Capítulo Onze

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A reação de Daniel foi estranha. Primeiro, ele me olhou, confuso, e depois, começou a rir.

- Tatia? Sério? - ele não parava de rir, e isso estava começando a me irritar.

- Sim, Tatia - retruquei, com minha voz grossa.

- Ei, os dois, calma! - Jesse me apertou contra ele, e olhou duro para Daniel - está irritando ela.

- Agora você é o cachorrinho dela? - Daniel rosnou, avançando em nossa direção.

Me levantei, saindo do abraço de Jesse, e fiquei de frente para Daniel, apontando meu dedo indicador para seu rosto.

- Você não tem controle sobre mim! - berrei, empurrando-o até ele bater em uma árvore. - Você não tem o direito de chamar as pessoas com quem fico de cachorros, você não tem direito algum sobre mim! Só tirei você de lá, por orgulho! Não te quero se intrometendo na minha vida!

Soquei-o no estômago com força, o que o fez rir, e depois cair de joelhos, gemendo.

- Agora, vamos ao Lafayette Cemetery, para que eu possa falar com Tatia... entendido?

- Certo - ele respondeu, com um esboço de sorriso nos lábios.

Dei-lhe as costas e voltei a me sentar ao lado de Jesse, aninhando-me contra seu peito.

- Essa foi muito boa - Jesse conteve o riso, e depois beijou minha bochecha.

- Aham... - sorri.

Jesse encaixou sua boca na minha, e me beijou com vontade. Ele afagou meus cabelos com uma mão, enquanto usava a outra para me trazer para mais perto. Facilitando, sentei em seu colo, sem nunca separar nossos lábios.

- Ei, será que podem esperar até sairmos da cidade e encontrarmos um motel? - Daniel perguntou, fazendo cara de nojo. - Vocês não estão sozinhos.

- Cale... a... bo...ca - faloi, entre um beijo e outro.

- Não, é sério. - Ele alertou. - Estamos na frente da universidade. O Original pode aparecer aqui!

- Duvido muito - eu disse, descolando minha boca da de Jesse. - Primeiro: estamos numa parte fechada da mata, neste maldito parque. E segundo: o Caçador, provavelmente, acha que fugimos para algum lugar, bem longe daqui.

- Provavelmente - repetiu Daniel. - É uma teoria.

- E o que você quer fazer, Daniele? - ameacei. - Quer sair correndo à luz do dia, para matar o Original? Temos que ser mais cuidadosos que isso!

- Katherine, podemos andar no sol, normalmente! - o vampiro mais velho exclamou. - Qual a diferença?

- Eu quero que o Caçador pense que estamos longe, assim vai sumir de Nova Orleans!

- E por que temos que fazer isso à noite? - ele retrucou.

- Porque é o horário em que os vampiros ficam mais fortes! Vai me dizer que não sabia? Ou você tem medo do escuro, Daniele? - meu sarcasmo poderia ser detectado de longe... mas Daniel estava passando dos limites!

- Ah, Katherine! Por que esse escândalo? Voc...

- Já chega! Guarde suas forças, Daniel. Descanse - minha voz estava calma, até demais. Ele sabia que se continuasse insistindo e provocando, eu iria surtar. - Eu cuido do primeiro turno.

- Está me botado pra dormir? - ele soltou uma gargalhouda.

- Estou, e é melhor não me desobedecer - retruquei, e Jesse sorriu, malicioso.

A VampiraWhere stories live. Discover now