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Wladimir Lopes era um soldado do exército brasileiro. Ele servia para lutar e defender seu país, Brasil. Casado, e com uma filha pequena, na época com 2 anos, ele teve que deixar o Brasil, convocado para lutar por outro país.

Junto com ele, foram 100 convocados para mudar de país. 50 deles iriam para o Irã, e os outros 50 deles iriam para a Coréia do Sul.

Ele foi um dos 50 convocado para lutar pela Coréia do Sul, então ele e sua família tiveram que mudar de país. Ele receberia um aumento no salário. Ele, sua esposa e sua filha de 2 anos, Júlia, se mudaram para a Coréia do Sul aquele mês mesmo.

A esposa dele (se chama Juliana) achava aquilo muito arriscado, pois ele iria lutar no exército contra a Coréia do Norte, grande rival do país Sul Coreano. Mas ele sempre dizia: "Amor, não se preocupe. Não acontecerá nada de ruim entre nós".

Então, ele ia para as guerras que tinham aquela época. Era no ano de 1990. Desde então, ele voltava de todas as guerras que ia, às vezes machucado, baleado ou com o braço quebrado.

Júlia, a filhinha dele, sempre teve um enorme carinho pelo pai, e apoiava ele em tudo. Mesmo pequena, ela dizia que gosta de ver o pai defendendo um país, e depois voltando para casa com balinhas para ela depois, como forma de ter voltado e vencido mais uma guerra arriscada.

Quando ela fez 6 anos, já tinha opinião formada sobre o que seria quando crescesse: uma soldado do exército, como o pai. Sim, ela queria seguir os passos do pai. A mãe não levava muito a sério o que a filha falava, mas demonstrava apoio. No fundo ela tinha medo dessa ideia da filha servir ao exército, mas a apoiava, pois sempre acreditou que ela se sairia bem.

De início, eles foram morar em Seul, mas depois, tiveram que mudar de estado. Foram para Uijeongbu, na Coréia do Sul, para o pai de Julia poder servir ao exército sul-coreano. Na época, eles precisavam de ajuda no exército.

Naquele ano mesmo, Julia foi para uma escolinha, e fez amiguinhos, como toda criança. Mas teve um amigo que ela viu que era como um irmão. Ela o chamava de Bae. Bae e Julia não se desgrudavam...

Como eles moravam um do lado do outro, ficavam conversando, as vezes até pela janela. Eram incontáveis as vezes que ele ia dormir na casa dela, e vice-versa. Se ela saísse, ele ia atrás. Se ele saísse, ela ia junto. Pareciam gêmeos siameses.

Quando "Bae" fez aniversário, o pai dele deu à ele um Walk Talk. E para quem ele deu um dos Walk Talkies?? Sim, para Júlia. Isso facilitou a conversa deles. Ela ia todas as tardes para a janela, quando não podia sair de casa, e ligava o Walk Talk.

Júlia: Chamando Bae, câmbio?

Bae pode estar em qualquer lugar, mas sempre ficava com seu Walk Talk do lado, esperando um chamado de Julia.
Bae: Bae chamando Julinha, câmbio?
Júlia: Bae, ja to com saudade!!
Bae: Também to. Vai na escolinha?
Júlia: claro!!

No aniversário de 7 anos de Júlia, depois de ela assoprar as velas do bolo, Bae chamou ela e disse:

Bae: Julinha, você ficou mais velha!! Ebaa!!!
Júlia: É, eu sei...
Bae: Vamos fazer um juramento?
Júlia: Vamos... (ela segura na mão dele) prometemos que nós dois vamos ser amiguinhos para sempre...
Bae: Isso!! E meus filhos vão ser amigos dos seus filhos...
Júlia: Amigos inseparáveis, como nós!!
Bae: Isso!! Vou ser padrinho do seu casamento!
Julia: Vou ser testemunha do seu!!

Bae entrega uma foto para Julia.

Julia: O que é isso?
Bae: Eu pedi pra minha Omma pegar uma foto sua e minha, e juntar, e fazer uma montagem beeem linda!! E eu escrevi as nossas inicias aqui, ó. Pra você não esquecer da gente.
Julia: Obrigada, Bae. Não vou esquecer... YoungBae e Júlia... ❤

 ❤

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(In)SeparáveisWhere stories live. Discover now