capítulo 6- Quem são eles?

80 4 2
                                    

Ficamos assim por uns instantes, a olhar-nos o tempo naquele momento parecia parar. Ele pousa a sua mão sobre a minha cintura e seguimos para dentro do salão.

Procurei pelas pessoas que estavam sentadas nas mesas, por Evelyn e a sua família.

-Desculpa nem me apresentei, sou o Gabriel. - continuando a andar pela sala a meu lado.

-Eu sou Pandora.

Ele ia sentar-se na mesa ao lado quando para de repente, quando ouve o meu nome, ficando perplexo. Olhei-o admirada pela sua reação.

-Passasse algo? Perguntei-lhe.

-Nada, nada.

Afastou-se e foi sentar na sua mesa e eu fiz o mesmo. Ajustei o vestido e arrumei alguns meus caracóis e dirigi para a mesa.

Estavam todos bastante animados.

-Desculpem a minha demora.

-Não tem mal.- da um pequeno encontrão nela.

Jantamos ao som de música clássica. A meio do jantar o Sr. Kayle faz um discurso, que por si só foi demasiado lamechas e um pouco de egoísmo lá pelo meio, mas posso só ser eu com opinião visto que todos os presentes aplaudiram com grande entusiasmo. Veio sentar no seu lugar, mas antes que pudesse realmente sentar-se o Gabriel interrompeu dizendo que precisa de falar com urgência com o Sr. Kayle. Pedido permissão e afastou-se da mesa.

Continuamos a conversa, mas não consegui concentrar no que estavam a dizer, estava demasiado interessada no que teriam de tão urgente para falar.

Sim não é todos os dias que te dizem que os teus olhos te fazem lembrar "ela" e claro não é todos os dias que quando dizes o teu nome e alguém que está a ser bastante atencioso fique com ar de surpreendido e do momento para outro fica completamente estranho. Que poderia estar a acontecer que lhe esta a escapar, tudo neste fim-de-semana está a ser bastante estranho, demasiado até.

A noite estava quase a terminar e eu não aguentava mais estava cansada, já tinha bebido algumas bebidas e acho que está na hora se ir embora. Levantei da mesa coloquei o guardanapo que mantive a noite toda sobre o colo na mesa.

-Evelyn eu vou andando, estou cansada. - pondo mão sobre o ombro dela para chamar a sua atenção.

-Já vais, queria ficar aqui só mais um pouco. - olha me e faz um sorriso rasgado.

-Está bem eu vou sozinha. Dei-lhe um beijo e segui.

Passei pela mesa onde se encontrava o Gabriel e a sua família, sem dar por mim estou a olhar para ele e ele segue-me com aqueles olhos verdes profundos, saio pela porta e esta um pouco mais frio, quando passo pelos seguranças que estavam lá fora sinto um ar quente vindo de trás e agarra-me pelo braço não com muita força mas o suficiente para que fique com o braço um pouco vermelho.

-Olha toma o meu casaco. - despe o casaco e poe sobre os meus ombros.

Ajeitei o casaco e agradeci.

-olha obrigada pelo casaco a sério, mas eu vou para casa. Ate outro dia então.

Retornei a minha caminhada e que até a casa de Evelyn ainda era uma boa distância de onde me encontrava.

-Mas pera, posso ao menus acompanhar-te até casa? Sabes por estes lados de Nova York é perigoso andares sozinha.

Parei e olhei para trás, pensativa se devia aceitar ou não a sua oferta. Talvez não deva aceitar ele é muito atraente e atencioso, mas não sei pode simplesmente ser farça. Ou talvez é melhor aceitar não conheço nada por estes lados ia acabar por me perder qualquer das formas. Ele Continuava ali especado com um sorriso e dirigi-me ate ele.

-Pronto está bem, aceito.

Fomos caminhando por ruas ainda com bastante gente a andar numa algazarra. Nós conversamos sobre musica, arte, animais e até de como é viver neste lado da cidade, mas nunca abriu a boca sequer para falar uma palavra sequer da sua família, ou de qualquer relação de parentesco. Sei que só nos conhecemos agora mas é estranho ele é um rapaz misterioso, assim como os seus olhos, na noite fria fazia sentir-se algum vento e alguns dos seus caracóis castanhos claros esvoaçavam. Entramos por uma rua que já não tinha ninguém além de nos, o som do vento as nossas respirações e a luz fraca de alguns candeeiros da rua, no meio daquele silêncio ele decide falar.

- Os teus olhos e os caracóis são tão parecidos ou iguais, puxa como é possível.

- Estas a falar de quem Gabriel?

-Nada, de ninguém esquece o que eu disse.

Segundos depois daquela de novo estranha frase, alguém me agarra violentamente contra si e por instante penso em gritar, mas depois vejo o Gabriel exatamente na mesma situação e reconsidero, pelo que consigo perceber tenho uma faca apontada na minha garganta, tento soltar-me, com a força que o homem esta a fazer sobre mim tenho os braços magoados, a dor é imensa o medo de morrer ali mesmo degolada e ver o Gabriel a ser violentamente espancado as lágrimas começam a tomar conta de mim. Ainda consigo dizer algumas coisas.

-Quem são vocês? - digo agora com a minha cara contra a parede e o homem a amarrar-me.

-shiii, aqui quem faz as perguntas sou eu. - com a faca a pontada para mim e a atarme as mãos e no qual me estava a magoar.

Volta-me para si, mas, ainda contra a parede pede-me para que olhe para o meu amiguinho. Não podia acreditar no que me estava a acontecer, esta manha estava muito bem na mansão dos González com a minha melhor amiga, no final da noite estava a ver o Gabriel a ser espancado. Ele que só conheço desta noite, as minhas lágrimas agora mais abundantes eu chorava soluçava, ver ali o Gabriel a se esvair em sangue e contorcer-se todo a gritar, mas aqueles homens não paravam. Gritava para que paracem com isso, nas foi justamente ai que um outro homem chega mas este não estava encapuzado como os outros três, veio direito a mim tapa-me a boca com algo e deixei de ver tudo e ouvir.

Demorei bem mais tempo do que esperava mas aqui esta ele. Espero que gostem, deixem ai nos comentários o que estão a achar, o que devia melhorar ou se está bom. E se gostarem basta dar uma estrelinha.
Ate Domingo.

Com Amor Angeles <3

PandoraWhere stories live. Discover now