Acordei com alguma coisa lambendo meu rosto. Abri os olhos e vi o Toddy, o pequeno cachorro bulldog do meu irmão.
— Ah, não, Toddy! — grito com ele.
Meu irmão aparece e abre a porta do meu quarto.
— Ah, você tá aí — ele diz, Toddy sai correndo e pula nos braços do Pedro.
— Tira ele daqui — digo sentando na cama e limpando a sujeira da minha cama.
— Foi mau — ele senta do meu lado. -
— Como você tá?O que?!
O Pedro está perguntando como eu estou?
— Devido as circunstâncias, você já pode imaginar.
— Eu soube da Monique.
— Então... — desvio os olhos dos dele.
— É uma pena, eu gostava tanto dela — ele suspira.
— Humm... Tava apaixonado? — pergunto rindo.
— O que? Ãm? Não, claro que não — ele afirma, me empurra e eu caio no chão.
— Você vai me pagar! — grito brava.
Ele sai correndo e o silêncio toma conta do meu quarto novamente.
Tranquei a porta, peguei o álbum e guardei na gaveta do criado-mudo. Fui para o banheiro, tomei um banho com água quente e voltei para o quarto. Vesti um short jeans rasgado e uma blusa simples. Passei meu delineador preto e meu batom cor nude e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo. Peguei meu celular encima da cama e saí descendo as escadas.
Fui para cozinha, e vi que todos já tinham almoçado.
Fui até a geladeira e peguei um pedaço de pudim. Quando olhei a hora no relógio e vi que já são 14:21.
Caramba como eu dormir.
Percebi que o silêncio não estava apenas no meu quarto, ele se estendia pela casa inteira e percebi que nem minha mãe, nem meu pai estavam por aqui.
— Pedro! — gritei.
— Oi. — ele responde, descendo as escadas.
Vou para sala e sento no sofá.
— Onde está a mamãe e o papai?
— Foram vistar a tia Mey, ela está doente. A mamãe disse que só voltam na segunda.
— Vou ligar pra eles depois — falo.
Pedro levanta e abre a porta.
— Aonde você vai? — pergunto.
— Vou sair com alguns amigos — ele sorri e pisco o olho pra mim.
O Pedro tem 17 anos. Ele é alto, forte e seu cabelo é como sempre impecável, as vezes mais do que o meu. Ele é extremamente cuidado com os detalhes e ama se cuida. Porém, percebi que hoje sua barba estava por fazer e ele estava com um pouco de olheiras.
— Toma cuidado, e volta antes das 20h, por favor — eu digo.
— Você parece a mamãe falando — ele cruza os braços.
— Na ausência dela eu sou responsável por você, querido irmãozinho. Agradeça por eu não escolher prender você no seu quarto.
Pedro se aproxima e faz cócegas em mim. Eu me desmancho em risada e escorrego pelo sofá. Eu sentia falta de momentos assim com ele.
— Você não existe, sabia? — ele ri, enquanto arruma o cabelo novamente.
— Só prometa que vai voltar antes das 20h,a mamãe não ia gostar de ver nós dois fora depois desse horário, você sabe.
— Não se preocupa, ta bom — ele me da um beijo na testa e sai correndo.
Eu fico sozinha novamente. Quando todos saiam de casa, eu chamava a Monique para ficar comigo, porque eu odiava ficar sozinha, e ela era a companhia perfeita todos os dias. Mas agora eu tenho que aceitar que ela não vai mais está aqui.
Peguei meu celular e vi que tinha duas mensagens. Uma da operadora, e outra da Monique. Abri a dela em uma velocidade que eu nem consigo descrever.
"Fico feliz que gostou! Eu já estou com saudade. Aqui é muito diferente daí, venha me visitar quando puder. Te amo."
Guardei o celular no bolso e fiquei assistindo, até que o Toddy vem correndo e pula nas minhas pernas.
— O que você quer, Toddy? Está com fome? Aposto que o Pedro não te deu comida. Que pai desnaturado que você tem, filhinho.
Pego o pote de ração do Toddy no armário.
— Pronto, meu amor — digo, enquanto coloco a ração na panelinha dele.
Ele começa a devorar a comida
Volto pra sala e continuo assistindo.
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Meu Vizinho é um Roqueiro
RomanceProblemas com o vizinho? Quem não tem? E se, por acaso, você se apaixonasse por esse vizinho? O Meu Vizinho Rockeiro conta a história dos adolescentes Jessy e Harry, que vivem dividindo problemas e amores. Harry, é complicado, ciumento e briguento...