Sussurros Dos 12 Anjos

18anos

- Surpresa. - disse meu pai entrando no me quarto segurando bolinho com cobertura azul e uma velinha amarelo no topo. - Annabelle acorda.

   Meu pai puxa as cobertas de cima de mim me fazendo se encolher como um tatu.
06 de outubro de 2013 domingo, meu aniversário de 18anos. Todos os anos meu pai vem ao meu quarto me acorda pra ser o primeiro a me desejar os parabéns, Scarlet - minha melhora amiga - não gosta quando ele faz isso ela sempre quer ser a primeira mas nunca consegui.
- Filha acorda vamos. - disse meu pai puxando o dedão do meu pé esquerdo e ele sabe que isso é uma tortura pra mim então me levanto na hora, por que depois do puxão vem a coisa que eu mais odeio, cócegas.
- Já levantei. - disse meio sonolenta, me sento na cama passando as mãos pelo cabelo, que deve está um desastre, e dando o maior bocejo do mundo. - Qual é pai e domingo quem acorda tão cedo no domingo. Só você mesmo né.
- Para de ser rabugenta é seu aniversário e não pode passa o dia inteiro dormindo. - Disse meu pai me dando um beijo na testa e se acomodando do meu lado na cama, ele estava segurando um bolinho e me entregou. - Feliz aniversário filha.
- Obrigado pai. - disse o abraçando. - Te amo pai.
- Também te amo filha. - sussurro no meu ouvido.
Em todos os meus aniversário sempre imaginei minha mãe e meu pai entrando no meu quarto me desejando feliz aniversário e me abraçando. É mais isso só vai ficar na minha cabeça mesmo e o único desejo que nunca vai se realizar.
Enquanto comia o bolinho meu pai me observava sorrindo.
- O que foi pai? - perguntei de boca cheia.
- Você. - ele disse. - Tem 18 anos mais ainda continua aquela garotinha de 6 anos, que se lambuzar toda pra comer. Você tá com glaser no nariz.
Limpei meu nariz com a manga do pijama enquanto isso ele ria da minha cara.
- hahaha palhaço. - peguei um pouco de glaser com o dedo e passei na cara dele. - Agora quem está rindo em.
- Cada dia que passa você fica igual a sua mãe. - disse meu pai limpando o rosto com a mão.
- Mamãe fazia isso?
- Fazia. - disse meu pai dando um suspiro longo.
Meu pai não me contava muita coisa da minha mãe muito menos se desfazer das coisas dela. No banheiro do quarto dele ainda tem coisas dela como escova de cabelo, escova de dente, cremes e até mesmo a toalha dela. Só pra ter uma idéia a primeira vez que vi uma foto da minha mãe foi no meu aniversário de 15anos quando ele me deu também a aliança dela que eu uso até hoje. Ele não consegui se desapegar das coisa dela, ele não aceita que ela se foi. Sei pouca coisa da minha mãe, ela foi adota quando criança se formou com a melhor aluna no ensino médio e na faculdade, sei que ela era fera em matemática, muito diferente de mim, e que ela adorava tulipas amarelas assim como eu.
- Vamos se arruma que eu quero leva você pra tomar café fora. - disse meu pai levantando.
- Pra onde você vai me levar?
- Nada disso e surpresa.
- Ah! Qual é.
- Se quer sabe. - disse meu pai da porta. - Levanta dessa cama se arruma e desça. - e se foi com um sorriso.
Olhei pro último pedaço do bolinho e comi.

A última vez que meu pai me fez uma surpresa foi no meu aniversário de 15 anos. Eu tinha dito a ele que não queria nem uma festa de 15anos disse que só queria passa como se fosse um dia normal e não aquelas festa exageradas de vestido e frufrus.
" Pra que isso tudo".
Mais vai entender os pais né parecem que eles não ouvem a gente.
No final ele acabou fazendo uma festa mais não a FAMOSA festa de debutante, foi um churrasco no nossa quintal com os amigos da minha mãe e dele e os meus únicos amigos Scarlet e Alec. Esse dia foi divertido principalmente na hora da valsa, e a música foi tema lago dos cisnes, e minha história preferida, dancei com o meu pai e ele me deu o melhor presente que eu já ganhei.
- Sei que se eu compra se um anel caro de debutante você ficaria chateada. - meu pai estava sussurrando no meu ouvido enquanto nós dois dançavam. - mas... você é minha filha e eu gasto o quanto eu quiser. Por isso que eu estou dando uma coisa valiosa tanto pra você e pra mim.
Ele me entregou uma caixa de veludo azul bebê e lá dentro tinha a aliança da minha mãe com o nome dela dentro e fora o meu nome. Quando coloquei promete nunca mais tira lo.

