O que acontecia nos quartos

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Eram cinco horas quando comecei a me arrumar. Tá que não gosto de festa mas já que vou em uma queria ficar linda de morrer, todas às garotas lá no fundo sempre desejam ser a mais diva da festa e eu claro não sou diferente.
Achei que se colocasse calça jeans iria ficar muito normal, além do mas eu já uso calça todas os dias na escola.
Mesmo não sendo uma roupa que eu goste de usar coloquei um shortinho branco curto que minha mãe comprou pra mim e nunca usei, uma blusa estilo ciganinha toda floridinha e um salto alto nude.
Depois parti para dar um jeito no meu cabelo, sempre uso ele em um rabo porque geralmente fica armado devido aos cachos, mas já que era pra ser tudo diferente fiz chapinha s depois enrolei às pontas com babylise.
Passei uma maquiagem marrom não muito forte já que não era pra ir chique e um batom também marrom.
Minhas unhas estavam pintadas de preto, uma cor que acho super difícil para passar, fica tudo borrado e depois dá o que fazer pra sair.
Coloquei um brinco dourado
grande e algumas pulseiras no pulso esquerdo. Prontinho.
Me olhei o espelho e fiquei surpresa, acho que se eu fosse um homem com certeza me pegaria. Sorri satisfeita.
Esperei e esperei, já passava das nove horas quando meu celular vibrou.

Tá pronta?
-Harry.

