A TRINDADE NAS RELIGIÕES:

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   O que é a Trindade?

O Trinitarianismo, ou Santíssima Trindade, e uma doutrina fundamental para algumas religiões, principalmente as da Cristandade. Onde Deus se divide em três pessoas, - o pai, o filho e o espirito santo - sendo cada um deste, alegadamente, eterno, todo-poderoso, não sendo nenhum maior ou menor que o outro. Por exemplo, hoje se afirma que Jesus Cristo e Deus, ou Jesus Cristo e o Espirito Santo são a mesma pessoa. Mas segundo o The New Encyclopoedia Britannica diz que: "Nem a palavra Trindade, nem a doutrina explicita, como tal, aparecem no Novo Testamento, e nem Jesus ou seus seguidores tencionaram contradizer o Shema do Velho Testamento: 'Ouve, ó Israel: O SENHOR, nosso Deus, é um só SENHOR' (Deut. 6;4).

O Professor E. Washburn Hopkins explica no seu livro Origem e Evolução da Religião (Origin and Evolution of Religion), na página 336: "A doutrina da trindade era evidentemente desconhecida a Jesus e a Paulo; de qualquer modo, não dizem nada sobre ela." Não formularam nenhum credo definindo a Trindade.

"Tampouco se desenvolveu o conceito de 'três pessoas em um só Deus' logo após a morte de Jesus e dos seus apóstolos. Observou o professor episcopal de história eclesiástica James Arthur Muller, que escreve: "Esta falta de uma doutrina formulada da Trindade reflete o pensamento teológico do segundo século. Nas obras de Justino, o Mártir, que escreveu por volta de 150 A. D., enfatiza-se a pré-existência do Filho, no entanto, em relação ao Pai, fala-se Dele como estando 'em segundo lugar'." - Creeds and Loyalty, página 9.

Mesmo perto do fim do segundo século, o destacado clérigo Ireneu fala de Cristo como estando subordinado a Deus, não igual a ele

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Mesmo perto do fim do segundo século, o destacado clérigo Ireneu fala de Cristo como estando subordinado a Deus, não igual a ele. - Veja Irenaeus Against Heresies, Livro 2, capítulo 28, seção 8.

De modo que a Trindade era desconhecida aos primitivos eclesiásticos, realmente foi uns 300 anos após a morte de Cristo que o conceito de "três pessoas em um só Deus" foi finalmente formulado por lideres introduzido na igreja.

A teoria de uma "trindade bíblica" surgiu dentro da Igreja em meadas do 3 século depois de Cristo, enquanto viram elementos, como o aparecimento de três homens a no capítulo 18 do livro de gênesis, como prenúncios da Trindade, foi no que eles viram uma base para desenvolver o conceito da Trindade. O mais influente dos textos do Novo Testamento, visto como implicador do ensino da doutrina da Trindade foi Mateus 28:19, que manda batizar "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Reflexão, proclamação e diálogo levaram à formulação de uma doutrina adaptada para corresponder aos dados da Bíblia. O esquema mais simples da doutrina foi elaborado em grande parte no século IV, rejeitando o que foi considerado a crença cristã da época. Além disso, essa elaboração continuou nos séculos seguintes.

A palavra Trindade não está contida nas escrituras, nem há uma doutrina expressamente formulada da Trindade. Pelo contrário, de acordo com a teologia cristã, as escrituras "testemunham" a atividade de um Deus que pode ser entendido apenas como um. A doutrina não atingiu sua forma definitiva até o final do quarto século. Durante o período várias soluções e tentativas foram propostas, algumas mais e outras menos satisfatórias. Por coincidência, a trindade entrou na igreja logo após a morte do último apostolo vivo de Jesus, que foi João em 93 EC. Dai em diante a igreja começou a se corromper.

Mas mesmo com bases para crer que a Trindade não é um ensino bíblico, a cristandade hoje insiste em pregar a trindade. Poucas religiões cristãs no mundo não pregam a Trindade, a mais famosa delas são as Testemunhas de Jeová que com os anos de estudos e pesquisas provaram que a Trindade não faz parte da religião cristã, mais sim fundamentais das religiões pagãs da antiga Babilônia.

   Porém, a trindade é bem mais antiga que o Cristianismo

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   Porém, a trindade é bem mais antiga que o Cristianismo.  No antigo Egito cerca de 3.000 anos antes do Cristianismo, foi à maior preocupação dos sacerdotes egípcios a difusão da concepção da trindade.
Na religião egípcia, existiam como o grupo trinitário as divindades de Osíris, Isis, e Hórus.
A trindade não era privilégio do Egito Antigo, embora uma opinião muito comum entre os historiadores seria que todos os povos antigos importaram a Trindade do Egito antigo.

   Os povos da Assíria e os da Babilônia cultuavam a trindade. A "Enciclopédia Larousse de Mitologia", francesa, fala de uma dessas tríades naquela região da Mesopotâmia:
"O universo era dividido em três regiões, cada qual se tornando domínio de um deus. À parte de Anu era o céu. A terra foi dada a Enlil, e Ea tornou-se governante das águas. Juntos constituíam a tríade dos grandes deuses".

A trindade é marcante no Hinduismo, já a milênios antes do Cristianismo, e até os dias de hoje. No Hinduismo, Shiva é um dos deuses da trindade.

Declara o Hinduísmo que Shiva é o deus da destruição. Os outros dois deuses são Brama, o deus da criação, e Vixenu, o deus da preservação... Para indicar que esses três processos são um só e o mesmo, os três deuses são combinados numa forma única.

   A concepção da trindade não encontra-se apenas nas religiões antigas, é também encontrado na filosofia Grega que permeia todo o pensamento cristão.
O "conceito neoplatônico da Suprema e Derradeira Realidade", que é "representada numa visão triade da ação e concepção de divindade no mundo.

   Platão viveu em uma cultura politeísta, nada mais natural que seu pensamento fosse assim fundamentado.
Platão segundo se pensa, viveu de 428 a 347 antes do Cristianismo. Embora não ensinasse a trindade na sua forma atual, as suas filosofias pavimentaram o caminho para ela. Mais tarde movimentos filosóficos que incluíam crenças triádicas floresceram, e estas eram influenciadas pelas idéias de Platão.

   A partir da influência Helenista Grega foi a causa da introdução da concepção da trindade no Cristianismo, já a partir de Santo Agostinho, que foi partidário das idéias de Ambrósio, um horador fervoroso que possuía uma habilidade impar para transmitir suas idéias. Conquistou a Santo Agostinho e como resultado todo o Cristianismo que estava nascendo. 

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