Capítulo 13

424 17 1
                                    

Não lembro se comentei, mas eu sou muito orgulhosa!  Mas tipo,  muito mesmo,  daquelas que não esquece de nada. 

Olhei aquela mensagem atentamente, ele não parecia nem um pouco arrependido e parecia que só queria me encontrar mais que não fazia diferença nenhuma se eu fosse ou não.  Então preferi não responder,  era melhor esquecer está história.  Eu devia tá maluca quando achei ou sonhei com um futuro possível que na verdade era impossível. 

Tomei meu café
Me arrumei e fui pra faculdade

Como direito era integral  passei o dia inteiro por lá.
Na hora do almoço depois de 3 aulas minhas,  fui para o refeitório, comprei uma comidinha leve: arroz, feijão,  frango grelhado e batata frita. 
E não me venha com esse papo de que mulheres têm que comer salada porque eu sinceramente não dispenso uma batata frita com hambúrguer. 

Bom,  sentei na mesa e fui olhar minhas mensagens. 
Nada de importante,  apenas correntes de grupos..

Até eu ver 7 mensagens chamando minha atenção! 

Meu Deus!   Este Murilo só pode estar maluco.  Não entende que eu não quero nada com ele? 

Bom isso é o que minha cabeça queria dizer.

Mas o coração cafajeste, que só me arranjava problemas estava querendo conhecê-lo melhor...

E bem melhor...

Deixei passar porque eu já disse como sou orgulhosa né?  Não queria dar o braço a torcer. 

....

A noite em casa mais mensagens.

E eu nada! 

Enfim,  passaram se dois dias.

Aquele sorriso cafajeste não me saia da cabeça.  Mas ele não havia mais mandado mensagens e então resolvi aceitar que seria só mais uma qualquer pra ele. 

Passaram se uma semana...

E eu tava quase esquecendo aqueles olhos castanhos profundos que diziam muito. 

Mas, é sempre assim, quando estamos esquecendo um cafajeste ele sempre aparece...

[...]

Mais um dia de aula e a mesmíce de sempre. 

Livros e mais livros que estavam me fazendo enlouquecer..

Era difícil ter qualquer tipo de vida social cursando a facul de direito. 

Eu já tava maluca.  Quando acabasse aquilo ou eu iria pro tribunal ou pra um hospício.

Enfim, fim do dia. 

Sai da faculdade e fui em direção ao estacionamento. 

(sim,  eu estava habilitada. Com tanta coisa acontecendo esqueci de contar que nesta semana havia sido aprovada firmemente pra tirar linha habilitação. Eu já tinha o carro e era maravilhoso agora eu poder dirigi-lo).

Peguei as chaves do meu Jeep e o desgranquei. 

Estava com uma mão na maçaneta e a outra cheia de livros.  Quando fui abri a porta meus livros caíram..

Abaixei para pegá-los e senti alguém se aproximar...

Senti o mesmo medo que eu havia sentido naquele dia escuro em que eu fui pra casa quando fui assaltada. 

E pra meu espanto aquela mesmo voz:

- Oi morena. Quer que eu te ajude? 

Só duas pessoas me chamavam de morena.

O traste do Rodrigo,  e o Murilo...

E vamos combinar que aquela respiração, e aquela voz grossa não eram nada do Rodrigo. 

Levantei. 

- O que você quer? 
Eu já disse que não quero nada com você.  Eu nem tenho respondido suas mensagens. E vamos combinar que já faz tempo que você não manda qualquer mensagem para mim.  Esquece, aquelas coisas que você falou pra mim, o que vice contou da sua vida.  Sinceramente eu não quero participar disso!

- Alguém já falou que você fala demais? 

- Olha eu não estou brincando isto é... 

Não consegui terminar minha frase ao ver que estávamos colados.

Seu corpo quente estava grudado em mim e sua boca a um beijo da minha.

Senti meu corpo tremer e nossas respirações ficarem completamente ofegantes. 

- Agora diz pra mim que você não quer participar disso?

Eu não consegui dizer nada.  Era difícil dizer alguma coisa quando eu queria fazer outra....

Da favela para o asfaltoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora