Capítulo 4

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Assim que chegamos no refeitório meu coração gelou, o refeitório estava cheio isso me deixou um pouco nervosa, não que eu fosse tímida mas estava um pouco desconfortável com a situação.

-- Vamos pegar nossa comida.

Disse Nora, arrastando eu e a May para dentro. Depois de comer, voltamos para casa, onde escovamos os dentes, descansamos um pouco e às 13h fomos novamente ao refeitório. Hora do sorteio.

-- Eu acho isso desnecessário --disse eu desanimada, não me sentia feliz com este sorteio, mas como é um projeto da faculdade não posso discutir.

-- Deixa disso Liz, pode ser legal. É bom que interagimos e não vamos ficar tão deslocadas -- disse may bem animada.

--Para mim tanto faz, não sou muito ligada em ser "amiguinha" de ninguém não. -- disse Nora

Nos conhecemos à poucas horas mas já gostei dela, me parece ser do tipo decidida que fala o que pensa, gosto de gente assim. Quando chegamos ao refeitório, este já estava bem cheio, estávamos divididos em dois grupos: os novatos e os veteranos. No meio tinha uma mesa com duas urnas, numa tinha escrito novatos de vermelho e na outra veteranos de azul. Ao dado da mesa estava a reitora da faculdade que, após alguns minutos, deu início ao discurso de boas vindas, falou do quando cada um de nós tínhamos merecimento por estar aqui e tudo mais, acabei por deixar a mente vagar e meu olhar pousou num cara que parecia tão alheio a tudo aquilo quanto eu, quando apertei as vistas para dar uma olhada melhor na figura, May chamou minha atenção.

-- Liz presta atenção mulher, começaram os sorteios.

Olhei ao redor e todos pareciam animados com a dinâmica, menos o cara que estava afastado e que parecia tão insatisfeito quanto eu.

-- Espero que o meu guia seja legal.

May estava nervosa, até que o nome dela foi chamado. Tinha como dupla uma garota bonita e tímida, parecia ser gente boa, então elas saíram para conhecer a faculdade. Logo depois foi o nome da Nora, seu guia foi um garoto alto, moreno e bonito com um sorriso super sexy.

-- É, acho que alguém aqui se deu bem -- Eu disse dando risada e piscando para Nora.

-- Acho que não me importo em ser amiguinha de algumas pessoas -- e então ela saiu acompanhada do seu guia.

Os sorteios continuaram até que enfim ouvi meu nome.

-- Helize Castheline e Eric Alexandrino.

Assim que ouvi meu nome passei meus olhos pelo grupo dos veteranos e mal pude acreditar quando o garoto com cara de poucos amigos veio em minha direção, de longe ele já parecia ser bonito mas de perto... Minha nossa senhora de nozes! Bonito parecia ser ofensa para descrever esse homem, parecia um Deus grego encarnado, com olhos de um azul profundo como o céu em dia de sol, cabelos negros como carvão que pareciam ter sido pintados fio à fio, alto e com um corpo que parecia esculpido. Os músculos evidenciados mesmo debaixo de uma jaqueta preta e camiseta branca, deixavam ele ainda mais sexy. Mas o golpe de misericórdia era com certeza a boca, que me fez ter pensamentos de como seus lábios deviam ser macios e quentes, não tive dúvidas que ele arrancava suspiros por onde quer que fosse e, então, ele parou na minha frente me tirando do transe.

-- Então, acho que não preciso me apresentar, uma vez que deve ter ouvido meu nome e, se não se incomodar, podemos começar logo, tenho assuntos importantes a tratar e não posso perder meu dia todo bancando a babá de uma novata.

Eu mal acreditei no que estava ouvindo, esse moleque arrogante achava que eu também não tinha o que fazer além de ficar andando por aí com um cara grosso e ignorante. Toda a beleza que vi naquele nele foi embora num piscar de olhos, quer dizer, ele continuava gostoso para caramba mas a personalidade dele só me faz querer dar um soco na cara dele, não ia deixar ele falar assim comigo. Se era para ser grossa eu iria ser grossa, respondi à ele com o mesmo tom de frieza e grosseria.