Já faz 15 minutos
-Tay

:O então sai ak fora pq eu ñ quero dar de cara com a doida da sua mãe
- Harry

Blz, mas a sogrinha vai ficar triste
-Tay

Q se dane
-Harry

Coloque o celular no bolso do short já que odeio segurar bolsa.
- Madeleine!!! Eu estou indo. - disse descendo às escadas.
- Leve a chave, eu não quero ter que acordar de madrugada para abrir a porta, isso é se você voltar para casa.
Isso é coisa de uma mãe falar? É por isso que acho que a minha é louca. 99.9% de todas as mães do planeta falariam "não volte tarde" ou " se eu descobrir que você fez coisa errada te arranco o couro, entendido?!"
- Tá mãe.
Coloquei a chave no meu outro bolso, até porque tinha certeza absoluta de que eu iria voltar para casa.
Harry estava encostado em seu conversível preto do outro lado da rua me olhado descaradamente, faltava só babar.
Sorri maliciosamente.
- Algum problema ?! - perguntei.
- Acho que a gente não vai mas poder ir a festa. - Não! Mas que merda é essa ?! Agora que eu já me arrumei. Aff! - se eu te levar desse jeito vou perder minha namorada nem um segundo.
Ah, era isso.
- Harry aposto que todas às garotas vão estar de saia, shot ou vestido - não tinha certeza mas se alguma das garotas populares estivesse lá (o que era óbvio que sim) iria usar algo absolutamente depravado.
- Pode até ser. Mas não acho qe elas tenham uma bunda redondinha que nem a sua.
Fez um desenho usando às duas mãos no ar, mostrando como era meu corpo. E tenho que te falar que ele fez um quadril enorme, eu não sou tão bunduda assim, na verdade dependendo da calça fico totalmente desbundada.
- Isso não é uma coisa legal de se falar. - disse colocando as mãos na cintura. Acho que devo ter ficado vermelha, ninguém nunca havia me dito que tinha um bundão e pra falar a verdade não gostaria meu Deus é constrangedor.
- Só digo a verdade, se você quiser posso falar das outras coisas também.
- Não, obrigada. Eu não quero saber o que passa nessa sua mente de testosterona. - falei ríspida.
- É, pensando bem talvez você não esteja preparada para ouvir o que se passa no universo masculino. - Aff, eu mereço isso? Ele está me chamando de criança.
- Vamos logo. -sentei no banco ao lado do motorista. - não preciso ficar escutando sua filosofia da masculinidade.
- Pra sua informação é uma ótima teoria.
Ficamos o caminho todo discutindo no quão os garotos são nojentos e invasivos. E sabe o que descubri?! Harry já ficou uma semana inteira sem trocar a roupa de baixo e o motivo que me deu foi que estava faltando água em casa. Dá para acreditar?! Que falta de higiene mano.
- Então estamos chegando? - perguntei pela quinta vez.
- Não.
- Mas isso é muito longe, já estamos nesse carro faz trinta minutos. Desse jeito vamos chegar no final da festa.
- Não vamos não.
- Nããão. - imiteie- você poderia ir mais rápido sabia? - estava andando a 60km/h.
- Não posso ultrapassar dos 100km/h com você ao meu lado.
- Que fofo - apertei sua bochecha - preocupado com a minha vida...
Ele me olhou com uma cara do tipo "do que você está falando?!"
- Não é com isso que estou preocupado. - revirou os olhos-Você fala muito, imagina só se eu me desconcentra-se e batesse o carro? Iria ser uma fortuna para arrumá-lo e meu pai iria me chingar pra caralho.
- Nossa essa magou viu. Eu não tenho valor né. - fingi um chorinho.
- Claro que tem. Tipo se você morresse eu iria chorar.
- É bom mesmo moleque - disse aumentando meu tom de voz - se não chorasse meu espírito iria vir atrás de você e arrancar suas tripas.
- Aí chamo o padre e ele faz um exotismo antes de você me atacar.
- Quem disse?! Eu vou arrancar suas tripas enquanto você estiver dormindo.
- É agora fiquei preocupado. - riu.
Olho pela janela, não estávamos perto da cidade, não dava pra ver casas nem prédios, só mato e algumas vacas pastando.
- Harry. Pra onde a gente está indo?
- Pra chácara do Justin.
Ele tinha uma chácara? Nem sabia isso. Que saco, provavelmente eu vou ficar sobrando, só vai ter popular. Merda.
- É aniversário dele? - se fosse eu não estava vendo nenhum presente no carro.
- Não.. - disse abrindo um sorriso. - a festa é para comemorar a nova equipe de futebol. Por isso que eu disse que não haveria festa enquanto não chegassemos, eu sou o capitão, a festa só vai começar a pegar fofo quando todos os jogadores estiverem lá.
- Ah. - que chatice.
- Alí está.
Apontou para uma mansão branca com três colunas na entrada, um jardim enorme com uma fonte, uma piscina gigante no formato retangular e um trampolim de uns cinco metros.
Tinha alguns carros parados na grama do jardim e uns adolescentes que já havia visto na escola, bebendo diretamente da garrafa.
Algumas meninas estavam na piscina de sutien e outras sem nada. Pra você ver a pouca vergonha desse povo.
O som de um rap alto me ensurdecia.
Puta que pariu, onde é que eu vim parar. EU QUERO MINHA CASA!!!
Harry estacionou o carro perto da fonte e foi descendo todo animado.
- Vamos entrar? - pegou minha mão.
Balancei a cabeça negativamente, não adiantou nada, ele me arrastou para dentro mesmo assim.

***
Não demorou muito pra que eu começasse a sentir um cheio forte, drogas. Onde é que estavam os país do Justim? meu Deus, se a polícia parasse aqui estaríamos todos presos.
- E aí cara?!- O anfitrião vem nos cumprimentando - até que que enfim você chegou, toma aqui essas bebidas - entregou-lhe dois copos azuis de sabe lá o que e saiu.
- Tó pra você - ofereceu-me um dos copos.
- Eu estou tomando remédio - claro que era mentira, mas como é que iria bolar um plano para sair da festa se não estivesse lúcida?
- Sei. - duvidou - melhor pra mim, eu bebo os dois.
O que esse moleque tinha na cabeça? Bosta? Se ele ficasse bêbado quem é que iria voltar dirigindo?
- Eu vou dar uma volta - precisava sair daquele cheiro ardente ou meu nariz nunca mais iria ser o mesmo.
- Okay, eu vou falar com o time. Te encontro aqui?
Nem o respondi, precisava de ar fresco. Sai pelos fundos da casa, queria ficar sozinha, aquilo não era uma festa e sim tudo que eu ódeio só que junto, rap, populares, bebidas, drogas e pessoas se catando discaradamente.
Atrás da casa tinha um banquinho de madeira branco e para minha alegria não tinha ninguém se beijando por lá. Deitei-me no banco e feche os olhos, ficaria lá o maior tempo possível.
Senti algo molhado no meu pescoço, subindo para minha boca. Abro os olhos e dou de cara com um doido me beijando, claro que eu o empurrei para trás mas como estava sem espaço para desviar e ele era mais forte que eu então tive que usar minha inteligência, comecei a corresponder seus movimentos e quando ele parou de me segurar forte, aproveitei a oportunidade para chutar sua barriga e me livrar dos seus braços suados.
Sai correndo para dentro da casa, tinha acabado de dar meu primeiro com um cara bêbado que nem era bonito. Pelo amor de deus! Não acredito que esperei por tanto tempo para isso acontecer assim.
Fui para a sala procurar por Harry, que havia dito que estaria lá, porém como já era de se esperar ele não estava.
Subi as escadas, mesmo não gostando de ficar muito perto dele o que iria me acontecer se continuasse sozinha com um bando de drogados circulando por aí?
A parte de cima da casa era tão grande quanto a de baixo , todas as portas estávam fechadas. Comecei a abri-las na esperança de encontrar Harry atrás de uma mas não foi bem assim que aconteceu.
A primeira porta dava para um banheiro onde duas garota estavam deitadas no chão desmaiadas com um poça de vômito ao lado.
Parti para a segunda, mas acho que foi uma das coisas mais vergonhosas das quais já passei na minha vida. Assim que a abri vi um cara chupando os mamilos de uma garota loira enquanto uma segunda tirava a blusa para se juntar a eles na cama.
- Quem é você? - a menina que estava em pé pegunta.
- E-eu ...- aimeudeusdoceu que vergonha.
- Quer se juntar a nós gata? - o garoto me encara esperando resposta, nem ligando pelo fato de estar pelado.
- A-ah. Não valeu.
Fechei a porta rapidamente, que mico! Pelo menos nenhum deles me conhecia.
Não iria abri as outras portas, era melhor mandar uma mensagem para o para o idiotinha que me trouxe aqui nessa merda.

CADE VOCÊ ?!?!?!?
-Tay

RESPONDE!!!
-Tay

Aqui fora
- Harry

Desci as escadas tomando cuidado para não torcer o pé com meu salto alto.
As latas de cerveja cobriam toda a grama.
Pra todo lado que se olhava tinha gente se agarrado, fumando, bebendo e a piscina estava abarrotada de gente.
Demorei um pouco para visualizar Harry, que estava conversando com uns garotos bebendo diretamente da garrafa. O que esse idiota pensa que está fazendo? E depois vai dirigir bêbado? Arg, cade o cérebro dessa pessoa?!
-Harry! - coloquei a mão em seu ombro- eu quero ir embora.
- O quê? mas ainda é 1:42.
Ainda?! Pra mim isso é muito tarde.
- É princesa, eu nem vi vocês dois subindo as escadas para os quartos. - Justin cai de paraquedas na conversa.
Nem pensei duas vezes antes de dar um tapa na cara dele, não me importa se ele era popular ou não. Eu a sabia o que acontecia naqueles quartos, parecia um prostibulo e eu JAMAIS iria me deitar naquelas camas.
- AÍ. - pôs a mão direita em sua bochecha.
- Harry, vamos.
- Ah, qual é.
- Harry Styles! Por favor. - isso soou mais como uma ordem do que um pedido.
- Cara se eu fosse você obedecia a sua namorada - diz Justin esfregando sua bochecha marcada pelos meus cinco dedos.
Harry não disse nada só ficou me olhando como se eu fosse louca. Isso porque EU era a única normal naquele lugar.
Virei-me e fui em direção a estrada, se ele não queria me levar tudo, ia andado.
- Espera! - Harry veio atrás de mim segurando a chave do carro- Eu te levo.
- É bom mesmo, além do mais é sua obrigação. Você que me trouxe aqui. - disse brava.
- Vix, o que aconteceu pra você estar tão nervosinha ?
- Acho que o correto é perguntar o que não aconteceu. - apontei para sua cara com o dedo indicador - nunca mais me traga mais numa festinha desse tipo, Styles! E me passa as chaves do carro.
- Por que?
- Você bebeu que nem um bode velho seu idiota, se a polícia parar você está perdido, sem falar que eu não quero morrer.

Entre as linhas do destino [HS] CONCLUÍDATempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang