Capítulo VII: A Minha Amiga.

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Antes de ir para a aula, meu pai quis falar comigo:
-Filha, escuta aqui, sua mãe não está sabendo disso, mas toma aqui seu celular de volta.
-Sério isso? Obrigado pai, obrigado mesmo. - e o abracei.
-Agora vá para a escola antes que se atrase.
A caminho da escola, passei em um barzinho e coloquei R$20,00 de créditos. Chegando lá, fui direto pra sala. Robert não havia ido. Mas no final, na saída ele veio.
-Aonde você estava? - perguntei.
-Ah liga não, é por causa de umas coisas que estão acontecendo.
-Hum, qualquer coisa pode contar comigo.
-Sim, pode deixar. Viu, queria ficar aqui com você, mas tenho que ir, você vai ficar bem?
-Sim, qualquer coisa aqui está meu número.
-Pensei que essa pequena era da idade da pedra- rimos.
-Bobo.
-O bobo que gosta muito de você. Mas por que fugiu ontem? O que eram aquelas marcas no seu braço?
-Não é nada, não quero falar disso agora, beleza?
-Tá bom. Vou indo então. - e nos abraçamos.
Chegando em casa, como sempre sozinha, aproveitei para ir falar com a minha melhor amiga, mas levei uma baita surpresa, durante todo esse tempo, ela havia me mandado diversas mensagens, ela havia precisado de mim. E o que eu temia havia acontecido, ela tinha tentado se suicidar.
-Meu Deus, por que isso?! - e comecei a chorar.
Minutos depois, percebi que a mãe dela tinha tentado me ligar, liguei de volta.
-Oi sra. Dickman...
-Olá Catherine, soube do que aconteceu?
-Soube sim, como ela está?
-Graças a deus, ela está só em coma, mas corre risco de morrer ainda, pois se jogou da varanda do 5° andar.
-Por que ela fez isso? - Já estava chorando de novo.
-Não sei...
-Não vou deixar as coisas assim, vou dar um jeito e irei até aí.
-Menina, você está maluca? Você está muito longe daqui.
-Sra. Ela é a única pessoa que eu tenho. Ela é muito importante pra mim, não posso deixar ela assim.
-Ok, mas isso será responsabilidade sua, conheço o jeito de seus pais.
-Sim sra. Claro. Qualquer coisa me avisa.
-Ok Catherine, se cuida.
Depois disso, não conseguia entender o por que, como eu a amo, eu não posso deixá-la assim. Darei um jeito.
Quando meu pai chegou em casa, tentei conversar com ele, mas ele estava muito ocupado, e minha mãe nunca deixaria. Então, resolvi escutar música, e pensar, até que adormeci.

Pequena DepressivaWhere stories live. Discover now