Ravenna se vira pra mim com aquela carinha que ela faz quando vai aprontar e abre um sorriso enorme.
- Quer aprender a sambar, professor Petrovich?
- O quê? Não, não mesmo. - ela já está de pé ao meu lado, tentando me puxar pela mão, como se ela fosse conseguir arrastar meu corpo com mais de cem quilos. - Ravenna, um russo, mau humorado, com quase dois metros de altura, sambando? Não vai dar certo nunca.
- Ok - faz um biquinho - então eu vou sozinha.
- Tudo bem, só não chama muito a atenção dos homens. - digo carrancudo, olhando para os lados e conferindo a situação.
Ravenna apenas sorri mandando um beijo soprado pra mim, e caminha em direção ao centro do semi-círculo que a banda composta por vários integrantes fez.
Ela diz alguma coisa para um cara que tem um cavaquinho e logo em seguida ele está tocando uma música animada e ela está dançando enquanto as pessoas aplaudem e cantam junto.
Ela samba, rebola e joga os cabelos, sendo o centro das atenções.
Só colocando uma burca e se escondendo debaixo de uma cama pra Ravenna não chamar atenção.
Outras mulheres chegam para dançar com ela, animadas e desinibidas, e eu dou graças a Deus que tem bastante perna e bunda alheia agora pra esse bando de marmanjo olhar.
Elas seguem os passos de Ravenna e a mesma está com um imenso sorriso no rosto, se divertindo como nunca.
Saber que fui eu, mesmo que indiretamente, quem proporcionou essa alegria à minha mulher me deixa cheio de orgulho.
Ela é linda, é maravilhosa, e quando dança então vira a porra de uma Deusa.
Ravenna contagia todo mundo, ela aproxima as pessoas e torna cada detalhe mais especial e feliz.
Ela é como um sol aquecendo o coração de cada um que cruza seu caminho.
É impossível ficar perto dessa mulher por cinco minutos sem sorrir, encantado.
Isso tudo é perceptível pra mim, mas é sempre mais visível quando ela dança, como se nesse momento ela derrubasse qualquer barreira que pudesse estar colocando entre ela e as pessoas e deixasse suas emoções fluírem livres.
Porra, como ela é perfeita.
Estou sorrindo como um idiota, perdido em pensamento, quando Ravenna volta pra mesa, ofegante, agitada e radiante.
- Os brasileiros são realmente os melhores. - diz, divertida, enquanto se senta e dá alguns goles na sua água. Eu finjo fazer uma cara de decepcionado e ela logo se corrige - Os brasileiros e os russos, claro.
Nossa comida chega, eu peço ao garçom uma caipirinha e Ravenna pede uma também.
Olho de cara feia pra ela, mas a abusada me ignora, finge que não vê e começa a comer.
Ô mulher pra dar trabalho...
Point of View - Ravenna
O lugar é demais, tão aconchegante que eu me sinto em casa.
Eric sempre fazendo a escolha certa e me surpreendendo positivamente.
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Te Encontrei Quando Não Procurava - Livro Um
RomanceRavenna Garcia tem 19 anos, é brasileira e cursa Dança na Juilliard em Nova York, é orgulhosa e chegou aonde está com muita garra, trabalho duro e perseverança. Assim que começa seu segundo ano de faculdade, tem uma bela surpresa: seu professor da...
24 - Eric/Ravenna
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