SORVETE E MÚSICA AO VIVO

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Acordei com alguém me cutucando.

— Ow, Jessy — escuto uma voz longe.

—  Que? Que foi? — reclamo sem abri os olhos.

— Jessy, levanta — a pessoa grita no meu ouvido.

— O que foi? — digo levantando.

Vejo a Ângela com uma cara não muito boa. Ela estava braba. Extremamente estressada.

— Esqueceu que vamos sair hoje? — ela diz, cruzando os braços.

— Claro que não, eu só tava descansando os olhos.

— Descansando? — ela olha para a minha cama e depois eu olho.

Ela esta suja, e te migalhas de comida derramadas por todo lado.

— Caramba — digo, pegando algumas coisas e guardando no armário. — Eu sinto muito mesmo.

Vamos logo, o Rick já está lá embaixo esperando — ela revira os olhos.

— Só vou me trocar, tá bom?

— Vou esperar você na escada — ela diz virando as costas e saindo do meu quarto.

Coloquei um vestido preto rodado, uma bota cano-baixo e uma jaqueta, afinal, tinha esfriado um pouco por aqui.

Desço e vejo que o Rick está sentado no sofá, enquanto à Ângela está deitada no outro.

— Cheguei — digo.

— Finalmente — ela diz.

Olho para o Rick e ele está abobalhado me olhando.

— O que achou? — perguntei, dando um rodadinha rápida.

— É claro que valeu a pena esperar esse tempo todo — ele chega mais perto e me abraça.

— Obrigada! — deposito um beijo suave no pescoço dele.

— Não faz isso comigo — ele diz com uma voz amolecida. — Eu sou seu melhor amigo, mas ainda sou homem.

— E então, vamos ou não? — mudo de assunto e ele revira os olhos pra mim.

Durante o caminho até a sorveteria, eu contei tudo que eu sabia para Ângela sobre o novo vizinho.

— Rick — gritei enquanto ele andava rápido na nossa frente.

Consegui segurar o braço dele.

— O que foi? — ele diz.

— O que tá acontecendo? Você tá estranho.

— Eu estranho? Não estou estranho, gatinha — ele passa o polegar na minha bochecha.

Sabe, as vezes eu achava que o Rick iria me beijar. Mais tudo que ele fazia era morder o lábio e se distanciar de mim. No fundo eu acho que eu estava sempre esperando por isso.

Quando chegamos até a sorveteria, o Rick já estava com o humor diferente. Ele parecia mais contente agora.

Fizemos nossos pedidos e sentamos em uma mesa, perto do balcão principal,até que o celular da Ângela começa a tocar e vibrar violentamente encima da mesa.

Ela atende e sai falando alto. Nem tentei ouvir, até por que ela já estava longe depois de nós dois.

Sentei perto do Rick. Ele sorri, enquanto me entrega o cardápio dos sorvetes.

— O que foi? — ele pergunta.

— Nada — respondo. — Só não queria ficar ouvindo a conversa da Ângela.

Encostei a cabeça no ombro dele e ele começou a mexer no meu cabelo.

— Gente, eu não vou poder ficar — ela diz, voltando até a mesa e pegando sua bolsa. — Minha avó passou mal e está no hospital.

— Eu vou com você.

— Não precisa — ela responde. —  Eu pego um táxi. Sinto mundo, gente.

— Boa sorte — Rock grita.

Ela corre pra fora da sorveteria me deixando sozinha com o Rick.

— Ainda tá quer o sorvete?

— Claro.

Pedimos os sorvetes.

Foi uma tarde muito divertida, Rick sabe como se divertir. Fomos ao parque depois e ouvimos música ao vivo em um bar.

Quando saímos do bar, o meu celular tocou.

— Alô — atendi.

— Aonde a senhora está, Jessy? — ouço a voz brava da minha mãe do outro lado da ligação.

Eu esqueci de avisar que iria sair com o pessoal hoje

— Eu estou com o Rick mãe — digo.

— E por que diabos você não me avisou antes? Eu estava muito preocupada! — ela reclama. — Vamos sair pra jantar, pode trazer o Rick também.

— Tudo bem, quando eu chegar a gente conversa, tá ok?

Desliguei o celular e joguei na bolsa de novo.

— Eu tenho que ir, sinto muito — falo para o Rick.

— Tudo bem, vamos.












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⏰ Última atualização: Oct 24, 2020 ⏰

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