— Para onde você está me levando?
— Tenha um pouco de fé, Rid — disse Link.
— Certo. — Até parece.
Link parou e a colocou frente a frente com ele, pousando as mãos sobre
os ombros dela.
— Sabe, estou aqui tentando ajudar. Não estou falando que é um tiro
certeiro. Preciso me certificar de que se encaixa. A banda.
Ridley prendeu a respiração.
— É?
— Se é importante para você, eu tento. Digo, sou seu cara. Mas você
precisa ser sincera comigo.
— Eu sou. — Ela esticou o braço para tirar o cabelo dos olhos dele.
— Tem certeza de que não tem nada acontecendo?
Ela balançou a cabeça. Nada que eu possa contar. Mas ela continuava
assustada com a sensação de estar sendo observada. E mais que culpada
por precisar mentir para o próprio namorado.
Estava com uma sensação ruim em relação à noite toda.
— Estou bem — disse Ridley, tanto para si mesma quanto para ele.
Link pareceu aliviado e agarrou a mão dela.
— Então vamos.
Ela o seguiu pela rua em frente à Duane Reade — a farmácia real, e não a
pessoa inexistente — onde havia um restaurante pequeno, velho e discreto
de um andar. Apesar de a rua em si estar escura, a vitrine estava iluminada
por um sinal em neon que piscava e dizia: restaurante. Não parecia ter
mudado muito, ou passado por uma faxina, em meio século.
— Isso quer dizer que é um restaurante? Ou que o nome do lugar é
Restaurante? — observou Ridley. — Não entendi.
— O Restaurante da Marilyn. Não consegue ver onde o neon já apagou?
Ela examinou mais de perto, mas mal conseguia distinguir algo na janela.
Agora que ele tinha se transformado, o Link parte Incubus conseguia ver e
ouvir coisas muito além da capacidade de um Mortal ou mesmo de um
Conjurador.
— Enfim, não estou falando isso. Olhe ali. — Link apontou para uma
parede do outro lado do restaurante, a que dava para a esquina do
cruzamento. Palavras se tornavam formas abstratas pichadas, girando até a
seguinte. Uma fileira de monstros. Um mar de rostos. Mãos alinhando o
chão como flores.
E uma palavra, arqueada acima de todas.
NECRO
As letras lembravam alguma coisa a Ridley, mas ela não sabia
exatamente o quê. O nome parecia familiar, ou talvez a arte.
— É como as pinturas daquele cara. Sabe, nos museus em Paris ou na
Espanha.
— Ah, aquele cara. Entendi o que está dizendo. — Mas Link não
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Sirena
FantasyRidley Duchannes nada tem de heroína de romances açucarados. Ela é uma Sirena e não hesita em usar seus poderes para enfeitiçar o que cruzar seu caminho, sejam Conjuradores das Trevas, Incubus ou Mortais. Desde que sua família lhe virou as costas, s...