Capítulo 12

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Abri os olhos com um certo receio, havia algo de errado comigo, não era possível que eu desmaiasse com tanta frequência num espaço tão curto de tempo.

Contemplei um teto de gesso com luzes acopladas como as da sala, era engraçado que mesmo o teto, cheirava a riqueza. Não ousei me mexer até ter certeza de estar sozinha, esperei dois minutos e não ouvi nada. Levantei meu corpo da superfície macia que estava, alguns lençóis me envolviam e um cheiro maravilhoso vinha deles. Cheiro de luxo.

O quarto que eu estava era enorme, como tudo ali dentro parecia ser. Uma poltrona ficava bem em frente à cama, a uns três metros, um tapete felpudo ⸺  que milagrosamente não era branco, como o resto das coisas, mas sim de um rosinha pastel lindo ⸺ ia da poltrona até se esconder embaixo da cama. Do lado direito, colado à cama, um criado mudo com abajur e porta retrato preenchido com uma frase bonita e motivadora, talvez um trecho de alguma música do Brendon. No fim do quarto, janelas de vidro cobertas por cortinas brancas.

No lado esquerdo, uma penteadeira que quase ocupava toda extensão da parede, um espelho enorme que mostraria quase meu corpo inteiro, gavetas embaixo e prateleiras dos lados. Uma porta em uma extremidade e outra porta na outra. Além de uma cabeceira luxuosa na cama, com luzes de led acopladas a ela.

Voltei a deitar na cama. Queria me sentir feliz por estar ali, por desfrutar de uma casa tão maravilhosa, e pelos privilégios que eu teria durante duas semanas inteiras. Queria fingir que tudo estava bem e sair pelo quarto explorando tudo até que Brendon Mark aparecesse e me perguntasse se estava bem, eu responderia que sim e teríamos uma ótima semana.

Mas eu não podia.

Não podia fingir que não odeio tudo isso e que cada segundo trancafiada nesse castelo moderno não me faria enlouquecer. Mas não era como se meu desejo fosse o mais importante no momento. Então, por mais trabalhoso que fosse, eu precisava fingir.

Como se o universo conspirasse contra mim, alguém bateu à porta, do lado de fora. Involuntariamente, meus pés começaram a mexer no colchão, nervosos, minha respiração pesada.

Pulei da cama, só então percebendo que ainda estava com as roupas de antes, não fazia ideia de quanto tempo se passara, mas eu costumava dormir bastante quando desmaiava. Caminhei em passos lentos até a porta branca, hesitante, toquei a maçaneta dourada e abri devagar. Eu esperava ver Brendon Mark ali, ou algum funcionário, até mesmo repórteres, mas era Josh que estava ali, com o terno preto no braço e a camisa branca à mostra, com dois botões abertos.

⸺ Haylie ⸺ ele falou simpático. ⸺ Como você está?

⸺ Bem. Eu acho ⸺ ouvi um barulho de passos atrás dele.

⸺ Faz duas horas que você estava apagada, viemos examinar você.

⸺ Viemos? ⸺ Ergui as sobrancelhas, esperando a outra pessoa aparecer.

⸺ Sim. Eu e o senhor Bomeny.

⸺ Não precisava ⸺ me prontifiquei. ⸺ Eu estou bem, e...

Parei de falar assim que um homem de jaleco branco apareceu de trás de Josh, com uma maleta marrom em mãos. O homem sorriu simpático e silencioso, e, pelas barbas do camarão, extremamente bonito.

⸺ Haylie esse é o médico do Brendon ⸺ Josh se apressou em responder.

⸺ Na verdade ele sempre se consulta com o meu pai, mas ele não pôde vir hoje, então...

Um milagre aconteceu.

⸺ Podemos entrar? ⸺ Josh perguntou, eu ainda estava estática bela beleza do homem, mas permiti o acesso dos dois.

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