Resgatando uma vida

2 - Como a conheci

Então, imagina um jovem tímido totalmente deslocado em seu primeiro dia na Universidade. Sim eu era bixo, mas era pior do que isso, magro, alto, sem camisa e com o corpo todo pintado de tinta guache, a missão do dia qual era? Conseguir dinheiro para a festa de mais tarde e ficar bêbado, torcendo para encontrar uma garota pior do que eu para não termos de terminar a noite sozinhos.

Vou resumir minhas 6 horas de baixo do sol com mais alguns calouros, parávamos pessoas e carros em busca de moedas e por vezes as conseguíamos, mas ao que me parecia, minha galera estava indo muito mal, salvo pela hora em que as duas meninas mais bonitas do grupo e com pouca roupa conseguiram uma boa quantia com alguns engravatados que passavam de carro. Lá pelo fim, me fizeram abordar uma jovem senhora, um tanto bonita e eu tive que ir para não sofrer o pior castigo a noite, e para minha surpresa foi a maior quantia que recebemos de uma única pessoa, a nota amarela de 20 reais era meu troféu e a quase garantia de um castigo maias brando.

Você acredita em destino? Por incrível que pareça, a doadora generosa era Patrícia, minha amiga e por que não dizer sogra agora desaparecida.

Essa foi a primeira vez que nos vimos, a segunda foi cerca de um mês depois quando desesperado por um emprego de meio período, acabei tropeçando para dentro de uma farmácia a alguns quilômetros república que àquela altura era meu lar. Timidamente entrei e de cabeça baixa pedi para falar com o gerente, mas fui levado até a dona da loja que incrivelmente era... não preciso falar e logo eu era o feliz e orgulhoso auxiliar de estoque da Farmácia Pires Lemos (Temos Manipulados / entregamos até as 22hs).

Minha vida, ou melhor meu trabalho era simples e prazeroso, Patrícia era sempre atenciosa e simpática, além de sempre me ajudar nas matérias que podia.

Depois de um ano e meio e duas promoções, primeiro vendedor e depois gerente eu me despedi da Pires Lemos, mas não de Patrícia, nossa relação se estreitou o que foi bom e ruim, mas muito bom. Ruim porque quanto mais nos aproximávamos, mais as fofocas cresciam e pioravam, até o ponto em que fui abordado pelo "zeloso" marido de Pati, desde aquela época Almir não me enganava, ele conseguiu uma mulher que trabalhava por ele enquanto fingia "marketear" por aí, verdade seja dita ele zelava por seu status de empresário/play boy e marketeava as ex funcionárias e qualquer outra mulher que caísse em sua lábia.

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Desculpem pela demora e pelo capítulo curto, não tive muito para contar. 

O próximo não demora.