Forcefield theory • zayn

Capítulo 2 - Dentro e fora do planejado

Música - Trying to be cool, Phoenix (ousando bonito na música hahaha)

Capítulo 2 - Dentro e fora do planejado

Apesar de ainda estarmos na primeira semana o professor de literatura já havia passado um projeto. Este seria feito em partes, a cada mês entregaríamos uma resenha crítica de uma obra relacionada a cada período literário estudado. O professor queria tentar estimular a leitura, o que no meu caso daria certo, pois eu leria mesmo os livros. Sobre o resto da turma... Bem, o Google e os infinitos resumos não os deixaria na mão. Faríamos em dupla, a primeira escolheríamos e as outras 5 seriam sorteadas. Obviamente escolhi Waliyha, éramos daquele tipo de dupla que definitivamente funcionava para trabalhos em grupo. Como queríamos adiantar a escolha pelo menos das primeiras obras (e também éramos nerds) marcamos na casa deWaliyha quinta depois do almoço. Sim, a idéia tinha sido minha.

Minhas preces foram atendidas quando Zayn atendeu a porta sem camisa, a segunda parte foi um bônus, pois nem nos meus sonhos mais perfeitos sonharia com isso (mentira). Notei uma tatuagem em um lugar que eu nem deveria estar olhando, inclusive. Não que eu não pudesse olhar para a sua clavícula, a questão é que eu nem deveria estar olhando pra ele. Enfim, parecia ser algo escrito em árabe, como não sei nada do alfabeto árabe não consegui traduzir. Então Zayn agora tinha uma tatuagem... Interessante.

Eu deveria ter dito algo, mas gaguejei quando ia tentar. Ele me ignorou completamente e em seguida gritou o nome da sua irmã. Nisso deu espaço para que eu entrasse, virou de costas e me deixou ali ao lado da porta aberta. Observei-o subir as escadas cruzando com Waliyha.

-Ignore esse ser. - ela se referiu ao Zayn e revirou os olhos, em seguida fechou a porta da entrada que eu deveria ter fechado antes. Na verdade, quem deveria ter fechado a porta era o Zayn, mas tudo certo. Encontrar com ele é sempre um banho na sua auto-estima, cada vez eu acreditava mais que tinha o poder da invisibilidade.

Sentamos na cama de Waliyha com a pretensão de escolher o livro que leríamos, mas ficamos séculos comentando sobre a primeira semana de aula. Comentei inclusive sobre a detenção e o tal do "Tomlinson".

-Esse menino era amigo do meu irmão, na época que ele tinha amigos, é claro. - ela deu de ombros como se dissesse "quem entende". É, eu não entendi. - Ele é bonito, Soph, bem bonito.

-Uhum... - disse como se não tivesse importância, o que na verdade não tinha mesmo, era ótimo pra olhar e só.

-Uhum, nada... Ele deu em cima de você... Veterano, hein, amiga. - ela disse querendo insinuar algo. Fiz a única coisa que se faz quando ouvimos uma piada ruim, fingimos rir.

-Você estuda no mesmo colégio que eu? To achando que não hein... - ironizei. - A quantidade de menina bonita e oferecida que tem espalhada naqueles corredores...

Ela revirou os olhos e me ignorou, ela amava fazer isso.

-Temos que ir assistir algum jogo do nosso time de futebol hein, vale a pena. - Walyha disse rindo e eu argumentei que não era muito fã de futebol.

- O Tomlinson te ensina a gostar. - de novo fingi achar graça e ela me fuzilou com o olhar como se me acusasse de algo. - Você não continua apaixonada pelo meu irmão não, né?

Será que tá escrito na testa? Pelo amor, preciso começar a praticar algumas técnicas de atuação.

-Eu hein, isso era quando tínhamos 12 anos. - disse como se fizesse uma eternidade, quando na verdade havia 2 anos. Que isso, eu estava presa nisso há dois anos? É, essa era a hora certa pra superar.
- A gente não ia escolher um livro, hein? - disse desviando do assunto e voltando ao objetivo inicial.