mas poupou Noé, o único homem justo da Terra em sua geração, mandando-lhe construir uma arca para salvar sua família e um casal de cada animal e ave

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   Conforme a história bíblica, Deus decidiu destruir o mundo por causa da perversidade humana, mas poupou Noé, o único homem justo da Terra em sua geração, mandando-lhe construir uma arca para salvar sua família e um casal de cada animal e ave. Depois de passar o tempo determinado, Deus interrompeu o Dilúvio, fazendo as águas recuarem e as terras secarem. A história termina com um pacto entre Deus e Noé, assim como com sua descendência.

   Histórias de uma "inundação global" são contadas como história ou lenda em quase todas as civilizações do planeta. Missionários do velho mundo relataram sua perplexidade em encontrar tribos remotas, já que possuam lendas com enormes semelhanças com os relatos Bíblicos de uma inundação global.

   Estima-se que haja mais de 500 lendas em todo o mundo sobre uma grande inundação. Civilizações antigas como China, Babilônia, país de Gales, Rússia, Índia, América, Hawaii, Escandinávia, Sumatra, Peru e Polinésia todos têm suas próprias versões de uma gigante inundação. Estes contos estão ligados por elementos comuns em paralelo ao relato Bíblico.

   A esmagadora coerência entre lendas de inundação encontrados em partes distantes do mundo indica que foram derivados a partir da mesma origem (Relatos Bíblicos), mas a transcrição oral mudou os detalhes através do tempo. O segundo mais importante relato histórico de uma inundação global pode ser encontrado em uma história do dilúvio babilônico na Epopeia de Gilgamesh. Quando comparado os relatos bíblico com os contos da Babilônia, umas séries de semelhanças se encontram pendentes que não deixam dúvidas de que essas histórias estão enraizadas no mesmo evento ou da tradição oral. (Veja "POR QUE ESTUDAR A RELIGIÃO?" nesse mesmo livro.)

Veja algumas histórias em países e religiões diferentes:

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Veja algumas histórias em países e religiões diferentes:

Dilúvio Judaico : segundo a Bíblia, Noé, seguindo as instruções divinas de Jeová (Javé, YHWH), constrói uma arca para a preservação da vida na Terra, na qual abriga um casal de cada espécie animal, bem como a ele e sua família, enquanto Deus, exercendo julgamento sobre os antediluvianos (povo de ações perversas), inundava toda a Terra com uma chuva que duraria quarenta dias e quarenta noites. Após alguns meses, quando as águas começaram a baixar, Noé enviou uma pomba, que lhe trouxe uma folha de oliveira. A partir daí, os descendentes de Noé teriam repovoado a Terra, dando origem a todos os povos conhecidos.

China: Uma tradição chinesa conta a respeito da família de Fa-He que foi salva de um grande Dilúvio, enviada pelos céus por causa da rebelião humana. Enquanto o mundo inteiro foi inundado, Fa-He, sua esposa, seus três filhos e três filhas foram salvos numa Arca. Eles então repovoaram a terra. Fa-He é considerado o fundador da civilização chinesa.

Babilônia – Gilgamesh, o herói do grande épico, encontrou o velho Utnapshtim, que havia se tornado um deus em virtude da sua bondade e obediência aos deuses, salvando a humanidade e os animais de um grande dilúvio. Utnapshtim relatou sua história a Gilgamesh. Os deuses vieram a Utnapshtim para avisá-lo da chegada de um terrível dilúvio. Eles mandaram que parasse seu trabalho, derrubasse sua casa e começasse a trabalhar imediatamente na construção de um grande barco com cento e vinte cúbitos de comprimento e cento e vinte cúbitos de largura. Ele devia vedar o barco com madeira e piche; devia levar animais de todas as raças, tanto machos quanto fêmeas, assim como sua família, provisões, ouro, prata e outras riquezas.

Índia: Há muito tempo, um homem chamando Manu estava se lavando. Quando ele colocou a mão na jarra d'água para lavar as mãos, retirou um pequeno peixe. O peixe falou com ele: "Se você tomar conta de mim e me proteger até que eu esteja totalmente crescido, irei salvá-lo de coisas terríveis que estão por vir". Manu perguntou ao peixe: "O que está dizendo? Que coisas terríveis?" O peixe contou a Manu que haveria um grande dilúvio que destruiria todos os seres humanos da terra. O peixe mandou Manu construir um grande barco, já que faltavam poucos meses para o dilúvio. Quando as chuvas começaram, Manu amarrou uma corda do seu barco ao Ghasha, que guiou-o em segurança enquanto as águas subiam. As águas subiram tanto que toda a terra foi coberta. Quando as águas baixaram, o Ghasha guiou Manu ao topo de uma montanha.

Grécia: A mitologia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse uma casal de cada animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram.

Astecas: Eles contavam que um homem chamado Tapi, que era piedoso, foi avisado pelo criador que ele deveria construir uma arca. Ele foi instruído a levar sua esposa, um par de cada animal que estava vivo para sua Arca. Naturalmente todos pensaram que ele estava louco. Mas, começou a chover e veio o Dilúvio. Os homens e animais tentaram escalar as montanhas, mas as montanhas foram inundadas também. Finalmente a chuva parou. Tapi soltou uma pomba e ela não retornou. No manuscrito asteca denominado como Códice Borgia, há a história do mundo dividido em idades, das quais a última terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa Chalchihuitlicue.

Estados Unidos: Há muitas lendas entre as tribos indígenas. Segundo a tribo Ojibwe que tem vivido em Minnesota desde 1400, houve um tempo em que a harmoniosa maneira de viver cessou. Homens e mulheres começaram a se desrespeitar, famílias e tribos começaram a brigar entre si. Isto entristeceu Gitchie Manido (o Criador), mas ele esperou. Quando parecia não haver mais esperança, o Criador decidiu purificar a Mãe Terra através do uso da água. As águas vieram, inundaram a terra e pegaram todos de surpresa. Somente poucos seres viventes sobreviveram. Waynaboozhoo sobreviveu agarrado à um tronco de madeira (flutuando) juntamente com outros animais.

Egito: Os egípcios tinham uma lenda de que os deuses certa vez purificaram a terra com um grande Dilúvio. Apenas uns poucos pastores escaparam.

Maia: Os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama. Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, à partir de madeira. Essa segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba). Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado. Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são considerados os oito primeiros índios Quiché. Eles deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou descendência.

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