Demorei 15 minutos pra tomar banho e me arruma, deixei meu cabelo solto vestir uma calça jeans e uma blusinha branca e camiseta xadrez vermelho e preto e meu tênis. Peguei meu celular no criado mudo e desci.
- Pai já estou pronta. - desci a escada distraída quando levei um susto com um coro de "parabéns pra você" me pegou de surpresa.
Meu pai os amigos dele da minha mãe e Scarlat e Alec, que estavam segurando um bolo de chocolate e cereja. A sala inteira estava decorada com bexigas de todas as cores tanto no teto e no chão. Todos estavam com chapéus pontudos de aniversário.
- Vai Anna - gritou alguém no meio da sala. - apaga a velinha.
- Mais faça um pedido antes. - disse Alec.
Eu só tinha um pedido que era impossível se realizar minha mãe de volta.
A paguei a velhinha e todos bateram palmas e vieram me abraças em seguida alguns era bem exagerados nos Abraços, me abraçavam tão forte que eu pensei que não ia passa desse aniversário. Quando foi a vez dos meus dois melhores amigos eles me abraçaram juntos.
- Parabéns Anna. - disseram os dois juntos um em cada ouvido. - Foi seu pai que planejou tudo isso.
- Meu pai e suas idéias. -disse vendo meu pai do outro lado da sala conversando com Michel, um amigo da faculdade.
- Ele estava tão empolgado com a surpresa se não faz idéia. - disse Alec segurando a mão da Scarlat.
Os dois são namorados desdo dia em que eu os conheci.
Scarlet pegou na minha mão e me levou até o sofá.
- Queremos ser os primeiros a te da presente. - disse Scarlet com sua voz de anjo olhando pro meu pai com se a qualquer momento fosse declarado uma guerra. - Já que não fomos os primeiras a te dar os parabéns.
" O que foi que eu disse".
- Vocês sabem o que eu acho dos presentes. - disse.
- Sim sabemos mas não damos a mínima pra isso. - disse Scarlet com desdém. - Por que o dinheiro é nosso e fazemos o que bem entendemos com ele.
Olhei pro Alec e ele simplesmente deu de ombros.
- Então tá né.
Eu era contra o presente eu já tinha de tudo o melhor pai do mundo dois melhores amigos e uma família que fez uma festa surpresa mesmo eu não querendo uma festa. Não precisava de mais nada além da minha mãe.
Scarlet me entregou uma sacola dourada.
- Espero que goste. - disse ela com um sorriso enorme no rosto tipo o gato da Alice. Era assustador. Não discute e abri o presente que era uma caixinha branca, olhei pra ela não acreditando no que ela fez, - Abre logo A.
Ela só me chamava de A quando estava perdendo a paciência.
Então abria a caixinha.
Dentro tinha uma pulseira de prata com um pingente de asa de anjo. Todo mundo sabia que eu não acreditava de jeito nem um em anjos mais aceite o presente mesmo assim era lindo perfeito e ela deveria ter custado os olhos da cara.
- E lindo Scarlet. - disse me levantando pra abraça lá. - Obrigada.
Deixei que ela coloca se a pulseira no meu pulso.
- Agora é minha vez. - disse Alec me entregando uma outra sacola de presente só que era pratiado e dentro tinha um diário de capa dura de veludo preto, com uma letra A enorme na capa e um cadeado de senha era coisa mais linda que eu já vi.
- E lindo Alec obrigado. - o abracei.
Alec me deu um cartão vermelho.
- o que é isso?
- Uma coisa que eu achei e você pode colocar aí dentro. Mais só abra a noite.
- Tá bem.
- Hora de corta o bolo! - meu pai grita da porta da cozinha com uma faca na mão. - Por que não sei vocês mais eu estou morrendo de fome.
Todos da sala riem.

Depois de todos comerem bolo e repetirem mais de uma vez, porque o bolo estava divino, e de me entregarem presentes com a desculpas de que "são coisas que uma garota de 18anos precisa" dançamos feitos loucos na sala e tirei tantas fotos que eu pensei que fosse uma celebridade, depois disso tudo, todos foram embora.
Estava escovando os dentes quando meu pai entrou no meu quarto com embrulho do tamanho de quadro.
- O que é isso? - disse cuspindo na pia do banheiro.
- Meu presente pra você. - disse ele colocando o presente em cima da minha cama. - Por que achou mesmo que eu tivesse esquecido?
- Aí pai você nunca esquece, mesmo eu não querendo presente. - disse o abraçando por trás. - Sabe que você me da presente todos os dias... que disse que me ama.
- hmm que presente sem graça.
- Um presente sem graça que planeja uma festa surpresa e chama meus dois melhores amigos. - disse me afastando pra olha lo nos olhos. - E também acho sem graça.
Meu pai me dei um beijo na testa.
- Tá chega desse bla bla bla. - disse meu pai me pegando pelo ombro e me virando pro monstro presente na minha cama. - Abre.
Comecei abri bem devagar, só pra irritar meu pai, mais depois comecei a rasga tudo de uma vez.
- Pai.

O QUE SERÁ?