Os olhos de Célia se encheram de lágrimas ao ver os policiais desarmando e prendendo Crown. Harry algemado sendo revistado num canto obscuro da sala. Zayn? Seus olhos procuravam, agonizantes... Ele esta no chão, logo atrás de dois brutamontes. Ela não conseguiu segurar-se. Correu até o rapaz, abraçando-o ali mesmo, sentindo-se, pela primeira vez, livre, de verdade, aquele Para Sempre começou a respirar novamente em sua mente.

– Oh Zayn – ela deitou sua cabeça sobre o peito do rapaz, fungando, inalando o cheiro dele, sentindo seu coração bater fortemente, não se importa ndo com o sangue que mancha seu rosto.

Um fantasma de um sorriso cobriu os lábios de Zayn e ele rodeou Célia desconfortavelmente com seus braços doloridos, afagando os cabelos negros e revoltosos da garota.

– Estamos salvos – ela sussurrou. As palavras cruzaram sua garganta com esforço. O alívio tomando conta de seu corpo.

– Você... Você está salva, Cé – ela ergueu o rosto para ver os olhos de Zayn. Ele está... Chorando?

– Não, Zayn – sorriu passando a ponta de seus dedos no rosto do mesmo. Limpando aquelas lágrimas cheias de intrusão. Ele gemeu com o toque, semicerrando os olhos por meio minuto, sentindo os passos pesados dos policiais adentrando os outros comodos da casa. Sentindo seus ossos gritando de dor por qualquer pequeno movimento que podia fazer.

Zayn abriu os olhos e encarou o rosto de Célia em silêncio. Sabe da verdade, que não pode mais esconder o que sente, mas também sabe que não sairá de mais essa enrascada. Assim que descobrirem que Zayn tem envolvimento com Crown ele também será pego, e preso por tantos crimes...

– Foi você quem chamou a polícia? – ele perguntou finalmente, seu braço dolorosamente erguido, tirando fios revoltosos do rosto de Célia.

– Foi – ela suspirou de um modo triste, pensando um pouco sobre aquela pergunta.

Zayn respirou fundo. Não era culpa dela, sabe precisa pagar por tudo o que fez. Um dia isso teria que acontecer. Mas não precisava ser hoje, não precisa ser agora.

– Tudo bem – tocou a bochecha de Célia, expulsando a lágrima que a percorria. – Me ajude a levantar.

No mesmo instante, dois policiais pararam atrás de Célia. Observando-a pensativos. Um deles – cabelos loiros e olhos tão claros quanto água – moveu sua arma pende a coxa.

– Você deve ser Célia Montês – Célia passou um braço de Zayn sobre seu ombro antes de olhar diretamente para os homens.

– Sim – Zayn a ajudou a senta-lo na poltrona esverdeada de Crown.

– Precisamos de seu depoimento – disse o mesmo, atento aos sublimes movimentos que Célia fazia para voltar a ficar perfeitamente de pé.

– E seu amigo precisa ir ao hospital – disse o negro alto, a cicatriz eu sua sobrancelha o deixando com uma aparência extremamente letal e sexy.

– Eu vou com ele... – tentou argumentar, tudo o que Célia não queria era ficar longe de Zayn agora.

– Ele ficará bem – o homem sorriu confiante, se dirigindo a um canto da sala, obviamente contratando uma ambulância.

– Bom, Célia, o que houve aqui?

Ela olhou para Zayn, um nó se fazendo em sua garganta. Zayn assentiu com a cabeça.

– Os negócios de Crown não são exatamente o que a mídia e os empresários afirmam. Seu acordo envolve... – Célia respirou fundo. Seu nome também estaria nisso, mesmo que sendo a vítima, mas algo precisa ser feito.

O olhar do policial, estudando seu rosto, apenas piora as coisas.

– Envolve...

O rosto do policial foi de calmo e compreensivo, para louco e surpreso.

– Espere aqui – ele saiu, agarrando seu walkie-talkie e dando ordens para mais agentes adentrar o palacete.

Célia se sentou no chão ao lado da poltrona, abraçando os joelhos fortemente. Sua revelação estava jogando Zayn na toca dos lobos. Tudo aquilo envolve a Dance Néon, tudo aquilo envolve James e Adam e... Zayn.

– Me desculpe – ela sussurrou, tocando a perna dele.

– Tudo bem – Zayn disse, um fantasma de um sorriso cobrindo seus lábios.

Logo todos os empresários estavam algemados, sendo levados pelos policiais. Alguns olharam para Célia, os rostos sombrios.

– Acho que você vai precisar de seguranças – Zayn brincou.

Uma maca adentrou facilmente a sala, dois paramédicos sustentaram o rapaz e o deitaram sobre a mesma. Zayn não conseguiu segurar os gemidos, a dor é atordoante.

– Ele vai precisar de vistoria policial – disse o loiro, com um murmurar cético. Um dos policiais assentiu, ajudando a empurrar.

Célia se ergueu havida a acompanhá-los.

– E você vem comigo. Julian já contatou seus pais, na Inglaterra, e, eles estão preocupados.

– Eu acho que preocupados não é a palavra certa – Célia seguiu a maca com os olhos –, eu diria extremamente... Malucos!

O policial sorriu acompanhando Célia até uma das viaturas que tomam metade do gramado.

– Ele ficará bem? – perguntou antes de fechar a porta e permitir o carro arrancar.

– Não se preocupe. Depois de todas as investigações, aposto que ele estará livre para conversarem sobre o que quiser – o homem observava Célia pelo retrovisor por alguns instantes, a face triste da garota parecia chocá-lo apesar de ver essas mesmas expressões assustadas e aliviadas várias vezes por dia.

– Não estou certa quanto a isso.

– O que disse? – ele comprimiu os lábios, transformando-os em uma linha quase invisível.

– Nada... Eu só... Só estava pensando alto de mais.

Ela fechou a porta, observando Zayn ser “embarcado” na ambulância, ele a viu também, sorriu dolorosamente.

Célia tem a certeza de que aquela pode ser a última vez que seus olhos encontrarão os dele.



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Oooooooh no comment!

Mas vocês podem comentar a vontade :)

O que acharam? Eu não gostei desse fim :/ sinceramente!

Maaas, ao menos parei de fazer capítulos frustrantes :)

Bom, galerinha...

Até o próximo capítulo, e votem, comentem bastante, reclamem, chorem, sintam-se em casa!

Amo-vos ❤

Beijocas de algodão doce (^o^)

Até o já ✈

- SSMissing ❤

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