Capítulo 5

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-Eu juro que não foi porque eu quis.-Falo assim que o Policial jovem que está com o mandato na mão, abre a boca

Tenho a impressão de já ter visto ele antes. Ele começa a rir e gargalhar como se fosse alguma piada. Olho em volta atrás das câmeras, pois só pode ser uma pegadinha.

-Tá me achando com cara de palhaço? -Sam pergunta.

Isso não vai prestar.

O policial jovem e estranhamente reconhecível nos olha confusos.

-Não se lembram de mim?-Ele pergunta.

O Polícia ao seu lado é mais velho, porém, parece ter senso de humor.

-Eu acho que já vi você em algum lugar...-Falo.

-Sou eu! Caleb!-Ele diz.

Meu queixo cai. Lembram daquele garoto baixinho com pijama do Star Wars? Apaguem essa lembrança. Caleb está quase da altura de Sam, deixou o cabelo crescer acima dos ombros e está o maior gato.

-O que faz aqui? E esse mandato?-Pergunto incrédula.

-Desculpe por Caleb, ele insistiu em fazer essa brincadeira com vocês. Eu sou o Policial Cunha, esse mandato não é pra vocês. -O policial mais velho diz.

Caleb ainda sorri bobo. Minha cara e a de Sam, não é das melhores.

-Vocês perderam o senso de humor? São uma lenda! Contei pro Cunha todas as suas aventuras naquele Colégio. -Caleb diz.

Sam limpa a garganta.

-Caleb, não me leve a mal, mas o que faz aqui no nosso apartamento as sete da noite? Tenho certeza que não veio tomar um café. -Sam diz.

-Ah sim, vocês não vão acreditar, mas reabriram o caso do irmão da Luna. Eu estava vendo os antigos casos e parece que alguém deixou passar uma coisa. Seu irmão não morreu por acidente, ele foi assassinado.-Caleb diz.

A cada palavra que ele falava, meu coração batia cada vez não forte. É como se ele fosse realmente sair pela minha boca. Minhas pernas falham e Sam me segura. A última coisa que vejo é o rosto de Sam.

☆☆☆☆☆☆

-Parabéns!-Caleb grita assim que recupero a consciência.

Sam da um empurrão de amigos nele e me ajuda a levantar. Estou deitada no sofá. Cunha está em pé e Caleb e Sam ao meu redor.

-Obrigada...Eu acho.

Sam deve ter contado que estou grávida.

Me sento e Sam me da um copo de água. Não sei porque desmaiei assim, mas voltar a tona o assunto da morte do meu irmão me deixa nervosa.

-O que estava dizendo sobre meu irmão?-Pergunto a Caleb.

Ele parece estar escolhendo as palavras certas. Imagino que pela minha reação, eles não vão me contar tudo.

-Ouça, Luna, quando seu irmão morreu, houve investigações e no arquivo, claramente dizia que foi homicídio, mas alguém fechou o caso como acidente. Há uns dois dias, estávamos organizando os arquivos e vi seu nome. Reli o caso é mostrei ao meu superior que sugeriu que eu reabrisse o caso. Passamos os últimos dois dias analisando as evidências e procurando suspeitos. -Ele explica.

Saber disso me traz esperança de que posso dormir a noite sem pensar que sou culpada de algo, porém me dá medo por enfrentar meu demônio do passado.

O filho da diretora - Para sempre - DEGUSTAÇÃOWhere stories live. Discover now