--Eu também tenho mais o que fazer, ficaria grata se fosse o mais rápido possível.

-- Não se preocupe quanto a isso, ão pretendo perder meu dia todo bancando o guia turístico -- me informou apontando em direção ao prédio a nossa frente -- Acho que nosso passeio poderia ser ainda mais rápido se me falasse o seu curso, assim iríamos só ao prédio que precisa saber onde fica.

-- Eu ainda não escolhi meu curso, estou no programa dos indecisos.

-- Que maravilha, com tantos novatos tinha que ficar logo com uma indecisa -- disse evidentemente irritado.

--Pois é, que sorte a nossa não? --disse eu ironicamente -- Com tanta gente bacana para ser meu guia e eu tinha que cair logo com um grosso, estúpido e arrogante. Realmente acordei com o pé esquerdo hoje.

Ele me olhou com tamanha fúria que achei que fosse me desintegrar só com aquele olhar.

-- Olha só, vamos logo com isso, valeu? Quanto mais rápido formos com isso, mais rápido você se verá longe do grosso, estúpido e arrogante aqui.

-- Me parece ótimo.

-- Vamos para o primeiro prédio, espero que preste atenção pois vou falar cada informação apenas uma vez ok?

Peguei uma caneta e um bloquinho de papel em minha bolsa.

-- Ok.

Andamos pelas dependências da faculdade, ele apontava as salas, dizia os cursos e os horários e eu anotava tudo para não esquecer de nada e então voltamos ao ponto inicial do nosso tour.

-- Então é só isso? -- Perguntei tirando os olhos do papel para olhar para ele.

-- Os veteranos foram instruídos a por os novatos a par da vida em sociedade por aqui. Então como em quaisquer lugar, existem os grupinhos: os nerds, os populares, os revoltados, os atletas, os leitores e os artistas. É só escolher sua turma e ser feliz.

-- Só isso -- disse eu espantada com a descrição ridícula dele.

-- É a vida em sociedade aqui, a mesma que lá fora. As pessoas se dividem em grupos, se julgam melhores que os outros, lutam para serem aceitos ao mesmo tempo que excluem os outros. São todos uns hipócritas.

Resolvi desafiá-lo.

-- E você, pertence a que grupo?

Ele me olhou como se eu fosse retardada.

- Eu não pertenço a grupo nenhum, me dou muito bem sozinho prefiro não participar de tanta hipocrisia.

Disse como se estivesse ofendido por ter sugerido que ele precisasse de outras pessoas.

-- Acho que já te mostrei tudo. Acredito que que dá para se virar sozinha, afinal, você não é mais nenhuma criança.

-- Eu sei me virar sim, e muito bem. Valeu por me mostrar tudo.

-- Eu não fiz por querer mas porque fui obrigado, não precisa me agradecer.

-- Também não foi da minha vontade, estou agradecendo por educação, pois isso é o que pessoas educadas fazem.

-- Que seja então, fui.

Disse ele me dando as costas e me deixando sozinha no refeitório que estava vazio, provavelmente os outros estudantes estavam ainda conhecendo uns aos outros. Que sorte a minha ter tido como guia o cara que seria provavelmente o mais arrogante do campus, sempre fui boa em fazer amizades e dificilmente tratei alguém com grosseria, mas aquele garoto parece despertar o pior de mim. A simples presença daquele garoto me deixou perturbada, mas não vou deixar aquele petulante ter qualquer tipo de influência sobre mim. Com sorte não precisarei vê-lo tão cedo mas, por outro lado, uma voz bem no fundo do meu sub consciente me dizia que eu não me importaria em admirar aqueles olhos azuis mais vezes.

Obs: Perdão meus amores pela demora em postar o Capítulo estive muito ocupada nesses últimos dias mais aqui está,espero que gostem ,peço que deixem seu voto e seu comentário para saber se estão gostando isso é muito importante para mim obrigada meus amores,boa leitura a todos!

Sempre E Para Sempre(COMPLETO)Where stories live. Discover now