O VIZINHO

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Peguei a torta e saí de casa. Andei pela grama da casa ao lado, e lembrei dos dia em que eu e a Monique ficávamos deitadas olhando as nuvens passarem.

Continuo andando e toco a campainha. Ouço um barulho de bateria, até que o barulho para e depois a porta se abre.

É um garoto alto de cabelos pretos um pouco caído na testa, olhos negros, o queixo meio quadrado e um nariz bem desenhado. Ele usava um alargador na orelha esquerda.

Caramba, ele é muito bonito!

— Oi posso ajudar você? — ele diz.

Olho o corpo dele.

Ele estava usando uma calça jeans preta rasgada, uma sandália rasteira e estava sem camisa.

Uau!

— Oi... É... Você que é o novo vizinho? — gaguejei, mas até que enfim falei.

— Sou. Somos. Chegamos hoje. E você quem é?

Eu moro na casa ao lado.

Ah, muito prazer meu nome é Harry — ele estende a mão.

— Muito prazer, Harry. Eu sou a Jessy — aperto a mão dele. — A minha mãe pediu para entregar essa torta pra vocês, como presente de boas vindas.

— A minha mãe não está aqui agora, ela foi ao supermercado com meu pai. E vão aproveitar para conhecer a cidade. Provavelmente só voltam a tarde.

— Você vai ficar sozinho? — perguntei. — Por que não foi com eles?

— Eu não curto muito sair, e eu sei me virar sozinho — ele diz dando de ombros.

Sorrio e ele também.

— Você que toca bateria? — perguntei apontando para sala, onde está a bateria.

— Sou fascinado por ela — ele responde sorrindo. — Quer entrar? A gente pode conversar aqui dentro?

— É que a minha mãe e meu pai não estão em casa... E meu irmão está sozinho...

Ah você tem irmão?

— Tenho sim — respondi.

Passamos um tempo em silêncio, ele olhava para o fim do rua. O vento batia no cabelo dele e...

Nossa...

— Sabe, fico feliz em saber que tenho uma vizinha tão bonita como você — ele diz sorrindo.

Sorrio tímida. Eu tenho certeza que estou vermelha agora, não sei lidar bem com elogios.

— Eu... Digo o mesmo pra você — retribuo o sorriso pra ele. — Eu tenho que ir.

Entreguei a torta pra ele.

— Muito obrigada! É a minha preferida — ele diz lambendo a lateral da forma que está a torta.

— A minha também — falo.

— Que tal se a gente comer uma fatia juntos?

— Você não sabe como estou tentada — sorrio de novo. — Mas eu preciso ir. Fica pra próxima.

— Tô triste, mas tudo bem — ele sorri.

Me viro e vou embora caminhando pelo gramado novamente. Antes de entrar, me viro e vejo que ele ainda estava me olhando. Acenei com a mão dando tchau e entro.

O Pedro está no sofá assistindo.

— Onde você foi? — ele pergunta.

— Na casa ao lado — digo.

— Você viu o vizinho novo?

— Sim, por que? — vejo ele revirar os olhos.

— O cara parece que saiu de alguma série da Netflix, querida — ele joga a cabeça pra trás.

Eu dou uma gargalhada.

— Ele nem é tudo isso...

— Você tá louca? — Pedro da um sorriso envergonhado. — Jessy, não seja modesta. Eu que sou um garoto admito que o cara é muito bonito e você tá aí se fazendo de difícil.

— Deixa de ser palhaço — acerto um tapa nele.

Jogo um pouco de vídeo game com ele e depois fizemos almoço juntos. Conseguimos preparar arroz e strogonoff. Montamos nossos pratos com batata palha e depois lavamos a louça.

Depois de arrumar tudo, eu subi para o meu quarto e deitei pra descansar um pouco, até que lembrei do Harry.

Deus, que sorriso é aquele?

Peguei meu celular para conferir as mensagens e vi que não havia nenhuma, então, resolvi enviar mensagem para o nosso grupo do WhatsApp.

WhatsApp Online
(Jessy, Angel, Rick, Monique)


Jessy: Pessoal online aqui?


Rick: Sempre!

Ângela: Aqui!

Monique: O que houve?

Jessy: Novos vizinhos por aqui .

Monique: Nossa...

Conversamos bastante até que eu peguei no sono.

Enfim, descanso.














Meu Vizinho é um RoqueiroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora