Casamento de Mentira

"Pela segunda vez: quer casar comigo?"

Fanfic ChaMel

Capítulo 8

Pov's Chay

Eu estava sentado em um dos sofás da minha casa entediado, havia voltado do trabalho mais cedo e fiquei me perguntando o porquê, já que estava literalmente fazendo nada. As vezes Dadi, a empregada que trabalhava pra mim há anos, puxava um assunto, mas o tédio tinha me deixado de mau humor, então não dava prossedimento ao assunto.

Peguei o celular para ligar pra Laura e no mesmo instante ele tocou, como se eu soubesse que alguém iria ligar. Era a Lua.

-Fala, cherri. -Eu disse

-Oi Chay, tudo bom? -Ela disse

-Na medida do possível. E você? Está bem? -Eu perguntei

-Muito bem, mas não lhe trago boas noticias.

-Fala de uma vez. -Eu disse

-Mon amour, eu conversei com o melhor advogado da Europa, e pelo oque eu entendi, aquele seu advogado cancelou a solicitação do visto de permanência, então teria que solicitar de novo, isso levaria uns dois meses no mínimo.

-Ah não, dois meses... eu estou perdido. -Eu disse inclinando minha cabeça para trás

-Você vai ter que se casar, é a única solução.

-Casa comigo? -Eu perguntei brincando

-Ah claro que sim, vou ir pro Brasil agorinha. -Ela disse e eu ri

-Não consigo pensar em casar nem brincando, pensei que ia escapar de casamento por uns anos por Laura ainda ser casada e me vem essa situação onde não me resta outra saida.

-Chay, você é um homem de trinta e poucos anos, não é mais um garoto. Casamento é o mais comum nessa idade. -Lua disse

-Pra mulher casar é tão fácil.

-Pra homem casar é tão difícil. -Lua disse

-Então você sugere que eu me case de mentira mesmo?

-Sim, Chay. É sua única saída.

-Mudando de assunto, quando você vem pro Brasil, em?

-Breve, meu querido. E faço questão de sua presença na minha chegada. -Ela disse.

-Claro que vou ir receber você, há quanto tempo não nos vemos. Sinto sua falta. -eu disse.

-Também sinto a sua, agora preciso desligar. Tenho que ir para a coletiva de imprensa do meu filme.

-Vai lá, superstar. -Eu brinquei

-Olha quem fala, sei que seu nome sempre está nos jornais de São Paulo, e em revistas também, e olha que você nunca fez filmes. -ela disse

-Mas isso é por causa da influência da minha empresa, a final tenho um projeto muito bom em mãos e estou prestes à fechar negócio com os investidores americanos mais ricos e famosos. Mas enfim, você não estava atrasada? -eu disse.

-Sim, sim. Até breve.

-Até. -eu disse e desliguei.

Passei praticamente a noite em claro pensando na minha decisão, calculei as consequências e as possibilidades, mas eu não achei outra solução, teria que me casar.

Custei a dormir, acordei tarde, tomei um banho rápido, comi alguma coisa leve e fui para a empresa, cheguei lá 10:30.

-Pensei que a bela adormecida não ia acordar do sono profundo. -Sérgio que estava sentado ao lado de Mel disse, então percebi que a mesa da Sophia estava vazia

-Bom dia. -Eu disse de um modo seco, irritado pela brincadeira de Sérgio.

-Bom dia. -Mel respondeu com o modo doce de falar que ela tinha

-Mas onde está a Sophia? -Eu perguntei

-Ela teve que ir ao hospital com a mãe dela que não está bem, mas ela mandou dizer que amanhã mesmo já volta ao trabalho. -Mel disse.

-Diga à ela que quanto à isso ela não precisa se preocupar. Agora gostaria que vocês dois fossem até minha sala. -Eu disse indo pra sala

-Mau humorado pra não variar. -Sergio disse antes de me seguir com Mel

-Então, pode falar. -Sergio disse

-Dona Melanie, eu queria reerguer a proposta do casamento. -Eu disse e ela e Sérgio trocaram olhares- pela segunda vez eu pergunto; Quer casar comigo de mentira, apenas no cartório?

-Eu também pensei melhor naquele dia, e resolvi que eu não estava fazendo o certo. Eu não vou me casar com você. -Ela disse

-A proposta do cheque ainda está de pé, vamos pular a parte em que eu te convenço que você vai poder ajudar sua família? -Eu disse

-Não é por isso, é porque não é certo. Meu pai nunca aprovaria um casamento assim, ele ia ficar uma arara. Fora que eu quem ia sofrer na boca daquela gente fofoqueira. Ia ser literalmente desmoralizada. -Mel disse

-Você não precisa contar à ninguém, acho até bem melhor assim. -Eu disse

-Hora ou outra meus pais iam acabar descobrindo.

-Se você não contar, eles não vão descobrir. Eu realmente preciso da sua ajuda. -Eu disse

-Tudo bem...

-Olha, Chay. Se você desistir dessa vez, eu te jogo de lá de cima do heliporto. -Sergio disse

-Dessa vez não tem volta. Eu preciso desse visto, temos que casar hoje.

-Vai ser um casamento in extremes mesmo? -Sergio perguntou

-O que seria um casamento "in extremes"? -Mel perguntou

-Um casamento de ultima hora, quando um dos noivos está morrendo. É apenas perante um juiz. -Eu disse

-Entendi. -Mel disse- Mas precisamos arrumar as coisas agora então

-Que coisas? -Eu perguntei

-Vestido, fotógrafo. Essas coisas.

-Não será necessário, ninguém vai saber desse casamento. -eu disse

-Mas então não vai ser um casamento. Tudo bem não ser em uma igreja com um padre, mas vestido de noiva tem que ter.

-Concordo. -Sergio disse

-Olha, contanto que eu não veja mais vocês até a noite, está ótimo. Agora vão lá fazer as coisas que vocês tem que fazer. Vai, vai.

-Ta bom, pessoinha delicada. Estamos indo. -Sergio disse levando Mel junto