Capítulo 4

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             -Samuel narrando-

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-Samuel narrando-

-Você já sabe quem é?-Hugo perguntou, já deitando no solo úmido.

-Sei. -abocanhei o coelho que ainda estava mostrando sinal de vida e terminei o meu jantar.

-Tá de dieta Samuel? -Lucas, o novato, se atreveu a perguntar. Rosnei para ele que abaixou a cabeça, não precisava fazer isso, o chutei com a pata e ele entendeu que era tudo brincadeira.

-Não precisa ser assim tão "submisso" você é meu beta, um irmão que eu sempre posso contar, era só brincadeira, relaxa. E eu tenho que deixar vocês comerem, se eu não caçar vocês morrem de fome.

-Eu ajudei, viu? -Hugo disse abocanhando um cervo.

Começaram a devorar o que havíamos caçado. Lucas ainda estava aprendendo, tinha medo dos cervos maiores, era até engraçado ver ele, o predador, correndo de uma presa. Mas ele vai conseguir, com muito esforço, mas vai. Ele era um ômega, o encontrei a mais ou menos três meses, vagando sozinho pela parte mais densa da floresta. Aceitá-lo até que foi fácil, ele se conectou com uma garota da nossa alcatéia. Mas ela não consegue ensiná-lo a caçar, pois as lobas são bem mais sutis e perigosas, e mil vezes mais silenciosas, são melhores do que nós em todos os sentidos, menos no trabalho braçal, mas isso é o de menos.

-E se ela for encrenqueira? -Lucas parece mais preocupado em como ela é do que eu.

-Vai ser perfeito, uma encrenqueira para um encrenqueiro de carteirinha.-Hugo está cheio de piadinhas hoje.

-Será que ela é forte? Porque pra aguentar o Samu...-escuto um estalo, junto com as respirações de outros lobos.

Espero até que uma delas olhe para nós e assim que estão distraídas, dou a volta passando por trás delas, ficando atrás das duas, a que parecia coordenar o "ataque", se é que se pode chamar àquilo de ataque, completamente desorganizado. Ela roubou toda a minha atenção, seu pelo era branco, péssimo para se clamufar, por causa do seu constraste com a floresta escura, brilhava tanto que qualquer lobo poderia vê-la, mas ela parecia achar que tinha tudo sobre controle, até suas batidas acelerarem ao me ver. E foi aí que eu tive a certeza era ela, Larissa. Nunca tive tanta certeza como agora.

Correu até meus betas e pegou alguns coelhos. Ah! Então ela está com fome.

Lucas e Hugo correm atrás dela, sua amiga vai na frente, corre bem mais rápido que Larissa e parece ter muito mais experiência na caça, mas com certeza é a mais medrosa.
Alcanço a loba branca sem muito esforço, cravo meus dentes em sua perna e sinto o gosto do seu sangue, suave e doce.

Sua amiga para. E vem ajudá-la. Larissa volta a forma humana, e como o seu corpo é deslumbrante, quero tê-la, sinto meu membro pulsar. Sem toque, só por vê-la, a Mãe natureza não se engana nunca mesmo. Ela tenta fugir, mas a puxo com a pata, fazendo com que ela fique de barriga para cima. Logo, cobre instintivamente suas intimidades.

Me transformo em humano e estou nu, assim como ela, seu olhar me estuda, ela não tem medo de mim, mesmo estando nessa situação não perde a postura de durona, gostei disso.

-Volte para a sua alcatéia... ela vai comigo.-digo deslizando meus dedos sob sua pele macia para pegá-la e tê-la em meu braços.

-Eu não vou deixá-la.-diz colocando o focinho no rosto de Larissa, que responde ao carinho.

-Ela vai fcar bem se vier comigo.-digo olhando fixamente em seus olhos. --Meu nome é Samuel sou o Alfa da alcatéia Lua das Sombras, deseja mais alguma informação? - encaro a loba.

Prendo Larissa em meus braços.

-Ele é o seu...-a loba olha para a amiga.

-Companheiro.-seus olhos azuis, tão lindos me fitam.

-Minha alcatéia fica perto daqui, suponho que muito mais perto que a de vocês, ela está perdendo muito sangue, e uma mordida de um Alfa não é como outra qualquer, ela pode morrer se não for comigo.-sinto seu corpo ficar gelado e busca se aquecer em meu peito.-Ela está piorando, tenho que levá-la.

-Você não vai levá-la a lugar nenhum.-uivo para meus betas que entendem o recado e começam a rosnar e correr atrás dela. Larissa fica inquieta com a minha decisão, mas ela não tem forças o suficiente para fazer alguma coisa.

-Me solta!

-Eles não irão fazer mal a ela. -sinto seu corpo ficando cada vez mais fraco. -Só tente ficar acordada.

A coloco nas costas e me transformo novamente. Vou o mais rápido possível para casa.

[...]

Não demoro muito e vejo nossa alcatéia. Ao me verem, as companheiras de Hugo e Lucas me perguntam onde eles estão, não tenho tempo para responder. O resto uiva quando chego e uivam mais alto ao verem Larissa. Rosno para que parem de olhar e ficam todos em silêncio.

Volto a forma humana e entro em casa.
Resolvo não acender as luzes, não posso perder tempo com detalhes.

Ainda com ela em meu colo, dessa vez só em uma mão com a cabeça entre meu ombro e a cabeça, sinto sua respiração ficando cada vez mais fraca.
Alcanço o faqueiro e pego a faca mais fina.

Sento no chão e a coloco na minha frente com suas costas em meu peito.
Deslizo a lâmina no meu pulso e jogo a faca no chão, seguro sua cabeça e encosto meu sangue nos seus lábios.

-Não... o que é isso ?- sua voz sai como um sussurro.

-Você tem que tomar.-falo colando o seu corpo mais próximo do meu, até que não sobre espaço entre nós.

Ela resiste, mas ao incentivá-la, cede e toma uma pequena quantidade, mas que já é o suficiente. Seus olhos abrem e me perco naquela imensidão azul. Seus lábios formam um sorriso delicado, está completamente grogue. É normal. Puxo sua perna e a mordida começa a cicatrizar. Naquele momento fiz duas promessas: que nunca mais iria machucá-la, e que eu queria ser apenas o motivo de sorrisos como aquele.

A coloquei no braço e era indescritível a sensação de tê-la ali com seus braços em volta do meu pescoço e sua respiração tão silenciosa perto do meu ouvido.

Liguei o chuveiro e deixei a água morna cair sobre nós, cuidar dela me fazia sentir completo. Sua mão agarrou o meu cabelo e deslizou até voltar para as minhas costas, não contive o sorriso.

A sequei e como era teimosa, parecia que estava totalmente bêbada. O que apenas gotas do meu sangue tiveram o poder de fazer. Coloquei uma blusa minha para vestí-la e a cubri com o cobertor. Dormiu usando meu braço como travesseiro, sempre que sentia frio chegava mais perto, até que passou a mão pelo meu abdômen e repousou sua mão em minhas costas, fiquei um pouco tenso, queria deixar o mais confortável possível para ela então resolvi ficar a noite acordado, assistindo ela dormir tão delicada, tão perfeita, tão minha.

 Dormiu usando meu braço como travesseiro, sempre que sentia frio chegava mais perto, até que passou a mão pelo meu abdômen e repousou sua mão em minhas costas, fiquei um pouco tenso, queria deixar o mais confortável possível para ela então resolv...

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Meu companheiro é o AlfaWhere stories live. Discover now