Capítulo 27

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Bryan estacionou na frente da casa da Duda.

-Me convida para um café?

Ela não achava que seria uma boa idéia deixá-lo entrar logo no primeiro encontro.

-Ah...bem, já está tarde e a babá do meu filho deve estar vendo televisão.

-O pai do Thierry está ai?

-Não...quer dizer, não deve estar.

-Olha Duda, eu estou muito a fim de você. Sempre estive e não sou inocente. Sei que me chamou pra sair porque ...bem, o pai do seu filho está na cidade e eu vi como ele olha pra você. Mas, mesmo assim eu quero tentar...eu quero arriscar.

-Eu...não estou te usando pra fazer ciúmes ou nada parecido Bryan.

-Não me importo se estiver, posso lidar com isso e sei que com o tempo seus sentimentos podem mudar.

Ele se aproximou e ela sabia que ia ser beijada. A moça fechou os olhos e sentiu a boca dele na dela. Deus do céu, se concentra, se concentra...era tudo que sua mente tentava fazer.

Eduarda sentia o beijo de Bryan como uma carne gelada encostada nos seus lábios e ficou tensa. Céus, não conseguia sentir nada, nenhuma emoção ou sequer uma mísera sensação, mas pelo visto ele tinha gostado porque sorriu satisfeito.

Ela murmurou um tchau apressado e saiu. Quando abriu a porta Lana sorriu pra ela.

-Chegou cedo.

-Ah, tenho que trabalhar amanhã. E o Thierry?

-Dormiu faz meia hora, mais ou menos.

-Ele perguntou por mim?

-Nenhuma vez. Brincou um tempão com o pai dele e o cachorro, depois viram o filme do homem-aranha e ele dormiu.

-O Nino ficou aqui até ele dormir?

-Sim. Na verdade por pouco vocês não se esbarraram.

-Hum...é...ele fez alguma pergunta depois que eu saí?

-Todas possíveis.

Eduarda enrubesceu. Não queria dar tão na cara que estava morta de curiosidade então tentou manter a voz controlada.

-Que tipo de perguntas?

-Quem era o Bryan, se vocês saiam sempre...

-É um enxerido.

-Que nada. Ele gosta de você.

A declaração fez Eduarda inspirar fundo.

-Claro que não. É apenas curioso, isso sim.

-Ah tá...então deve ser por isso que ele ficou checando as horas e olhando pela janela de cinco em cinco minutos.

A moça se levantou para ir embora.

-O Bryan é bem bonito, mas o pai do Thierry é de babar. Mulher de sorte hein.

Eduarda pensou em como ela estava enganada. Sorte era algo que nunca teve no campo emocional, mas deixou o comentário pra lá. Agradeceu e pagou a menina e depois ficou ali, com um meio sorriso no rosto pensando em Antonino e imaginando sua expressão de angústia enquanto esperava por ela.

No dia seguinte, Duda já pensava em como ia fazer voz de entusiasmo quando seu amigo perguntasse sobre seu encontro. Ela bem que tentou, mas não o enganou, talvez porque ela tivesse descrito tudo que Lana falou de Antonino com muito mais interesse do que sobre a noite que teve com Bryan.

Apollo riu da tentativa fracassada da amiga em parecer eufórica com sua saída.

-Se quiser me enganar sobre seu encontro, vai ter que se esforçar mais.

A Cozinheira - "4o.Coligado aos Agentes da BSS"Onde as histórias ganham vida. Descobre agora