Conhecendo a Equipe [REVISADO]

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Malignétrica:

Era uma simples tarde nublada, a pequena Allice Dubvouyer brincava no lago que havia em sua casa no interior de uma cidadezinha da França.

Era uma tarde comum, sem nada de especial, a não ser o belo lago que convidava a garotinha loira a mergulhar. Os pássaros cantavam uma doce melodia. Allice podia claramente ouvir a voz de sua mãe ecoar de dentro da casa. Vai chover, meu amor!" ela dizia.

A menina sapeca mergulhava cada vez mais fundo quando sua mãe pedia para que saísse. Ela não tinha culpa, queria apenas se divertir em meio àquela água gostosa. Era uma água gelada, e ela gostava daquilo.

"Querida, entre!" era o que Marrie Dubvouyer dizia para Allice. No momento a pequena garota observava os dois pássaros azuis em uma das árvores dali. Ela imaginava se eles estavam conversando, e se sim, o que estavam dizendo.

Entre várias brincadeiras sapecas da pequena dentro da água, Allice percebeu que o céu ficou completamente negro com nuvens pesadas de tempestade sem que a percebesse.

Porém seria impossível que aquelas nuvens estivesse lá. Bem, considerando o dia já nublado.

Allice ficou com medo. Qualquer criança ficaria.

Sua mãe já não estava lá. Allice implorava para ouví-la mandar sair da água. Ela não estava lá.

Allice estremeceu ao sentir o vento gelado passar por seu corpo.

A menina maneou a cabeça e determinada se pôs a nadar para a margem do pequeno lago que mais parecia uma imensidão.

Os respingos de chuva faziam a água tremeluzir, como se vibrasse de alguma forma.

"Vamos lá, você está quase lá!". Era o que a doce criança pensava enquanto usava todas as suas forças para escapar.

A menina pôde ouvir algo, era a sua mãe chamando por ela. Allice queria gritar que logo estaria na borda para em seguida tomarem juntas o seu precioso chá de limão do fim da tarde. Era algo realmente sagrado para as duas.

Até que tudo ficou turvo e um estrondo do tipo mais amedrontador se fez presente. O berro de sua mãe era quase tão alto quanto aquele raio, ou aqueles raios. Eram vários os que tocaram o lago e levaram a pequena Allice Dubvouyer até a parte árida do pequeno lago de sua casa.

Allice ficou submersa na água enquanto do lado de fora, sua mãe assistia tudo desesperada por não poder salvar sua pequena.

Os raios passaram e rapidamente Marrie retirou sua filha, sua esperança havia escapado. Sabia que ao encontrar a pequena, ela estaria morta, porém não foi isso que aconteceu.

Allice estava ilesa, assustada, mas ainda assim ilesa. Não havia um arranhão sequer em seu corpo.

Ela chorava enquanto era amparada por sua mãe.

Allice ou Marrie não poderiam imaginar o que aqueles raios eram, na verdade Marrie poderia ter alguma noção, mas jamais queria que aquilo acontecesse com a sua filha, aquilo não.

Dias depois de seu acidente, Allice notava coisas um tanto diferentes acontecendo, como quando o relógio de seu quarto que corria os ponteiros mais rápido do que o comum quando ela estava perto. Ou como a sensação que tinha em suas mãos, era algo bom, algo que gostava de sentir.

Até que mais uma tempestade atingiu sua cidade. Diferente do dia de seu acidente no lago, aqueles trovões e raios eram diferentes, ela gostava de ouví-los, queria mais.

Suas mãos estavam com aquela sensação, e precisava sentir mais daquilo. Um trovão mais perto pôde ser ouvido, era como uma música.

"Pare!" era o que Marrie dizia para sua filha. Ela sabia exatamente o que estava acontecendo com Allice. "Parar com o quê?" a menina era inocente demais. Só naquele momento percebeu o excesso de energia nas luzes de seu quarto. Naquele momento ela percebeu que todos aqueles raios eram provocados por ela mesma.

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