Assim que tomei a minha última golada de suco, o alarme soou novamente, indicando que deveríamos nos locomover até a seção de treinamento. Quando meaproximei da sala de treinamento, pude perceber o quão ela era grande. Fiquei ao lado das meninas o tempo todo e prestei atenção no que a tenente falava, apresentando quais os aparelhos que temos disponíveis e as fases que iríamos enfrentar durante o nosso treinamento.

— Senhoritas, quero que conheçam o comandante Scott. — a mulher disse e se afastou do pequeno palco improvisado, deixando um belo homem subir em seu lugar.

— Moças, sou o soldado Mason Scott e por hora, comandarei está unidade. Não admito erro algum e se quiserem se der bem aqui, não abram a boca até serem chamadas. — seu olhar encontrou com o meu por um momento e se desviou, assim que olhei para umas das meninas — Escolham suas habilidades e bom treino. — saiu do palco e se juntou a Oliveira.

— Alguém aqui também sentiu que ele vai nos dar trabalho? — Mel perguntou, caminhando ao meu lado.

— Eu tenho certeza. — dei de ombros, sorrindo. — Já escolheram os aparelhos?

As meninas ficaram em silêncio e olharam ao redor, procurando algo que pudesse agrada-las.

— Acho que vou no atletismo. — Mel falou, amarrando um dos seus cadarços que estavam soltos.

— Eu ainda não sei. — Mili disse, respirando fundo — E você, vai aonde?

— Arco e flecha. — apontei para a sala ao fundo, prendendo meu cabelo — Vejo vocês no almoço?

Elas apenas assentiram e então eu caminhei em direção ao simulador. A porta automática se abriu e um painel de controle 3D apareceu ao meu lado, mostrando que eu poderia escolher as modalidades no quem eu poderia treinar. Peguei o arco e a aljava cheia de flechas que estavam no suporte e iniciei o treinamento. Respirei fundo, esperando as projeções aparecerem até eu ver uma homem azul em cima de mim. Tirei a flecha do arco e disparei tão rapidamente que acabei com os outros vinte e três em menos de três minutos.

Terminei o exercício e iniciei outro, detonando trinta ou invés de vinte e quatro. Coloquei em modo noturno e aumentei para trinta e cinco, me desviando de três flechas e acertando cinco em seguida. Acabei com os outros trinta em três minutos e decidi continuar apenas amanhã. Com o término da simulação a luz foi acesa automaticamente e então eu pude ver que algumas pessoas ne observavam do lado de fora. Entre elas estavam o comandande Scott e a tenente Oliveira. Ambos deram as costas para mim e foram avaliar outros soldados, deixando então que eu seguisse meu caminho até o combate corpo a corpo.

— Você tem alguma experiência com zumbis? — uma voz soa do lado de fora do tatame e me desperta, não observando o dono dela.

— Vivi nas ruas todo esse tempo depois das transformações. A coisa que eu mais fiz durante esses dois anos com certeza foi matar zumbis. — O técnico passou a pomada em meu rosto para que os socos deslizassem sem me machucar profundamente.

O homem a minha frente se afastou, dando espaço para que eu visse o meu oponente. Arregalei meus olhos quando vi que a pessoa tinha o dobro do meu tamanho e também por ser homem, tinha mais força fisica do que eu. Era um desafio que eu teria que vencer, até porque lá fora não escolhemos quem devemos matar. Se for uma ameaça, você atira.
Ele partiu para cima de mim e eu desviei, passando para o outro lado. Acertei um soco em sua bochecha e ele virou a cabeça para trás, demonstrando que aquilo fora apenas o comeco. Ele direcionou um jeep de direita que me jogou longe, mas não foi o suficiente para eu cair. Encarei o rapaz e o atingi outra vez só que no nariz. Ele me socou no rosto, abrindo um corte no supercilio. Senti o sangue embaçar a minha visão e isso fez com que eu tivesse ainda mais raiva dele.

Quando eu vi a oportunidade, passei uma rasteira em seus pés e o derrubei, subindo em cima dele e desferido vários golpes em sua face. Ele até que tentou trocar sua posição e ficar em cima de mim, mas eu não deixei. Ele bateu três vezes no tatame e então eu parei,  levantando-me. Passei uma toalha em meu rosto e respirei fundo, puxando o ar que estava retornando aos meus pulmões.

— Thomas, leve esse homem até a enfermaria para ter os devidos cuidados. — o comandante falou, parando a minha frente e ficando em silêncio. Ele levou uma de suas mãos até o meu rosto e examinou o corte. — Precisa controlar seus impulsos, soldado. Isso vai precisar de pontos, então está dispensada por hoje.

Dei as costas para ele, saindo do pavilhão com a toalha em cima do corte para amenizar o sangramento. Entrei na enfermaria e logo um rapaz veio me atender.

— Parece que alguém tentou fazer um estrago. — ele disse, passando o cotonete com álcool ao redor do ferimento.

— Você deveria ver o outro cara. — dei um sorriso, reclamando quando ele passou no corte — Desculpe, é que isso dói.

— Eu sei, mas precisamos limpar para fazer o curativo. — ele começou a dar os pontos — Eu vou te dar uma medicação caso tenha dores de cabeça. — ele terminou seu trabalho e mais uma vez higienizou o local — Prontinho e aqui está o remédio. Se você tirar algum dor depois de dois dias, quero que volte aqui, entendeu?

— Certo, obrigada. — peguei a cartela de sua mão e me levantei, saindo daquele lugar.

Caminhei até o meu quarto com meus pensamentos a todo vapor. Isso porque o que o comandante Scott havia dito realmente deixou-me um pouco incomodada. Talvez eu só estivesse chateada com toda a situação do falecimento do meu namorado é isso fez com que eu descontasse em uma pessoa que não tem nada a ver com meus problemas e também acabei passando uma impressão errada a quem assistiu aquela luta.

Eu só sabia que estava cansada demais para ficar acordada e que os medicamentos também estavam fazendo efeito e então eu adormeci.

Eu só sabia que estava cansada demais para ficar acordada e que os medicamentos também estavam fazendo efeito e então eu adormeci

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