O orfanato

Bem vindos

     Eles chegaram ao orfanato. Era um edifício controlado por freiras,  muito velho e sem cor. Quando entraram viram as crianças que lá estavam, paradas a olhar para eles como se há muito tempo não vissem ninguém atrás.

      - Não gosto de estar aqui...- diz Hide.

      - Não tens muito por onde escolher.- responde Misaki.

       - Meninos!- chama a diretora. Vou-vos mostrar os vossos quartos, sigam-me.

       Eles seguiram a diretora até à parte de cima do orfanato e entraram nos seus quartos. Os quartos tinham uma aparência do séc. XVIII e cheiravam àquele perfume que os bisavós usam. As camas eram feitas de madeira já meia podre e tinha apenas duas secretárias ao lado de cada cama.

       - Ah.-continua a diretora. É verdade, não entrem no anexo do sótão e quando digo não é nunca, jamais , em nenhuma situação entrem lá.

         Os irmãos concordaram meio que confusos. A noite chega e Misaki não consegue dormir. Ficara acordada o quarto.

           Chega a manhã  e estão a caminho da cantina quando um miúdo diz-lhes que uma menina de 7 anos houvera morrido nessa noite com partes do corpo arrancadas:

             - Er.. Que nojo , como sabes?

              - Eu ouvi dos médicos, segundo eles , nenhuma ferramenta poderia ter feito aquilo. Já s-sabem da lenda , certo?

               - Não entramos ontem , há uma lenda?

               - Isso faz a lenda...

               - Explica-te!

               - Dizem que pouco depois do orfanato abrir, e 1856, uma jovem e o seu irmão foram para este orfanato, depois de retirarem guarda aos pais, devido ao alcoolismo e aos maus tratos. Eles vieram e estavam felizes, até que o irmão mais velho da rapariga morreu de uma doença ganha lá no orfanato. A irmã nunca mais foi a mesma. Um dia encontraram-na no quarto morta, suspeitaram de suicídio.

                - E qual a lenda?

                -  Após os irmãos terem morrido, mortes estranhas começaram a acontecer. E dizem que o próximo casal de irmãos entrar, o caus iniciará. Por isso é que as crianças ficaram a olhar para vocês.

                - E tu acreditas?

                 - Nunca fui muito crente, mas há quem acredite... Bom tenho de ir depois falamos, ahmm...

                 -Misaki e tu?

                 - Hiroshi , t'chau Misaki!

                 Misaki continuou o percurso e foi tomar o café da manhã junto com os outros. Ela ficou a pensar na história.

                  Após comer, foi ter com o Hiroshi e disse-lhe:

                  - Tenho uma ideia, vamos ao sótão!

                  - Estás a brincar é proibido!

                  - Bom, as irmãs devem ter um chave, não é?

                  - Er... Sim...

                  - Vamos.

                   Eles entraram numa sala de reuniões das freiras que tomam conta do orfanato e em pés de lã, lá conseguiram tirar um molho de chaves. Eles subiram o longo caminho de escadas até ao sótão até que chegaram á porta e começaram a tentar todas as chaves até que:

                   - É esta!

                    - Abre Hiroshi!

                    - Vês não há nada com que...

                    - CUIDADO!