Capítulo 3 - O fruto da Apiaqueira

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Chegar ao topo daquele monte não foi nada fácil. Era possível chegar até a metade do caminho circundando a montanha, mas do meio em diante, era preciso escalar.

Suzanne ia à frente, martelando os pinos e amarrando a corda. Ericksen seguia logo atrás, controlando o vento com sua magia para que não os derrubasse, e finalmente, vinha Edra carregando Conrad nas costas, já que o Bardo quase caíra para a morte certa por duas vezes antes de receber auxílio.

Foram necessárias várias horas até alcançarem o cume da montanha, mas nada de dragão até aquele momento.

Quando visualizaram o topo, viram apenas uma árvore de proporções gigantescas, cujas raízes grossas penetravam no chão como as garras de um felino e cujas folhas avermelhadas formavam uma copa extraordinária.

O tamanho da árvore era um problema. Cada apiaca, o fruto da apiaqueira era do tamanho de uma melancia e haviam prometido levar algumas para Louc. Também precisavam das raízes com as quais a feiticeira lhes faria o elixir para enfeitiçar o unicórnio. Mas não havia nenhum sinal de alguma gema amarelada, a taxa cobrada pela bruxa pelo serviço de abrir o portal e preparar o elixir.

Desconfiados, começaram a coletar o que podiam, Ericksen cortava algumas raízes enquanto Edra colhia frutas. A corda usada para subir agora era trançada numa espécie de sacola onde cinco apiacas foram amarradas.

Tudo ia bem até que Conrad se afastou do grupo procurando por um lugar para descansar. Por sobre o chão barrento havia uma pedra alaranjada. Sentou-se sobre ela, assustando-se quando a pedra se mexeu.

Não deu tempo para o Bardo reagir a tempo de não ser derrubado. A "pedra" onde havia se sentado era a cauda de um dragão de tamanho considerável que os encarou de forma demoníaca antes de levantar voo.

- O rubi amarelo! – Disse Suzanne ao perceber que um dos itens de sua "lista de compras" era o pingente do colar usado por um lagarto voador gigante.

A próxima meia hora após esse incidente foi dedicada ao combate. Se é que se pode chamar de combate quando quatro pessoas tentam desesperadamente não morrerem fritos pelo hálito de um dragão.



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O Bardo mais chato do mundoWhere stories live. Discover now