Descoberta

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Chegamos na boate e um manobrista levou nosso carro.
Fotógrafos vinham de todos os lados e flashes e mais flashes.
Depois de alguns minutos finalmente entramos e ele me apresentou a várias pessoas. Infelizmente Andréa estava lá. E veio rapidamente em nossa direção.
-Que ótimo ver vocês aqui.
-Pena que não posso lhe dizer o mesmo!
Uma música rápida começou a tocar e ela puxou na maior cara de pau Héctor e começou a dançar com ele.
Não entendia porque ele nunca dava um fora nela. Fui sozinha pra área reservada e lá de cima via Héctor falando pra ela, que ódio e não poder ser uma mosquinha pra ouvir o que ele estava falando. Um garçom veio em minha direção e eu peguei uma taça. Primeiro foi vinho, tomei tudo de uma vez, depois champanhe, depois martini, depois já estava bêbada porque eu não era acostumada a beber muito menos misturar bebidas nas quais eu virei de uma só vez. Assim, fiquei bêbada bem mais rápido. O nome dessas bebidas deviam ser coragem porque eu não gostava de dançar e sai dançando pela boate cheguei perto deles e falei pra Andréa:
-Escute aqui sua vigarista! Se você não consegue segurar um homem para que seja só seu, não tente roubar o homem dos outros! Se você não sair de perto do meu agora, vou enfiar a mão na sua cara!
-Héctor, você vai permitir que sua esposa fale assim comigo?
-É bom você nem abrir a boca Héctor, ou você também vai ver uma coisa.
Você não vai sair não é mesmo?!
E eu fiz o que havia prometido. Dei uma bela bofetada na cara dela e vários flashes em nossa direção. Nunca mais se quer pense em Héctor ou vai ver só uma coisa. Ele ria e rapidamente me tirou de lá e me enfiou na Ferrari e voltamos pra casa. -Aconteceu alguma coisa Sr. Althea?
Ele me segurava no colo como uma criança pirracenta enquanto eu esbravejava e chingava em inglês a Andréa.
Amanhã vai estar em todos os jornais e você vai saber.
-Se precisar de ajuda pode me chamar sr. Althea.
Ele me carregou e eu ainda bêbada falava em inglês.
-Você pode ficar com ela se quiser se você a quisesse longe já teria lhe dado um fora. Eu comecei a chorar.
-O que que ela tem que eu não tenho? Chorando em voz alta eu mesma respondi.
-Eu sei, eu sei! Ela pode te dar filhos eu não! Sou uma mulher seca, estéril. Por causa do acidente eu não posso ter filhos! Meu avô se vingou de vocês Althea e nunca poderá me devolver porque a essa hora vai gastar uma enorme fortuna se quebrar nosso contrato... E eu chorava. Ele tirou meu vestido, me deu banho e me pôs pra dormir.
Acordei com o corpo pesado. E infelizmente me lembrava de tudo.
Desci vestida no meu roupão depois de um banho, peguei o jornal e la estavamos na primeira página. "Senhora Althea põe rival em seu devido lugar" e abaixo do título a foto em que eu dava lhe um tapa. E então a notícia: "Andréa já tinha sido um afair de Héctor, e que em pouco tempo ele a descartou, porque o que ela quer é dinheiro e aparecer. Apesar de ser muito rica, a herdeira da maior perfumaria da Europa não se conteve e tentou atacar o esposo da milionária Alicia Philipus Althea que não deixou barato e deu um merecido tapa em Andréa Fiouriks. "
-Ai que vergonha!
-Vergonha nada, até a repórter que escreveu isso está a seu favor.
E rimos muito.
Lembrei que havia contado que eu não podia ser mãe.
Comentei isso com Agatha que mentiu dizendo que ele não iria acreditar pelo fato de que eu estava bêbada. Saí correndo pra vomitar me sentia péssima uma bela ressaca...
Me despreocupei quanto ao que eu havia dito. Héctor tinha ido visitar seu pai e eu no quarto vomitando horrores.
Mal sabia que Agatha confirmou toda história pra ele.
Héctor voltou a noite na hora do jantar. Eu comi desesperadamente, mas foi só chegar no quarto que eu vomitei até o que eu não havia comido. Foi assim por dias e Héctor ficou preocupado comigo.
-Estou indo trabalhar. Qualquer coisa, me ligue.
-Sim eu vou ficar bem. Ele saiu do quarto e eu corri pro banheiro pra vomitar outra vez. Não aguentava mais aquilo.

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