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Magsimula sa umpisa
                                        

- Eu sei. Por isso mesmo.

A tela mudou. Agora mostrava um contador diferente. Sem tempo. Sem aviso. Apenas um nome:

PLAYER 02 - STATUS: INCOMPLETO

Ranpo estalou a língua.

- Pronto. Agora é oficial.

- Oficial o quê? - Poe perguntou.

Ranpo ajustou os óculos.

- O fragmento não quer mais voltar pro Dazai. Ele quer substituir.

Chuuya sentiu o estômago afundar.

- Substituir... quem?

Ranpo olhou direto para ele.

- Você.

O computador apagou. O quarto ficou em silêncio outra vez.

[...]

O silêncio depois da tela apagar não durou muito. O computador não ligou sozinho dessa vez. Ele forçou.

A energia do quarto oscilou, a luz piscou uma única vez, e Poe já estava de pé, abrindo o notebook auxiliar.

- Ele não está mais esperando permissão - Poe disse, sério. - Está tentando se fixar fora do jogo.

Ranpo ajustou os óculos, a expressão finalmente dura.

- Então acabou a brincadeira.

Dazai, ainda fraco, sentou melhor na cama.

- Engraçado... - murmurou. - Ele tá desesperado.

Chuuya virou pra ele.

- Como você sabe?

Dazai levou a mão ao peito.

- Porque agora... eu não sinto vazio. - olhou direto para a tela desligada. - Sinto raiva. E essa raiva não é minha.

Ranpo sorriu de canto.

- Ótimo. Isso significa que ele perdeu o acesso principal.

Poe respirou fundo.

- Mas ainda existe o núcleo do fragmento. Enquanto ele existir, ele pode tentar copiar qualquer um.

- Não vai copiar ninguém - Chuuya disse, firme. - A gente termina isso agora.

[...]

A tela voltou, mas agora por comando deles.

Ranpo digitou uma sequência que Poe preparou, e o jogo abriu direto no núcleo: a mesma sala branca - só que agora rachada, instável, como se estivesse prestes a desabar.

No centro, o falso Dazai.

Sem sorriso.
Sem charme.
Sem máscara.

- Ele parece menor - Poe comentou.

> - VOCÊS NÃO PODEM ME APAGAR.
- EU EXISTO PORQUE ELE EXISTE!

Dazai deu um passo à frente, apoiado em Chuuya.

- Não - ele disse, calmo. - Você existe porque eu estava quebrado.

O falso Dazai o encarou.

> - EU SOU VOCÊ.

Dazai sorriu.
Mas não como provocação.

- Não é.

Ranpo interveio:

- Você é um registro emocional incompleto, preso a um ambiente digital que perdeu a âncora. Sem vínculo, sem acesso, sem continuidade.

O falso Dazai começou a falhar, pixels se desfazendo dos braços.

> - CHUUYA...
- VOCÊ PRECISA DE MIM.

Chuuya deu um passo à frente sozinho.

- Não preciso.

E isso foi o golpe final.

O falso Dazai gritou - não de dor, mas de erro.
A sala branca começou a colapsar, se dobrando sobre si mesma. Poe pressionou Enter.

- Núcleo isolado.

Ranpo falou a última linha de código:

- Apaga.

A tela piscou.

O avatar do falso Dazai se desfez completamente, dissolvendo em luz branca até não restar nada. Nenhuma mensagem. Nenhum contador. Nenhum eco. Só vazio.

O jogo fechou.

Dessa vez... não voltou. O computador permaneceu desligado. Silêncio real.

Dazai soltou o ar devagar, como se algo finalmente tivesse sido arrancado de dentro dele.

- Ah... - murmurou. - Então era isso que tava faltando.

Chuuya virou o rosto rápido.

- Tá tudo aí?

Dazai olhou pra ele, sério agora.

- Tá. Tudinho.

Ranpo observou por alguns segundos, depois relaxou os ombros.

- Acabou mesmo. Ele não deixou backup.

Poe sorriu, cansado.

- O jogo morreu.

Chuuya sentiu o peito aliviar pela primeira vez desde tudo que começou.

- Finalmente.

Dazai apertou a mão dele.

- Obrigado por não escolher a cópia.

Chuuya desviou o olhar, irritado.

- Cala a boca.

Mas não soltou.

Player 02 || SoukokuTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon