Capítulo 2

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E eis que nosso Ramon entra em cena!

Ui, delícia!

Apreciem sem moderação!

Indiquem, votem e comentem!( se gostarem :D )

Bjbjbj da Kacauzinha

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Um mês após aquela fatídica sexta-feira, eu já era uma mulher livre e estava assinando a venda da minha casa. Não queria mais ficar naquele lugar, ou nessa cidade.

Nada mais me prendia aqui.

Por mais que João tivesse esperneado e exigido algum dinheiro, nosso contrato pré-nupcial era muito claro e ele saiu dessa com uma mão na frente e outra atrás.

Bem feito, canalha!

Desse lugar eu levaria apenas minhas roupas, as de inverno, eu doaria. Para onde eu estava indo, não haveria necessidade.

Os móveis, eu havia vendido junto com a casa. Realmente tudo novo!

Ah, meu sonho! Eu o realizaria agora.

Desde meus quinze anos, quando fomos viajar para a Bahia, eu quis um dia morar a beira mar e construir uma pousada. Havia enfrentado meus pais e havia feito faculdade de hotelaria e turismo, no intuito de, um dia, dar vida a esse sonho e a hora era agora!

Com a ajuda do pessoal da agência, e suas amizades, me foi indicada uma imobiliária de confiança e assim eu tinha alugado um apartamento mobiliado, por três meses. Durante esse tempo, eu procuraria o lugar perfeito para a minha pousada e minha futura casa.

Cidade nova, planos novos, vida nova!

Eu queria esquecer a sordidez do que haviam me feito e nada melhor do que trabalho para isso. E trabalho não faltaria.

Aeroportos eram uma delícia. Pelo menos para mim. Eu amo voar!

Meu voo para Salvador partia as 14h09, mas ao meio dia eu já estava perambulando pelo aeroporto, tamanha era minha ansiedade. Olhei algumas lojas, almocei, comprei um livro que me chamou a atenção na livraria. Na capa havia um homem moreno, de olhos claros, que encarava a câmera com um olhar apaixonado, com uma das mãos no cabelo. Inevitável. Esse era o nome do livro e bem, eu precisava me entreter nas próximas 3 horas, até chegar a Salvador.

Me sentei na sala de espera, em frente ao meu portão de embarque, ajeitei minha bolsa e abri o livro. Me embrenhei na leitura.

Estava compenetrada, lendo, quando senti que alguém me olhava. Ignorei e continuei a ler. Ultimamente, com os tablets e celulares de última geração, quando alguém lia em livro físico, era considerado um ET e era alvo de olhares mesmo.

Minha nuca formigou, tamanha era a sensação e não resistindo, olhei à minha volta.

A sala de espera estava lotada agora. Corri os olhos pela multidão e um homem me chamou a atenção. Moreno, com a barba por fazer, me encarava com olhos curiosos e com algo a mais. 

Realmente, ele era lindo, charmoso até não poder mais. Ele exalava autoconfiança e poder. Estava recostado próximo ao portão de embarque, usava uma camisa com o colarinho aberto e um blazer, sem gravata. Com as duas mãos nos bolsos do jeans, fazia com que o tecido se ajustasse a seu corpo e meus olhos foram atraídos para o volume entre eles.

UAU!

Completamente descarado, ele sorriu quando senti minhas bochechas queimarem de embaraço.

Desviei o olhar e retomei minha leitura. A autora devia estar de brincadeira comigo, pois exatamente nessa hora, começou uma pegação super hot entre os personagens e em minha mente aquele moreno perigoso era o mocinho e eu a mocinha, protagonizando uma chupada fenomenal no estacionamento da boate. Creio que minhas bochechas estavam pegando fogo, assim como meu corpo todo.

Semanas sem sexo e um livro assim te fazem pensar coisas.

Me abanei e olhei diretamente para o lugar onde aquele moreno me observava, mas ele não estava mais ali. Resolvi comprar um suco para ver se me acalmava. Maracujá era uma boa pedida.

Colocando o livro dentro da bolsa, levantei, me certificando de que não estava deixando nada ali.

Fiz o meu pedido e estava voltando para onde estava quando o vi saindo da livraria, com o mesmo livro que eu estava lendo sob o braço. Meu Deus!

Lindo, sexy, todo poderoso e ainda por cima um homem que lê.

Desviei o olhar, para que ele não percebesse que eu o havia visto e continuei meu caminho.

Me sentei novamente, continuando minha leitura e a todo momento eu o caçava pela multidão. Queria ver a reação dele ao que estava escrito naquelas páginas!

O achei em um canto mais reservado, recostado e lendo. Completamente covarde, coloquei meus óculos escuros e troquei de lugar, agora virada em direção a ele. Assim eu conseguiria olhar disfarçadamente, fingindo que ainda lia.

De início seu rosto não deu nenhum sinal. Então ele engoliu em seco e se mexeu na cadeira, ajeitando a calça. Rá! Ele havia chegado no boquete! Uma vontade louca de rir me invadiu! Então seu olhar saiu do livro e grudou em mim.

Nunca havia ganho uma olhada tão crua, com tanto desejo.

Obvio que aquilo mexeu comigo, ainda mais sabendo o que ele poderia estar pensando. Mas a última coisa que eu queria era um homem em minha vida. João tinha esgotado a minha cota de paciência e confiança nos homens.

Meu amiguinho a pilha, em minha mala, daria conta dessa vontade, mais tarde. Para quê eu precisava de um homem e toda a complicação, quando um vibrador fazia o trabalho perfeitamente? Me fazia gozar toda vez, não havia constrangimentos, cobranças, promessas e no final de tudo era só lavar e guardar para a próxima.

Meu lado prático às vezes me surpreendia.

Deixando de lado aquele moreno, voltei ao livro, que só fazia meu tesão aumentar. Logo chamaram meu voo e me dirigi ao portão, com meu bilhete e documento em mãos. Ele se levantou também e para que não nos esbarrássemos, parei e deixei que ele embarcasse, para só depois eu entrar na fila.

Ouvi a aeromoça dizer: "Boa viagem Sr. Marrero", toda oferecida. No entanto, ele agradeceu, com um movimento de cabeça, e entrou no avião, não dando um pingo de bola para a coitada, que suspirou e virou a cabeça para acompanhar sua caminhada pelo corredor que levava ao avião.

Balançando a cabeça em desaprovação, entreguei meu documento e a passagem à aeromoça ao lado. Algumas mulheres deviam se dar o respeito. Um homem daquele podia ter a mulher que quisesse.

Entrei no avião e me sentei rapidamente, pois havia pego uma das primeiras poltronas.

Adorava viajar na frente! Era tudo mais intenso, a decolagem, o pouso... 

Ah, como eu gostava de voar!


Sedução Irresistível(DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora