Eu corri tanto que meus pulmões estavam ardendo. Bati na porta do loft, não tinha cabeça para procurar minha chave.
Mary abriu a porta e eu entrei correndo. Julie estava no sofá e me olhou assustada.
- Tranque a porta e não deixe ninguém entrar. - falei. - Se for pra mim, não estou.
Fui para o meu quarto tirar as roupas molhadas. Eu estava exausta. Não queria me sentir assim. Nunca mais.
Tiro o vestido que parecia estar colado em minha pele. Demorei mais do que o esperado no banho. Eu tinha que lavar mais do que meu corpo. Minha dignidade.
Sai do chuveiro e fui me trocar. Coloquei um moletom, confortável e que escondia a minha vergonha.- ... Eu sei que ela está aqui, porra. Natalie me deixe entrar. - a voz de Bennet chegou aos meus ouvidos.
Sai do quarto as pressas. Mas que droga. Ele tinha que vir pra cá?
Cheguei na sala e Natalie estava contra a porta e as meninas só assistiam.
- Eu não vou sair daqui até ve-la. - ele batia com força na porta.
- A única coisa que você vai conseguir se não sair daqui é a conta de uma porta. - Natalie joga.
Ela me vê na sala e me olha como o que eu faço?
As lagrimas sem querer começaram a cair. Merda. Por que chorar, Carrie. Você merece alguem que goste de você de verdade, não alguem como Bennet.
Faço que não com a cabeça. Não quero ver ele. O que ele pensa que sou??? Algum objeto disponível a qualquer hora?
- Natalie, caralho, deixe me falar com ela ou irei te demitir.
Ela ri.
- Faça e então teremos uma boa briga.
Ele bate mais e mais na porta, mas para em segundos.
- Será que ele já foi? - Julie pergunta se levantando e indo a porta.
- Não sei. Acho melhor não abrir ainda. - Mary fala.
Seco o olho que antes estava molhado com as lagrimas e respiro fundo.
Mary poe a orelha contra a porta.
- Acho que ele não está mais aqui. - ela constata.
Relaxo os ombros e me alivio. Agora terei de contar como foi minha noite horrível para elas.
O telefone começa a tocar, fiz que não com as mãos para que ninguém atendesse. Caiu na secretária eletrônica.
- Carrie, eu sei que você está ouvindo. Eu não quis dizer aquilo. Saiu sem pensar. Por favor abra a porra da porta ou iremos ter problemas. -Estou ardendo de raiva. Que ódio. - eu não vou sair daqui enquanto você não falar comigo.
Todas olharam para mim para saber a resposta.
- Vamos dormir. Não vou falar com ele.
As meninas foram para os quartos e eu também. Me revirei na cama durante uma ou duas horas, quem sabe até mais. Algo estava me incomodando e eu não sabia o que.
Me levantei e fui beber um copo d'agua. Estava tudo silencioso. As luzes estavam baixas e então vi Natalie no sofá tomando algo.
- Eu sabia que você viria. - ela disse.
- Eu vim beber agua.
Ela ri.
- Ambas sabemos que não é verdade. Você gosta dele, só não quer adimitir. - ela da um gole no que acho que é vinho. - Não estou julgando, mas por que vocês tem que se torturarem tanto?
Peguei uma taça e sentei ao seu lado.
- Porque nem todo mundo é como você e Will.
Uma pausa.
- Eu e Will nem sempre somos rosas e mar, temos nossas tempestades também, mas você e Bennet ganham nesse quisto.
Sorri.
Eu nem ao menos sou alguma coisa para ele, talvez uma simples transa.
Nat toca minha mão e me olha.
- Eu não sei o que houve e nem quero saber, isso é assunto de vocês, mas ele ainda está ai, esperando. Fale com ele, mesmo que seja para bota-lo para fora. Não quero sair pro trabalho e ter que encontar meu chefe na minha porta.
Ri.
- OK, vou dispensa-lo. - falo.
Ela se levanta, poe a taça na mesinha e para a minha frente.
- Boa sorte - ela dá um beijo na minha testa e sai.
Vamos lá Carrie, você consegue. Seja fria e calculista como ele foi.
Me levanto decidida em acabar com toda a palhaçada. Eu consigo. Não é tão difícil. Vamos lá.
Chego perto da porta e minha pernas começam a vacilar. Agora não.Quando abro, ele está sentado, encostado na parede com os olhos vermelhos.
- Achei que não ia aparecer - ele fala cansado.
Seu estado é lamentável. Ainda está molhado pela chuva, ao seu lado tem uma garrafa de vidro vazia. Ele bebeu.
Ando até ele e o ajudo a levantar.
- Vamos logo. - faço força para levanta- lo.
Por fim ele está em pé, entramos no loft e o coloco no sofá.
- Vamos terminar logo com isso. - digo.
ESTÁ A LER
Diamante irresistível
RomanceSérie Diamante • Livro 1 Carrie trabalha na prestigiada empresa de joias, Empire. Vivendo um sonho, morando em Nova York com as amigas, ela só quer uma melhor posição na empresa e viver bem. Já Bennet, o CEO que está em um momento ótimo de sua carr...