Atitudes Impensadas, Consequências Brutais

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Elena se levanta da cama rapidamente, veste um jeans qualquer, apanha o casaco mais grosso de seu guarda-roupa e coloca por cima do pijama, saindo sorrateiramente de casa, não percebendo que a mãe estava ausente. Ela não podia se conter, desde o momento em que aceitara a ideia de ir até La Push, uma onda avassaladora de ansiedade a inundou, e agora lá estava ela, procurando uma condução pública que a levasse até a reserva.

Depois de horas pedindo informações e de muito dinheiro gasto para chegar até o local, Elena finalmente pisa nas areias de La Push, bastando-lhe apenas alguns minutos de caminhada, para que seus olhos contemplassem a silhueta forte e esbelta do Clearwater.

Harry estava a caminhar na praia aquela manhã, depois da visita inesperada de Lyssa. Ele chutava a areia descontraidamente enquanto andava e, logo atrás, vinham Hana e Paul em seu encalço, o vigiando e conversando sobre coisas triviais.

― Não acredito nisso! – diz Paul, sendo o primeiro a vê-la.

Hana apenas segue o seu olhar, surpreendendo-se imensamente com o que via, afinal, o que Elena estaria fazendo ali? Paul bufa de repente, incomodado com a petulância da humana em aparecer por ali, depois de fazer tanto estrago na vida de seu amigo.

― Harry, é melhor voltarmos! – propõe Hana.

― Por quê? – Olha para trás sem entender.

A cherokee nada responde, quanto Paul observava a humana descaradamente, fazendo com que o mestiço acompanhasse seu olhar e se deliciasse com a imagem de Elena. Por um segundo, ele pensou se tratar apenas de uma miragem, mas quando seu coração bateu forte em seu peito, Harry percebeu que aquilo era bastante real. Suas pernas se movem lentamente em direção a ela, enquanto sua mente se beneficiava com a ideia de que ela havia finalmente voltado para ele.

― Não mova nem um músculo! – rosna Paul, fazendo-o parar. – Você volta comigo para casa, agora mesmo!

Harry sabia que o amigo estava tentando protegê-lo, para assim preveni-lo de uma crise com o seu imprinting, entretanto, cada célula de seu corpo gritava enlouquecidamente por ela, e o mestiço precisou de muita força de vontade para conter os impulsos de seu coração e girar o corpo para ir embora.

― Harry – grita Elena –, espere!

Ele podia sentir seu corpo todo se arrepiar com o som de sua voz e sua fera estremecer dentro de seu peito. Harry tentava não pensar nela, pelo seu próprio bem, mas, quando não conseguia, sempre almejava por aqueles lábios dizendo o seu nome novamente...

Paul agarra o braço do mestiço fortemente, pois sabia que ele estava hesitando e que correria para ela a qualquer momento, se não fosse impedido. Elena o chama outra vez e Harry não resiste ao impulso de olhá-la, mesmo sendo arrastado pelo quileute. Porém, ele se afastava cada vez mais, fazendo o peito de Elena se comprimir e suas pernas correrem em sua direção.

― Fique onde está! – ordena Hana se colocando à frente da humana e fazendo-a parar.

― Eu quero vê-lo, quero falar com ele! – Tenta passar pela cherokee, mas é detida pelo braço. – Quero saber se está bem. Naquele dia, na floresta, ele parecia sofrer – justifica.

― Parecia? – Ri sem humor. – Você realmente não entende, não é?

― Entender o quê?

― Você faz mal a ele! – lança subitamente, como se fosse algo óbvio. – O que veio fazer? Rejeitá-lo e deixá-lo a beira da morte? Fazer com que se lembre de você para que o imprinting o sufoque novamente?

Elena olha-a confusa por alguns instantes. Aquelas eram acusações que não conhecia e Hana logo percebe que a magia causadora daquilo tudo nunca havia sido explicada a ela.

Leah 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora