Vingativa é o sobrenome!

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Narração: Pedro

Na primeira prova da gincana, eu perdi pra Irritadinha. Ela corre mais rápido do que eu imaginei.

Eu quase tive uma conversa de boa com ela, mas aí a Ana veio e atrapalhou um pouco as coisas.

Aquela Maria Júlia parece uma bicho do mato, é muito brava. Se a amiga dela não a segurasse, ela iria partir pra cima da Ana.

Ela falou que eu e a Ana se merecia.

Será que ela acha que eu tenho alguma coisa com a filha da Secretária?

Se for isso ela ta viajando, deve ter entrado água no cérebro dela.

Eu não suporto o jeito daquela menina. Mó oferecida. Muito fácil, não é o tipo de garota que dá futuro, é mais pra pegar em uma festinha e pronto.

Naquela corridinha que eu dei até a bandeira, acho que machuquei minha perna, ta doendo um pouco.
Mas acredito que nada que uma massagenzinha não resolva; vou ficar bem.

A noite, o dono do Sítio disse que era pra todos estarem ao redor da fogueira, falta apenas um pouquinho pra escurecer, mas eu vou tirar um cochilo.

Lucca: Acorda, Mano!
Pedro: An? Oque? O que eu fiz?
Lucca: Vai tomar banho cara, daqui a pouco temos que ta lá com a galera!
Pedro: Mas... Ah, ok.

Eu levanto mais cansado do que antes. Não sei se eu cochilei ou tava treinando. Acho que estou ficando velho rápido demais... Sou mó novo e já tenho dor nas costas.

Tomo meu banho, e visto uma calça, e um casaco. As tardes aqui são um calor insuportável, mas a noite um frio de congelar a espinha.

Quando vou saindo do dormitório, a Ana estava do lado de fora.

Ana: Pedro!
Pedro: O que é?
Ana: Eu estava lá no dormitório e... - eu a interrompo.
Pedro: Oque você quer, garota?
Ana: Ir com você até o refeitório, pra gente jantar.
Pedro: Eu sei ir sozinho até lá. - ela ri, e eu não sei onde ela viu graça.
Ana: Vamos engraçadinho. - ela me puxa pelo braço.

Chegamos no refeitório e assim que colocamos o pé lá, a Maria Psicopata Júlia, já nos fuzilou só com um olhar. Essa menina é sinistra...

Ana: Vamos sentar aqui, Pedrinho.
Pedro: Pedrinho? Desde quando te dou essa intimidade toda?
Ana: Ai você é engraçado, bobinho.
Pedro: Qual o seu problema, hein?! Ta loucona? Fumou um baseado?
Ana: Nada, meu amor.
Pedro: Eu hein, sai fora! - eu me levanto e vou sentar junto com o Lucca.

Depois que jantamos, fomos até a fogueira onde o Carlos mandou que fôssemos a noite.

E todos da turma nos sentamos ao redor da fogueira, e o tiozão começou a conversar conosco.

Carlos: Boa noite, meus queridos
Turma: Boa noite!
Carlos: Esse aqui é o fogo do conselho. - ele diz apontando pra fogueira.
Carlos: É aqui que todas as noites vamos ter o nosso tempo reflexivo, de orientações, e como o nome já diz, também será o momento de conselhos.

Enquanto o tio ta falando um monte de coisa, a Ana não parava de bater nos braços, parece que tinha mosquitos onde ela estava sentada.

A cada minuto que passava ela mais se coçava e matava insetos.

A Maria Júlia tava rindo. Será que... Não pode ser. Será que foi ela que aprontou com a Ana? Caralho!

A Ana troca de lugar, talvez para ver se não era o local que ela estava sentada que tinha mosquitos rondando.

Adolescente Em CriseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora