Capítulo Seis

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Assim que entrei no centro de treinamento, caminhei até o primeiro oficial que eu vi, que por sinal era o comandante Scott e parei a centímetros do seu corpo.

- Senhor? - o chamei, ele se virou e me encarou - O enfermeiro pediu para que eu entregasse isto ao senhor. - estendi o papel e fiquei esperando ele pegá-lo.

O idiota ficou me encarando por alguns minutos e pegou o papel da minha mão, lendo o mesmo.
Depois de alguns minutos novamente me encarando, com um sorriso nos lábios e o dedo indicador no queixo.

- Pode ir. - finalmente disse.

Eu apenas acenti e me virei, sentindo que seus olhos ainda estavam em mim. Virei a esquina do primeiro corredor e sai correndo rumo ao meu quarto. Deitei-me na cama e encarei o teto, decidindo passar uma água no corpo.
Minha cabeça latejava bastante, então resolvi tomar o remédio que o enfermeiro desconhecido e simpático havia me entregado. Depois de quase quarenta minutos eu senti meu corpo amolecer e meus olhos pesarem, então, não vi mais nada.

Merda!

Acordei com uma enorme luz em cima dos meus olhos, levantei minhas mãos tentando me desvencilhar da forte luz. Depois que minha visão voltou ao normal, pude enxergar o que estava acontecendo a minha volta.

- O que está acontecendo? - perguntei depois de um tempo, vendo aquelas pessoas me encararem.

- Pensamos que você havia morrido. - Milli disse e sentou-se ao meu lado.

- Por que? - perguntei surpresa.

- Porque você não acordava. Faz quase três dias que estava imóvel nessa cama. - me encarou - Você parecia em estado de transe.

- Três dias? - olhei para Melissa e o enfermeiro desconhecido simpático - Como você se chama?

- Júlio Arantes. - ele sorriu e apertou minha mão

- Eles disseram alguma coisa? - me sentei - Collins ou Scott?

- Scott parecia um pouco preocupado, pois estava com medo de perder o melhor arqueiro que ele já tivera durante esses anos como comandante aqui na capital, mas Collins estava bem e pedia para que déssemos espaço para você e que no seu tempo, você iria acordar.

- Ela estava certa. - Júlio sorriu - Sinceramente, não sei o que aconteceu com o enfeito do remédio, mas gostaria de fazer alguns exames com você depois.

- É claro. - me levantei - Vou tomar um banho e então, ir ao refeitório. Preciso urgentemente comer alguma coisa.

- Tudo bem, nós iremos te esperar lá.

Apenas concordei e peguei minha muda de roupa e toalha, fui para o banheiro e me joguei na água quente. Alguns minutos depois eu já estava entrando no refeitório. Peguei minha bandeja e coloquei o que eu iria comer, observei a mesa onde meus amigos estavam e fui caminhando lentamente até lá. Olhos para os lados e vejo a mesa separada dos oficiais. Scott e Collins estão me observando atentamente, não dou muita bola, mas eu fico desconfiada. Sinto-me perto dos outros e começo a devorar depressa a minha comida.

- Nossa, você está com fome mesmo. - Júlio disse, se juntando a nós - Posso ficar com vocês?

- Nem precisa pedir. Já é de casa. - dei um sorriso e deixei a bandeja de lado - Isto estava ótimo.

Passei a mão pelo meu ferimento e vi apenas um band-aid ali. Julio observou atento os meus movimentos e sorriu.

- Eu já disse que cuidaria disso. - ele sorriu e mordeu a sua banana. - Infelizmente terei que ir para a enfermaria. Nos vemos depois? Hoje é dia de folga e podemos sair para beber e tal.

- Claro! Conte comigo. - eu disse e me levantei - Vocês vão comigo?

- Vamos lá. - elas
se levantaram e caminharam lado a lado comigo.

Hoje faríamos o patrulhamento nas ruas, coisa mais natural do mundo, pois geralmente não acontece nada do que um chulo patrulhamento.

- O governo não vê isso? - perguntei para as meninas, observando o povo debruçado nas calçadas, pedindo por pão. - Quem são eles?

- Traidores. - Mel diz - Por mais que eles protestem, o governo finge que não estão aí.

Caminhei até uma menina de aproximadamente seis anos e entreguei para ela, uma barrinha de cereal, que estava guardada no meu bolso. Ela agradeceu e deu a primeira mordida.
Dei apenas um sorriso e voltei para perto das meninas, tornando a caminhar novamente pelas ruas.

" Atenção patrulhadores! Exposição na torre norte! Exposição na torre norte!"

- Vão para casa. - eu digo para as pessoas que estavam na rua.

Praticamente corri com as meninas até a torre norte, onde vários soldados lutavam para combater os bichos que tentavam entrar pela fresta da cerca. Comecei a atirar facas na cabeça daquelas coisas, matando pelo menos alguns que se aproximavam.

- Ei, tem granada? - perguntei a um dos soldados.

Ele tirou três granadas do cinto e me entregou, se afastando logo em seguida.

- Granada! - ele gritou assim que tirei o pino e joguei o o jeito para além do muros.

Pude ver a explosão e então meu ouvido esquerdo ficando completamente surdo. Não escutava o que eles falavam perto de mim, pois sintia sangue escorrendo pelo meu ouvido.

- O que tá acontecendo? - eu grito.

Milli faz alguns gestos com a mão e agarro o meu braço, me arrastando escada abaixo.

- O que você está fazendo? Pra onde estamos indo? Por que não estou escutando nada.

- Va-a-a-i c-a-r tud-oo beee-m. - alguém falou.

Não entendi uma palavra sequer, apenas o "bem". Encarei as meninas e pude ver sua expressão de pânico, vendo apenas fogo e nossos corpos sendo lançados para o outro lado.
Pude ver estilhaços no chão e pedras por todo o meu rosto. Afastei as mesmas e me levantei, um pouco de dificuldade por causa do meu pé e dos meus ouvidos. Puxei Mel e Milli pelos braços e sustentei seus corpos no meu, quase não aguentando o meu próprio peso.
Não sei de onde eu consegui aquela força, mas aqueles metros caminhando com minhas duas amigas nas costas, foram os piores de minha vida.
Avistei o comandante Scott e a tenente na porta do pavilhão assim que passei o portão. Seus olharem caíramem nós e os únicos movimentos que tiveram foram corredor na nossa direção. Mas não foi o bastante. A quase três metros de distância, meu corpo enfraqueceu fazendo com que eu caísse e derrubace as meninas no chão.
Scott me chacoalhou e disse algo que eu ainda não entendia por causa da falta de adição. Pisquei algumas vez tentando não perder a consciência, mas foi em vão.

***

Oi meu amigos, tudo bem?

Tô puta da vida com esse governo. Mas vamos falar de coisa boa. Como ontem (23/01/2016) foi meu aniversário, (#15yearsbaby) resolvi postar esse capítulo.

Espero que gostem e aviso que só voltarei a postar nos dias certos.
Sim, vocês ficaram sem o desfecho do destino de Bárbara MUHAHAHA.

Se gostou, deixe sua estrelinha!

Um beijo e até breve. ❤

Depois da Meia Noite Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum