Capítulo 7

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Acordo com um baque que não sei de onde vem, me levanto perdida e vejo Katy segurando um travesseiro nas mãos. Fico muito irritada com sua atitude infantil. Será que não vou conseguir acordar com dignidade uma única vez nessa viagem?

— O que você está fazendo, Katy? — Olho irritada para ela. — Eu estava num maravilhoso e profundo sono, fugindo da minha drástica realidade, e você me acorda dessa maneira? Todos os dias têm algo novo, e amanhã será o que? Água? — pergunto, incrédula.

— Ótima ideia, Meg — ri me atacando com o travesseiro —, assim, talvez, você tire essas rodelas pretas de panda em volta dos olhos.

Katy pula em cima da cama como uma criança, preparada para uma guerra de travesseiros. Na intenção de me defender, fico em pé sobre a cama, observando-a.

— Então é assim mesmo? — pergunto, me armando com dois travesseiros, pronta para o ataque.

— Sim, panda — ri do meu rosto borrado, escorrido de maquiagem e rímel preto.

Pulo em sua cama e começo a atacá-la com o travesseiro em uma verdadeira guerra. Rimos enquanto brincamos divertidamente por vários minutos, até ficarmos sem fôlego. Katy tenta me atacar novamente, mas se desequilibra e cai da cama. Antes de cair, segura meu braço, procurando por apoio, e acabo caindo por cima dela. Bato minha cabeça na sua e começamos a rir da nossa infantilidade.

— Isso vai render alguns hematomas — digo entre risos, enquanto estamos deitadas no chão, e coloco a mão na barriga dolorida.

— Hoje será nosso dia, temos muito o que comer e fofocar a tarde toda, e a noite vamos colocar o plano "enlouquecendo o magnata" em ação. Você acha melhor, "deixando o magnata de cabelos brancos", ou, "pirando o cretino"? — Katy pergunta ansiosa, fazendo gestos com as mãos.

— Que plano é esse? Preciso entender primeiro — falo, duvidosa.

— Isso só mais tarde, primeiro você precisa escolher um nome. — Fica esperando, ansiosa.

— Gostei de "enlouquecendo o magnata" e "pirando o cretino".

— Então vai ser "pirando o cretino" — diz empolgada.

— Agora, me conte sobre o tal plano.

— Somente a noite você vai saber, agora vamos ligar lá na recepção e pedir uma pizza, salgadinhos, hamburgueres, batata frita, sorvetes e doces. — Katy se afasta, dando pulinhos de alegria com sua lista interminável de comidas.

— Quem vai comer tudo isso? Um batalhão? — pergunto admirada.

— Como se você comesse pouco. Está querendo enganar quem? — Ela ergue uma sobrancelha sarcástica para mim.

Mostro a língua para ela.

— Vou tomar um banho rápido.

— Vai lá, panda.

Sigo para o banheiro, retirando minha lingerie rendada, quando me olho no espelho, me assusto. Katy tem toda a razão, estou parecendo uma panda.

Passo as mãos nos olhos borrados, indignada com minha aparência horrível e meu estado crítico de calamidade.

Como pude deixar James me ver assim? Que vergonha.

Apoio as mãos na cabeça, encostando sobre o box de vidro, sentindo a derrota pesar meus ombros mesmo sabendo que não adianta me culpar pelo que está acontecendo. Encaro meu reflexo no espelho, mas a única vontade que tenho é de cavar um buraco no chão e simplesmente desaparecer. Antes de entrar no banho, lavo bem o rosto, retirando toda a maquiagem com os produtos certos.

O magnata da minha vida (Degustação - Completo na Amazon)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora