Isso que dá ajudar demais!

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É tão bom acordar e perceber que você não precisa ir pra escola! Da até um astral.

Eu desci pra beber água, e vi que na geladeira tinha um recado, que provavelmente minha mãe deixou ontem a noite, dizia:

"Filha, vai na farmácia pra mamãe, e pede a atendente um termômetro, já está pago, é só ir lá e pegar. Beijo".

Justo no meu dia de folga... Mas fazer o que né?! Se eu não ir buscar esse termômetro, minha mãe vai falar tanto, mas tanto, que eu vou querer sumir.

Eu abro a janela, e percebo que tem umas nuvens escuras, mas se eu for rapidinho, talvez eu consiga ir e voltar sem tomar chuva.

Eu vou levar um casaco, só por prevenção.

Saio de casa em direção a farmácia, e já começa a ventar muito, acho que não demora a chover, é melhor eu adiantar os passos.

Assim que chego na farmácia, eu procuro uma atendente.

Maju: Moça, a minha mãe deixou um termômetro pago aqui, com quem eu pego?
Atendente: Ah sim, é comigo mesmo. - ela se abaixa e pega o termômetro.
Maju: Obrigada, moça.
Atendente: Por nada, querida.

Eu vou saindo da farmácia rumo a minha casa, porque eu não quero tomar chuva. Meu sistema imunológico é muito frágil, então qualquer chuvinha eu já fico gripada.

Ando bastante apressada, até ver uma moça cheia de sacolas. Bom, eu gosto de ajudar... Eu tenho um coração bonzinho, por mais difícil de acreditar que isso seja.

Eu me aproximo da mulher, que aparentemente não me é estranha.

Maju: Oi, a senhora precisa de ajuda?
Moça: Ah! Que gentil da sua parte... Mas, você não me é estranha. Você já foi lá em casa, por causa do trabalho com o meu filho, esqueceu?
Maju: Aaaaaaaah, lembrei! A senhora é mãe do Insupor... Digo, Pedro!
Moça: Sim! Você poderia me ajudar? É que eu estou com um pouco de dificuldade mesmo.
Maju: Ah claro, onde está o seu carro?
Moça: Carro, bobinha? É até lá em casa. - MAS HEIN?!
Maju: Mas...
Moça: Vamos andando, pois vai chover.

Ta, eu poderia ficar de boca quieta e ir para a minha casa de boas. Mas não, o lado bom da Maju é despertado e agora tenho que ir até a casa do Pedro.
A gente já está se encontrando demais... Espero que eu chegue lá rápido, e saia mais rápido ainda.

Vamos caminhando, com o vento muito forte, entrou areia nos meus olhos, o vento passou tão forte que colocou meus cabelos para o alto e eu estou me sentindo o Jimmy Neutron.

Depois de andarmos muito chegamos até a casa dela.

Ela parecia aquelas atrizes de novela, que passa um furacão e o cabelo continua maravilhoso, já eu... Bom, já tinha até uns passarinhos me rondando.

** Casa do Pedro **

Maju: Pronto, moça. Agora eu já tenho que ir...
Moça: Mas já? Fica aí para comer uns biscoitinhos. - droga, não apela oferecendo comida.
Maju: Olha moça se tem uma coisa que eu não nego, é comida. MAS, eu já tenho que ir!
Moça: Por favor, eu insisto. Você foi muito gentil me ajudando...
Maju: Mas vai chover moça! Eu tenho que ir pra casa tipo, Agora! Já! Neste momento! - ela me puxa pelo braço.
Moça: Não seja bobinha. - ela me leva até uma grande cozinha. Eu poderia morar alí dentro.

Até agora nenhuma suspeita do Pedro. Acredito que ele não esteja em casa.

Essa mulher é daquelas que você morre dando uma desculpa pra sair fora dela, mas parece que ela arranja soluções sem fim. E acaba que tu aceita, só pra não dar uma voadora nela.

Adolescente Em CriseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora